domingo, 12 de abril de 2015

PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DE DOM HELDER CÂMARA SERÁ ABERTO DIA 3 DE MAIO



Terá início no próximo dia 03 de maio, na diocese de Olinda e Recife
 helder
A Arquidiocese Brasileira de Olinda e Recife se reunirá dia 3 de maio na Catedral do Santíssimo Salvador do Mundo, em Olinda, para celebrar a abertura oficial do processo de beatificação de Dom Helder Câmara. A notícia foi divulgada em uma conferência de imprensa na Cúria Metropolitana de Olinda e Recife, presidida por Dom Fernando Saburido, que celebrará a Santa Missa.
O arcebispo falecido em 1999, recebeu o título de “Servo de Deus”, quando a Congregação para as Causas dos Santos deu o parecer favorável ​​para o início do processo de beatificação.
Durante a Santa Missa, Dom Fernando Saburido apresentará os membros da comissão jurídica responsável por reconhecer as virtudes heróicas do arcebispo falecido e, também a oração para pedir a intercessão do religioso. O tribunal, como é chamado o “grupo de trabalho” é composto por cinco membros: um juiz e um procurador (ambos canonistas), notário, notário adjunto e cursor.
“O objetivo é analisar os novos textos publicados por Dom Helder e ouvir pessoas que tiveram contato com o Servo de Deus. Também será fundamental a atuação das comissões histórica e teológica; esta última ainda será criada”, explica o postulador da causa de beatificação, Frei Jociel Gomes.
O processo, que terá início em breve, é composto por diferentes partes que, como qualquer processo de canonização, considera venerável, beato, e santo, conforme a aprovação das fases do mesmo. Começa com a elaboração de vários documentos para o reconhecimento das “virtudes heroicas” necessárias. Depois, é necessário o reconhecimento de um milagre por intercessão do Servo de Deus para sua beatificação. Após a beatificação é necessário mais um milagre atribuído à sua intercessão para ser canonizado.
A vida de Don Helder (Fortaleza 1909 – Recife 1999) foi marcada por sua atuação em prol da justiça social, bem como da condenação das ditaduras latino-americanas. Entrou para o seminário em 1923 e foi ordenado sacerdote em 1931. Foi transferido em 1936 para o Rio de Janeiro, onde trabalhou pelos mais necessitados.
Nomeado bispo auxiliar do Rio, em 1952, teve um papel fundamental na fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em estreita colaboração com Dom Giovanni Montini (futuro Papa Paulo VI), então secretário de Estado do Vaticano. Como secretário-geral, ele promoveu a criação da Conferência Episcopal Latino-Americano (CELAM).
Depois de ser nomeado arcebispo de Olinda e Recife, em 1964, suas ações públicas, com intervenções na rádio e na televisão, defendendo a reforma social, custou-lhe a represália do regime militar. Não raramente se referiam a ele como “bispo vermelho”. Em 1968 teve sua residência metralhada, assessores presos, e um de seus colaboradores mais próximo assassinado.
Aposentado em 1984 depois de completar 75 anos, alguns de seus discursos e sermões sobre questões sociais foram publicados sob o título Revolução dentro da Paz. Doutor honoris causa por diversas universidades, foi indicado várias vezes para o Prêmio Nobel da Paz.
Fonte: Site da Comunidade Católica Shalom, com Zenit

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