quinta-feira, 16 de abril de 2015

PAPA FRANCISCO COM OS BISPOS DO QUÊNIA EM VISITA AD LIMINA RECORDA O MASSACRE DE GARISSA



«Uma denúncia mais unida e corajosa de todas as violências» no Quênia, por parte de todos os líderes religiosos cristãos e não-cristãos, foi expressa pelo Papa Francisco na manhã de quinta-feira, 16 de Abril. Recebendo os bispos do país africano em visita ad limina, o Pontífice entregou-lhes um discurso em inglês no qual deplora em particular a violência «cometida em nome de Deus».
Eis a exortação a trabalhar na promoção da paz e da justiça, «através do diálogo, da fraternidade e da amizade» com os responsáveis pelas principais religiões professadas pelo povo queniano. A propósito, Francisco frisou que «a Igreja no Quênia deve ser sempre fiel à sua missão de instrumento de reconciliação, justiça e paz», recordando «todos os que foram assassinados com atos de terror ou de hostilidades étnicas ou tribais». E o pensamento dirigiu-se «em particular aos homens e mulheres assassinados na sexta-feira Santa na Garissa University College. Possam as suas almas repousar em paz – rezou o Pontífice – e os seus entes queridos encontrar consolação e que quantos perpetram tais brutalidades se arrependam e procurarem misericórdia».
Depois, refletindo sobre as várias realidades da presença católica no Quênia, o Papa elogiou «os esforços unidos e generosos» da Igreja local «que são um bonito testemunho e exemplo para o país». De vários modos, explicou a propósito, ele «é chamado a oferecer esperança para a cultura mais em geral, uma esperança baseada no seu magnânimo testemunho da novidade de vida prometida por Cristo no Evangelho».
Com efeito, embora «sem querer interferir nas questões temporais, a Igreja deve insistir, especialmente junto de quantos estão em posições de liderança e de poder, sobre aqueles princípios morais que promovem o bem comum e a edificação da sociedade no seu conjunto», acrescentou Francisco, afirmando que «no cumprimento da sua missão apostólica, a Igreja deve assumir uma posição profética em defesa dos pobres e contra qualquer corrupção e abuso de poder». E deve fazê-lo sobretudo através do exemplo. «Não tenhais medo – aconselhou aos bispos – de ser voz profética! Não tenhais medo de pregar com convicção! Fazei com que a sabedoria da Igreja, presente sobretudo na sua doutrina social, incida sobre a sociedade».
Fonte: L’Osservatore Romano

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