«Consternação e dor» por «mais uma chocante violência perpetrada contra
os cristãos inocentes na Líbia» foi expressa pelo Papa Francisco numa mensagem
enviada ao patriarca da Igreja ortodoxa etíope tewahido, Abuna Matthias, depois
da divulgação do vídeo que mostra o bárbaro assassínio de 24 cristãos coptas
etíopes.
«Sei que vossa santidade – escreve o Pontífice – sofre profundamente no
coração e na mente vendo os seus fiéis assassinados pelo simples motivo de
serem seguidores de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Dirijo-me a vossa
santidade com sincera solidariedade espiritual para lhe garantir a minha
proximidade na oração perante o martírio constante que é infligido de forma tão
cruel aos cristão na África, no Médio Oriente e nalgumas regiões da Ásia».

«Não faz diferença alguma – reafirmou Francisco – se as vítimas são
católicas, coptas, ortodoxos ou protestantes. O seu sangue é único e igual na
sua confissão de Cristo! O sangue dos nossos irmãos e das nossas irmãs cristãos
é um testemunho que brada para se fazer ouvir por todos aqueles que ainda sabem
distinguir entre o bem e o mal». E este brado, acrescentou, «deve ser ouvido
sobretudo por quantos têm nas mãos o destino dos povos».
Recordando que «neste período estamos cheios da alegria pascal dos
discípulos aos quais as mulheres levaram o anúncio que “Cristo ressuscitou dos
mortos”», o Pontífice reconheceu que «este ano a nossa alegria, que nunca
falta, é ofuscada por profunda tristeza». Não obstante tudo, afirmou, «sabemos
que a vida que vivemos no amor misericordioso de Deus é mais forte do que a dor
que todos os cristãos sentem, uma dor compartilhada por homens e mulheres de
boa vontade em todas as tradições religiosas».
Também na missa celebrada em Santa Marta na manhã de terça-feira 21 de
Abril, o Papa Francisco dirigiu um pensamento aos «etíopes assassinados porque
cristãos» e a todos os crentes que em diversas partes do mundo são vítimas de
violências e perseguições, reafirmando que «hoje a Igreja é Igreja de
mártires». E falou de «mártires» também o cardeal prefeito da Congregação para
as Igrejas Orientais, Leonardo Sandri, condenando o último assustador episódio
de violência jihadista.
Fonte: L’Osservatore Romano
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