Em workshop no Fórum Shalom na tarde deste sábado (2), Wilde Fábio Alencar, responsável pela Secretaria de Artes da Comunidade Shalom, afirmou que todo homem foi criado para a comunicação, e que a arte surge pela necessidade de expressar a leitura pessoal de uma experiência vivida.
Isso acontece desde os primórdios até a arte moderna. Afirmou ainda que o leigo no cristianismo era tido como uma figura passiva, e que isso passou a mudar após o Concílio Vaticano II, pois a ele agora também era confiado a evangelização. Diante disso, surgiram novos métodos, uma nova expressão de evangelização através da artes nas Comunidade. A arte é fruto de uma experiência, e o artista cristão é a igreja em movimento, e não mais um leigo passivo, mas um protagonista da nova evangelização, pois a Igreja, Deus, e a Comunidade diz que é dele essa missão e que é de sua responsabilidade.
Wilde Fábio sugeriu caminhos para desenvolver esse protagonismo no caminhar do artista, que é preciso conhecer a arte, pesquisar, adaptar a sua linguagem, se atualizar com o mundo e inovar. “Existem fatos que não podem ser mudados, mas podem ser atualizados e isso exige inovação para ser adaptada à realidade e ao tempo presente. A inovação faz parte da arte cristã.” Os passos destacados por ele para o trabalho do artista não para no sonho, mas precisa se materializar, vender a ideia, realizar a captação e a produção do projeto artístico, e ainda comunicar o resultado. E ressaltou: ” É preciso aprender a planejar e a se profissionalizar. O ministério que não se planeja não existe. É necessário saber administrar os talentos que Deus deu, pois é artista é o primeiro responsável pela sua obra.” Concluindo, exemplificou Deus pai, o filho e o Espírito Santo, comparando como base o artista, a obra de arte e o público. O artista que dar de si e o público que se esvazia de si para receber a obra.
E por fim, relembrou que o iniciar da caminhada do artista em suas fases da percepção. Ele inicia a trajetória acreditando que o público precisa dele, sendo um pouco ingênuo, descreveu. Depois, o oposto acontece, acredita também que ele precisa do público, gerando uma certa dependência. E chega a uma maturidade que é uma relação de troca, um precisa do outro.
Finalizou dizendo: tenha coragem de ir ao homem de hoje!
Breve Testemunho
Daiene Ferreira de Almeida, postulante da Comunidade de Vida, natural do Rio de Janeiro, disse que para ela, impressionou a parte que o artista é um protagonista na evangelização através da arte, no sentido dele ser o responsável pela sua obra e fazer que essa arte se multiplique ao se colocar a serviço de um povo, e não apenas de esperar um certo reconhecimento. E crescer na maturidade de sonhar, planejar, saber vender e realizar.
Fonte: Site da Comunidade Católica Shalom
Luana Mota
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