Neste domingo de Pentecostes, foi publicada a Mensagem do Papa Francisco para a Jornada Missionária Mundial que ocorre a 18 de Outubro próximo.
O Papa afirma que a missão não é “proselitismo”, nem “mera estratégia” , mas sim parte da “gramática da fé”, e por conseguinte, Paixão por Jesus, pelas gentes, pelo Evangelho.
A mensagem articula-se em quatro eixos procurando falar ao coração de cada um.
Neste Ano da Vida Consagrada, e no 50º aniversário da Decreto conciliar “Ad Gentes”, o Papa chama a atenção para a forte ligação entre a missão e os consagrados, recordando que “quem segue Cristo não pode senão tornar-se missionário”. Pondo-se, portanto, à escuta do Espírito Santo, “aos consagrados é pedido para irem em direcção às grande periferias da missão”, lá onde o Evangelho “não chegou ainda às gentes” .
Quem é missionário, prossegue o Papa, deve doar-se totalmente ao anuncio do Evangelho e nisto não há compromissos: há que viver a missão; qualquer tendência a afastar-se desta vocação “não se coaduna com a chamada do Senhor ao serviço do Evangelho”. Daí que o Papa se dirija aos formadores dos Institutos missionários pedindo-lhes “clareza e honestidade” ao indicar as perspectivas da missão e firmeza no “discernimento de autenticas vocações missionárias”
Aos jovens o Papa convida a “não se deixarem roubar o sonho de uma missão verdadeira (…) que implique o dom total de si”, porque o anuncio do Evangelho “antes de ser uma necessidade para aqueles que não o receberam ainda, é uma necessidade para quem ama Jesus”.
Aos consagrados o Papa pede para “promoverem no serviço da missão a presença dos fieis leigos”, “abrindo-se corajosamente perante quantos estão dispostos a colaborar”, mesmo que por pouco tempo para “uma experiencia de campo”. Com efeito a vocação missionária é “ínsita no Baptismo” e diz respeito a todos.
Em terceiro lugar, o Papa indica como desafio primário da missão hoje, “respeitar a necessidade de todos os povos de partir das próprias raízes e salvaguardar os valores das respectivas culturas”. Dessas raízes devem partir para compreender o mistério de Deus e o anuncio evangélico. O Papa recorda ainda que “os destinatários privilegiados do anuncio evangélico são os pobres, os pequenos, os enfermos, os desprezados, os esquecidos”, porque “existe um vínculo inseparável entre fé e os pobres”.
Optar preferencialmente pelos pobres - prossegue o Papa – não significa agir “ideologicamente”, mas sim ”identificar-se com os pobres come fez Jesus (…) tornando-se irmãos dos últimos, levando-lhes “a alegria do Evangelho e a caridade de Deus”.
Finalmente o Papa sublinha a importância da “colaboração e da sinergia” entre o bispo de Roma e as Instituições e as Obras missionárias da Igreja, por forma a garantir a comunhão. Isto sem submissão ou prejuízo da diversidade. Significa, isso sim, dar maior eficácia à mensagem evangélica e promover aquela unidade de intentos, frutos do próprio Espírito.
A “obra missionária do Sucessor de Pedro tem um horizonte apostólico universal – explica o Papa. Por isso precisa dos numerosos carismas da vida consagrada para “assegurar uma presença adequada nas fronteiras e nos territórios a que já se chegou” .
O Papa concluiu a sua mensagem com o convite a dar vida a uma Igreja que “não se canse de anunciar incessantemente” o Evangelho, porque no fundo “A missão dos bispos, sacerdotes, religiosos e leigos é a de pôr todos, sem exclusão de ninguém, em relação pessoal com Cristo” . (DA com IP)(from Vatican Radio)
Fonte: Rádio Vaticano
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