João 10, 11-18
QUARTO DOMINGO DA
PÁSCOA
O evangelho de hoje (João 10,11-18)
interpreta a imagem ou parábola parcial do Pastor, que se auto - explica com
esses traços característicos: 1º) Jesus é o bom Pastor; 2º) Pastor único de um
só rebanho; 3º) Pastor que dá a vida pelas ovelhas.
Mediante a fórmula introdutória de auto
– revelação “Eu sou”, que temos visto em outras ocasiões, Jesus se define como
o bom Pastor, incluindo e se contrapondo a todos os demais. Ele é o Pastor,
autêntico, modelo e único.
Duas razões O diferenciavam do Pastor
mercenário: a) porque está disposto a dar a vida por suas ovelhas no momento de
perigo; “Eu sou o bom Pastor: o bom Pastor dá a vida por suas ovelhas; ao
contrário, o mercenário, que não é pastor nem dono das ovelhas, quando vê que o
lobo vem chegando, abandona as ovelhas e foge; e o lobo faz estrago e as
dispersa. É porque é assalariado e a ele não importam as ovelhas.” b) porque
conhece suas ovelhas e é conhecido por elas. Jesus retoma a ideia que expôs ao
explicar a imagem do pastor. Ele é o Pastor verdadeiro que chama as ovelhas
pelo nome para levá-las às pastorais; e elas o seguem porque conhecem sua voz.
O verbo “conhecer” no quarto evangelho
como no resto da Bíblia, não fica no plano intelectivo ou conceitual. É um
conhecimento que cria comunhão de vida, relação pessoal, ativa, amorosa e
recíproca. No caso de Jesus com os seus é tão profunda que é comparada por Ele
e ao mútuo conhecimento que há entre o Pai e o filho.
Síntese:
Jesus é o único Pastor que dá a vida pelos seus ao entregar sua própria vida; é
também por isso mesmo o único salvador. Seu seguimento é comum para todos
mediante a escuta de sua voz e conhecimento de sua pessoa, pois somente
mediante este contato pessoal teremos sua vida em nós.
Pe. Raimundo
Neto
Pároco de
São Vicente
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