A Pastoral do Turismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está em fase de oficialização. Na última terça-feira, dia 17, a equipe de trabalho que prepara seu estatuto esteve reunida, em Brasília. Na ocasião, realizaram planejamento das atividades do 2º Seminário Nacional da Pastoral do Turismo.
“O grande objetivo foi rever os novos estatutos em vias de sua oficialização. A Pastoral, oficialmente, ainda não existe, por isso nós precisamos dos estatutos, precisamos fazer com que sejam reconhecidos pela CNBB, criar o nosso próprio CNPJ, e aí, então, nós existimos diante da sociedade e do mundo”, explicou o arcebispo de Maringá (PR) e bispo referencial da Pastoral do Turismo, dom Anuar Battisti.
O 2º Seminário Nacional da Pastoral do Turismo foi outro tema da reunião. O evento acontecerá de 3 a 5 de novembro, em Aparecida (SP). Foi sugerido o tema “Identidade e Missão”. Na ocasião serão apresentados conceitos, a organização, a articulação, a missão e a finalidade da Pastoral do Turismo.
Ao contrário do que é imaginado por algumas pessoas, o objetivo da Pastoral não é promover atividades turísticas nem turismo religioso. “Quando se fala em Pastoral do Turismo acham que é para ficar viajando para cima e para baixo. Não é isso, não! Mas é evangelizar, é um caminho novo de evangelização que é diferente do turismo religioso”, alerta o bispo.
A atuação da Pastoral do Turismo, de acordo com a publicação da CNBB “Mobilidade Humana no Brasil – orientações pastorais”, está focada na promoção da dignidade da pessoa, na renovação da comunidade e na construção de uma sociedade solidária.
“Nós não promovemos turismo religioso. Nós trabalhamos a Pastoral, ou seja, acompanhamos o turista que vai nos mais variados lugares, não só nos lugares religiosos, na hora do descanso, do repouso, no encontro com a natureza, para que ele também possa fazer sua experiência de Deus”, afirma dom Anuar.
Os documentos eclesiais estudados durante o 1º Encontro da Pastoral do Turismo, ocorrido entre 11 e 13 de setembro de 2014, apontavam para a atenção com turistas e peregrinos, comunidades localizadas nos meios turísticos e com os trabalhadores da área. A reflexão do 2º Seminário também recordará este aspecto. “Em todos aqueles lugares, por mais belos que sejam, existem pessoas por trás trabalhando. Nós também queremos que essas pessoas e os promotores do turismo descubram a dimensão cristã, religiosa, a própria fé também nesses lugares e nesses momentos. Não tem como separar a fé da vida”, resume dom Anuar.
Logomarca
Também nesta semana, foi aprovada a logomarca da Pastoral, que a identificará daqui para frente. A arte possui elementos que sugerem, de acordo com a descrição dos desenvolvedores, simplicidade, fluidez e continuidade. Traços compõem um mapa do Brasil reestilizado e colocam uma cruz em destaque. “A simplicidade das formas utilizadas nos remente à humildade, perseverança e fidelidade que a Santa Igreja demonstra ao realizar suas ações, fiéis aos ensinamentos da Bíblia Sagrada e à continuidade da palavra pregada por Jesus Cristo e seus seguidores”, explica.
Os criadores afirmam que a fluidez aponta a “capacidade de adaptação da Igreja ao dialogar com diferentes povos, abordar diferentes temas e culturas”.
Fonte:CNBB
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