sábado, 6 de junho de 2015

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

06/06/2015 – Sábado IX semana comum

– Tobias 12, 1.5-15.20 – “ as obras de Deus devem ser reveladas”

Tobias quis recompensar materialmente ao anjo Rafael pela sua ajuda na viagem que fizeram juntos, porém, recebeu do anjo o conselho para que fosse dada ao Senhor a verdadeira recompensa: “Bendizei a Deus e dai-lhe graças, diante de todos os viventes, pelos benefícios que vos concedeu.!” “É bom guardar o segredo do rei, mas as obras de Deus devem ser reveladas com a glória devida.”! Quase sempre para os homens é difícil “entender” o sentido das obras de Deus. Nós confundimos a graça de Deus com os favores dos homens e esquecemos de que o maior desejo do coração de Deus é atrair a humanidade para Ele a fim de que possamos provar do Seu Amor e Misericórdia. E, somente aqueles (as) que se sentem agraciados (as) pelos favores de Deus podem testemunhar e publicar as Suas obras no mundo. A nossa gratidão poderá acontecer por meio da oração, do jejum, da esmola mesmo que seja pequena, mas justa. “A esmola livra da morte e purifica de todo o pecado. Os que dão esmola serão saciados de vida!” Deus ouve as nossas orações e as atende, porém precisa de nossos gestos concretos de amor. – O que você entende por dar esmolas? – Qual é a esmola que agrada a Deus? – Com que objetivo você dá esmolas? – Você dá esmolas só para se ver livre, ou como um ato de amor a Deus? – Você pode mudar a sua concepção sobre dar esmola? 


Salmo – Tobias 13 – “Bendito seja Deus, que vive eternamente”

Compreender o que Deus fez por nós e dar a Ele graças com todo o respeito é o que nos motiva o cântico que Tobit  entoou depois que o Anjo Rafael se revelou como mensageiro de Deus. Bendizer ao Senhor que nos prova e nos salva, que às vezes nos deixa conhecer os abismos da terra e de lá nos retira. Por tudo isso, que o desejo da nossa alma seja alegrar-se em Deus, rei dos céus e bendizê-Lo com festas a alegres louvores.


Evangelho -  Marcos 12, 38-44 –“ as nossas reais intenções ”

Neste Evangelho Jesus adverte aos Seus discípulos que se previnam contra “os doutores da lei” por causa da sua soberba e pretensão, assim como também da falsidade e hipocrisia no trato das coisas de Deus, afirmando: “Tomai cuidado”  “eles receberão a pior condenação”  Além disso, Jesus também recomenda-lhes a não imitá-los  e não seguir a mesma cartilha por onde eles se guiavam. Hoje também precisamos tomar cuidado porque esta cartilha pode estar servindo de lição para muitos de nós, “doutores da lei”  que usamos das mesmas práticas a fim de chamar atenção para nossa “espiritualidade” e “devoção” de fachada. Mais adiante Jesus faz alusão também àqueles que depositavam grandes quantias no cofre das esmolas e à viúva que “na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver”. São duas situações claras em que percebemos que as nossas atitudes exteriores muitas vezes não revelam o que se passa no nosso interior. Jesus pôde avaliá-los, pois observava tudo com os olhos do Espírito e podia sondar os corações das pessoas. Isso não nos dá o direito de fazer julgamentos precipitados sobre as ações das pessoas, mas nos serve de lição para mergulhar dentro de nós mesmos e avaliar as nossas reais intenções quando agimos sabendo que estamos em evidência e que outras pessoas nos veem no trabalho do reino e nas ofertas que fazemos. Por mais que tentemos aparentar uma falsa humildade, Deus conhece o nosso coração e pode perceber quais sentimentos se escondem debaixo das nossas ações. Precisamos ter muita consciência quando formos fazer as nossas ofertas. O muito ou pouco que colocarmos aos pés do altar do Senhor precisa ecoar de dentro do nosso coração, sinceramente. Não podemos, nem tão pouco, precisamos enganar a Deus, mas podíamos ser mais sinceros se confessássemos a nossa covardia dizendo: “Senhor, eu sei que poderia dar mais, no entanto, sou apegado, (a) tenho medo de que me faça falta, finalmente, Senhor, eu não estou confiando em Ti, perdoa-me”! Se agíssemos assim, com sinceridade, talvez um dia nós nos envergonhássemos das desculpas esfarrapadas e, como a viúva, oferecêssemos a Deus tudo o que possuíssemos, fosse, muito ou pouco. Não importa a quantia que depositamos, mas a generosidade com que fazemos as nossas ofertas. Jesus não delimita as nossas esmolas, apenas nos propõe a experiência de ser livres dos nossos apegos.   Ah, sim! Jesus também  não quer que “nós recebamos a pior condenação!” Que nós aprendamos com os conselhos do Mestre. – Com que intuito você faz as suas orações na assembleia diante de todos? – Você gosta dos primeiros lugares? – O que você pode dizer a Jesus, agora, em relação às suas esmolas ao tesouro do templo? – Qual é o entendimento que você tem  sobre generosidade? – Como você pode dar tudo o que possui: você entende isto? 

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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