23/05/2015 - Sábado – VII SEMANA DA PÁSCOA -
Atos 28,16-20.30-31 – “as nossas dificuldades e lutas são sinais de esperança”.
Paulo estava prisioneiro e algemado em Roma porque anunciava a esperança para o povo de Israel, enquanto falava para os judeus que o acusavam e não queriam acolher a sua mensagem. Mesmo que parecesse até uma incoerência ele estava preso por lutar pela vida dos seus algozes. Ele poderia ter negado sua fidelidade ao Evangelho e exonerar-se diante das acusações ou ter se defendido, lavado as suas mãos já que os judeus rejeitavam a libertação que Jesus viera propor, porém, “ com toda a coragem ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo!” Paulo lutou até o fim, cumpriu a sua missão, foi fiel ao chamado de Jesus. E nós? A nossa casa e a nossa família são também como o povo de Israel, onde nós precisamos falar de Jesus e dar testemunha de uma vida renovada. Todavia, nem sempre somos acolhidos (as) e, muitas vezes, somos até perseguidos (as) e discriminados (as). Será que, por causa disso, temos desistido dos nossos encargos? Na maioria dos casos nós, facilmente, lavamos as mãos e nos omitimos com medo das consequências que poderão ocorrer com a nossa insistência. Preferimos agradar a todos entrando no ritmo do mundo como os demais. Temos medo da “prisão e das algemas de Deus” que nos envia a ensinar na nossa casa e por onde andamos as coisas que se referem ao Senhor Jesus Cristo. As algemas de Deus para nós são em vista de nova perspectiva para o nosso povo, portanto as nossas dificuldades e lutas são sinais de esperança. – Em algum momento da sua vida você sentiu-se “prisioneiro (a)” de Deus? - Você tem anunciado a esperança para a sua casa? – Você tem feito isto, ou tem desistido diante do aparente fracasso? – Em que consiste a sua esperança?
Salmo 10 – “Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face”
O salmo confirma justamente o agir coerente de Paulo: “quem tem reto coração há de ver a vossa face”. Nós vivemos aqui, mas temos a nossa esperança posta na vida eterna. Ter reto coração é ser coerente com a proposta de vida nova que Jesus veio nos dar e não distanciar-se do olhar do Senhor que está voltado para nós.
Evangelho – João 21, 20-25 – “o testemunho do discípulo amado”
Diante de Deus nós somos únicos e temos um chamado pessoal e intransferível dentro dos Seus planos. Pedro queria saber de Jesus o que iria acontecer a João e dava sinais de dúvidas em relação ao discípulo que Jesus amava, por isso, Jesus esclareceu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” Cada um de nós tem a sua história e para cada um de nós o Senhor tem um intuito diferente. O Senhor chama a quem Ele quer, na hora que entender ser a melhor e da forma que Ele escolher. Desse modo não precisamos nos importar com as pessoas que ainda não seguem Jesus ou não aceitaram ainda o Seu convite, pois o Senhor tem uma hora destinada a cada um de nós. O plano de Deus para nós é perfeito e tem um sentido definido e uma marca singular, portanto, ao invés de nos preocuparmos com o projeto de Deus para as outras pessoas nós devemos estar atentos à voz de Jesus que nos diz, pessoalmente, “Tu, segue-me!” É importante que permaneçamos quietos (as) e abandonados (as) às sugestões do Espírito o qual perscruta o nosso coração e sabe precisamente do que necessitamos. Devemos sempre nos alegrar quando o Senhor nos chama particularmente, pois assim, entendemos que a vontade de Deus está se cumprindo em nós. Com efeito, nós também, como João daremos testemunho ao mundo, na realidade em que vivenciamos, das coisas que nos aconteceram porque seguimos a Jesus e cada um de nós é um discípulo muito amado. - Por que nos preocupamos com a caminhada dos outros? – Por que não aceitamos a nossa missão sem deixar de fiscalizar a missão das outras pessoas? – Você está seguro (a) de que tem feito o que lhe cabe? – Como você vê as outras pessoas que não estão fazendo igual a você? – Você se acha superior a elas?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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