terça-feira, 28 de julho de 2015

O CARDEAL KOCH POR OCASIÃO DOS CINQUENTA ANOS DE "NOSTRA AETATE". GESTOS, NÃO PALAVRAS

Verba docent, exempla trahunt. É no sulco deste ditado latino que as relações entre cristianismo e judaísmo poderiam melhorar. Com efeito, não é possível limitar-se às palavras, aos encontros, aos congressos porque o patrimônio espiritual comum dos judeus e católicos é tão grande que não pode ser expresso só com palavras bem formuladas, mas deve conduzir a ações práticas, disse o cardeal Kurt Koch, presidente da Comissão para as relações religiosas com o judaísmo, intervindo recentemente em Roma numa conferência promovida pelo International Council of Christian and Jews.
E ofereceu um exemplo concreto, recordando uma reunião realizada em 2004 em Buenos Aires, por iniciativa da Comissão pontifícia por ele presidida, juntamente com o International Jewish Committee on Interreligious Consultations. O tema central foi a justiça e a atividade sociocaritativa com ele relacionadas no âmbito judaico e cristão no qual participou também o cardeal arcebispo Jorge Mario Bergoglio. «Não nos limitamos a falar. Conseguimos – explicou Koch – angariar fundos através de organizações internacionais que foram postas à disposição da Cáritas para projetos de ajuda aos pobres e aos necessitados». Não devemos esquecer que a Argentina na época se deparava com a recessão econômica. «Em circunstâncias semelhantes – acrescentou o purpurado – as primeiras vítimas são sempre aqueles que se encontram às margens da sociedade». Precisamente por este motivo, foi dado um sinal tangível: os participantes no encontro foram a um refeitório popular para os pobres, criado e gerido por um jovem sacerdote e por um rabino.
Fonte: L’Osservatore Romano

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