02/03/15 – 2ª. Feira II semana da Quaresma
Reflexão Pessoal – Daniel 9, 4-10 – “esperança de vida nova”
O sentimento que se apossou do profeta Daniel diante de Deus quando reconheceu o seu pecado e também a impiedade e rebeldia de todos os seus antepassados, inclusive os reis e dirigentes das nações deve ser o nosso sentimento no tempo que estamos vivenciando. Tempo de quaresma é tempo de reconciliação, tempo de arrependimento, tempo de perdão. É o momento propício para que nós, assim como Daniel, reconheçamos as nossas transgressões e omissões e cheguemos à conclusão de que “Ao Senhor, convém a justiça; e a nós, hoje, resta-nos ter vergonha no rosto”! Há momentos na nossa vida em que também só teremos paz, se pararmos para pensar nos nossos desatinos, na nossa falta de vergonha, na nossa pretensão, rebeldia, soberba e, principalmente no nosso desamor. Porque não escutamos a Palavra e não a apreendemos, também nos perdemos nas nossas más ações e nos afastamos de Deus e caímos no pecado. É tempo de parar! É tempo de refletir, é tempo de suplicar a misericórdia e o perdão de Deus, a fim de que nos tornemos, novamente, Seus filhos e filhas amadas. À esperança de vida nova, porém, deve acompanhar a nossa oração de arrependimento. Há um propósito de Deus quando reconhecemos a nossa miséria e a nossa impotência. Ele quer nos abraçar com a Sua misericórdia e nos banhar com a Sua graça. Por isso, façamos também, hoje, e neste tempo quaresmal esta oração refletindo nas palavras que Daniel pronunciou, colocando-as no singular: “eu tenho pecado, tenho praticado a injustiça…… resta-me ter vergonha no rosto….pois que pequei contra ti”. Mas a ti, Senhor, cabe misericórdia e perdão”. – Você também sente vergonha de Deus pelas suas más ações?- Você costuma fazer uma reflexão todos os dias sobre a sua maneira de agir com o próximo? – Como você se sente depois que confessa o seu pecado e pede perdão a Deus?
Salmo 78 – “O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas!”
A humilhação diante de Deus é o reconhecimento do nosso ser pecador e quanto mais nos reconhecemos assim, maior será o sentimento de alegria pelo perdão recebido. O propósito de Deus é sempre nos libertar do pecado e da morte eterna. Por isso, façamos a oração desse salmo mais de uma vez e nos coloquemos em sintonia com o sentimento do salmista.
Evangelho – Lucas 6, 36-38 – “na mesma proporção”
As ações de não julgar, não condenar, perdoar e dar, são realidades que podemos vivenciar a cada dia da nossa vida e que nos põem em sintonia com a misericórdia do Pai. Por isso, neste Evangelho Jesus nos ensina a usar a misericórdia como medida para todas as nossas ações. Tudo o que praticarmos será a medida para que também o Pai faça conosco. Se usarmos a nossa medida com a misericórdia, receberemos misericórdia, se usarmos a nossa medida com ódio, intolerância, incompreensão, também assim a receberemos de volta, em porção dobrada. Se não julgarmos, não seremos julgados; se não condenarmos, não seremos condenados, se perdoarmos, seremos perdoados, se dermos, também receberemos. É uma lei natural, a mesma medida de misericórdia que usarmos nos nossos relacionamentos nós a receberemos, “calcada, sacudida, transbordante”, isto é, plena, cheia. Isso vale, tanto para o bem como para o mal. Deus ama a nossa miséria, mas espera que nós também acolhamos a miséria do nosso próximo da mesma forma como Ele acolhe a nossa. Por isso, não podemos nos confundir! Se apreendermos os conselhos do Mestre, estaremos sendo misericordiosos como o Pai é misericordioso. – Você tem agido conforme os conselhos de Jesus? – Você se acha uma pessoa misericordiosa? – Você faz aos outros o mesmo que você queria que fizessem com você?- Com que você tem transbordado a sua medida: com misericórdia ou intolerância?- O que você espera receber ainda aqui nesta vida: misericórdia ou intolerância?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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