DIA 18/2/2015
Paróquia da Catedral – (85) 3231.4196
- 12 horas – Padre Clairton Alexandrino;
- 18h30min – Dom José Antonio A. Tosi Marques.
Paróquia N. Sra. de Fátima – (85) 3227.5215
Paróquia N. Sra. da Paz – (85) 3224.2398
- 17 horas;
- 18h30min.
Paróquia São Vicente – (85) 3224.6489
- 6h30min;
- 11h30min;
- 17h30min;
- 19h30min.
Paróquia de Cristo Rei – (85) 3231.6600
- 6h30min;
- 17 horas;
- 19 horas.
Comunidade Divina Misericórdia
*18h30min
Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Rua Albert Sabin, sn - Bairro Guararapes
*19 horas
Comunidade Santa Luzia
* 19 horas
Comunidade Menino Deus (Matriz)
Rua Jaime Leonel, sn. - bairro Luciano Cavalcante
* 19 horas
No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, lança a Campanha da Fraternidade,CF.
Tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e Lema “Eu vim para servir” (Mc 10, 45)
Quarta-feira de Cinzas: Início da Quaresma
Quaresma: Tempo de penitência e conversão.
- O significado das cinzas
O uso litúrgico das cinzas tem sua origem no
Antigo Testamento. As cinzas simbolizam dor, morte e penitência. Por exemplo, no
livro de Ester, Mardoqueu se veste de saco e se cobre de cinzas quando soube do
decreto do Rei Asuer I (Xerxes, 485-464 antes de Cristo) da Pérsia que condenou
à morte todos os judeus de seu império. (Est 4,1). Jó (cuja história foi escrita
entre os anos VII e V antes de Cristo) mostrou seu arrependimento vestindo-se de
saco e cobrindo-se de cinzas (Jó 42,6). Daniel (cerca de 550 antes de Cristo) ao
profetizar a captura de Jerusalém pela Babilônia, escreveu: “Volvi-me para o
Senhor Deus a fim de dirigir-lhe uma oração de súplica, jejuando e me impondo o
cilício e a cinza” (Dn 9,3). No século V antes de Cristo, logo depois da
pregação de Jonas, o povo de Nínive proclamou um jejum a todos e se vestiram de
saco, inclusive o Rei, que além de tudo levantou-se de seu trono e sentou sobre
cinzas (Jn 3,5-6). Estes exemplos retirados do Antigo Testamento demonstram a
prática estabelecida de utilizar cinzas como símbolo (algo que todos
compreendiam) de arrependimento.
O próprio Jesus fez referência ao uso das cinzas.
A respeito daqueles povos que se recusavam a se arrepender de seus pecados,
apesar de terem visto os milagres e escutado a Boa Nova, Nosso Senhor proferiu:
“Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro
e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se
teriam arrependido sob o cilício e as cinzas. (Mt 11,21) A Igreja, desde os
primeiros tempos, continuou a prática do uso das cinzas com o mesmo simbolismo.
Em seu livro “De Poenitentia” , Tertuliano (160-220 DC), prescreveu que um
penitente deveria “viver sem alegria vestido com um tecido de saco rude e
coberto de cinzas”. O famoso historiador dos primeiros anos da igreja, Eusébio
(260-340 DC), relata em seu livro A História da Igreja, como um apóstata de nome
Natalis se apresentou vestido de saco e coberto de cinzas diante do Papa
Ceferino, para suplicar-lhe perdão. Sabe-se que num determinado momento existiu
uma prática que consistia no sacerdote impor as cinzas em todos aqueles que
deviam fazer penitência pública. As cinzas eram colocadas quando o penitente
saía do Confessionário.
Já no período medieval, por volta do século VIII,
àquelas pessoas que estavam para morrer eram deitadas no chão sobre um tecido de
saco coberto de cinzas. O sacerdote benzia o moribundo com água benta
dizendo-lhe: “Recorda-te que és pó e em pó te converterás”. Depois de aspergir o
moribundo com a água benta, o sacerdote perguntava: “Estás de acordo com o
tecido de saco e as cinzas como testemunho de tua penitência diante do Senhor no
dia do Juízo?” O moribundo então respondia: “Sim, estou de acordo”. Se podem
apreciar em todos esses exemplos que o simbolismo do tecido de saco e das cinzas
serviam para representar os sentimentos de aflição e arrependimento, bem como a
intenção de se fazer penitência pelos pecados cometidos contra o Senhor e a Sua
igreja.
Com o passar dos tempos o uso das cinzas
foi adotado como sinal do início do tempo da Quaresma; o período de preparação
de quarenta dias (excluindo-se os domingos) antes da Páscoa da Ressurreição. O
ritual para a Quarta-feira de Cinzas já era parte do Sacramental Gregoriano. As
primeiras edições deste sacramental datam do século VII. Na nossa liturgia atual
da Quarta-feira de Cinzas, utilizamos cinzas feitas com os ramos de palmas
distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos. O sacerdote
abençoa as cinzas e as impõe na fronte de cada fiel traçando com essas o Sinal
da Cruz. Logo em seguida diz: “Recorda-te que és pó e em pó te converterás” ou
então “Arrepende-te e crede no Evangelho”.
Devemos nos preparar para o começo da Quaresma
compreendendo o significado profundo das cinzas que recebemos. É um tempo para
examinar nossas ações atuais e passadas e lamentarmo-nos profundamente por
nossos pecados. Só assim poderemos voltar nossos corações genuinamente para
Nosso Senhor, que sofreu, morreu e ressuscitou pela nossa salvação. Além do mais
esse tempo nos serve para renovar nossas promessas batismais, quando morremos
para a vida passada e começamos uma nova vida em Cristo.
Finalmente, conscientes que as coisas desse mundo
são passageiras, procuremos viver de agora em diante com a firme esperança no
futuro e a plenitude do Céu.
Aceitando que nos imponham as cinzas, expressamos duas realidades fundamentais:
- Somo criaturas mortais; tomar consciência de nossa fragilidade, de inevitável fim de nossa existência terrestre, nos ajuda a avaliar melhor os rumos que compete dar à nossa vida: “você é pó, e ao pó voltará” (Gn 3, 19). Somo chamado;
- Somos chamados a nos converter ao Evangelho de Jesus e sua proposta do Reino, mudando nossa maneira de ver, pensar, agir.
Muitas comunidades sem padre assumiram esse rito significativo como abertura da quaresma anual, realizando-o numa celebração das Palavras.
Veja mais embasamentos bíblicos sobre as cinzas
através das seguintes passagens: (Nm 19; Hb 9,13); como sinal de transitoriedade
(Gn 18,27; Jó 30,19). Como sinal de luto (2Sm 13,19; Sl 102,10; Ap 19,19). Como
sinal de penitência (Dn 9,3; Mt 11,21). Faça uma pesquisa através de todas estas
passagens bíblicas, prestando atenção ao texto e seu contexto, relacionando com
a vida pessoal, comunitária, social e com o rito litúrgico da Quarta-feira de
cinzas.
(FONTE – MISSAL DOMINICAL, página de 140, © Paulus, 1997)
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