sábado, 10 de janeiro de 2015

O PAPA FRANCISCO NO SRI LANKA -CALEIDOSCÓPIO ASIÁTICO

Na Ásia, e especialmente no Sri Lanka, damos graças a Deus pelo dúplice dom que nos quis conceder: a visita do Sucessor de Pedro e a canonização do beato José Vaz.
A decisão de Francisco de visitar o Sri Lanka amadureceu ao longo de um ano. Dirigi-lhe o convite na tarde da sua eleição, 13 de Março de 2013. Ele mostrou-se entusiasticamente aberto à ideia. Desejava manifestar de modo concreto a proximidade amorosa de Deus ao pequeno rebanho deste vasto continente. Isto indicava como o seu coração de pastor estava aberto a abraçar todos, até a população desta nossa ilha minúscula.
Expliquei ao Pontífice que o Sri Lanka seria para ele um lugar ideal para ter uma visão caleidoscópica da Ásia, com os seus numerosos credos religiosos, e do modo como a pequena grei do Senhor vive e professa a fé no meio de um mar de não-cristãos. E isto atraiu-o, porque Francisco foi sempre um defensor apaixonado da harmonia entre as religiões e da unidade. Além disso o continente, com mais de dois terços da população mundial e apenas 2,6% de cristãos, podia ser uma nova e interessante fonte de enriquecimento para a Igreja.
A visita poderia aumentar o interesse de ambas as partes – a Igreja e o continente – a aprender um do outro e a estimar-se reciprocamente. E aqui, um dos testemunhos mais fortes, do ponto de vista pedagógico, é o de José Vaz. A sua vida foi um testemunho humilde da linguagem intensamente transformadora do amor, manifestado no Evangelho e refletiu o poder do amor misericordioso de Deus, que nascia das raízes da sua alma. 
Malcolm Ranjith, cardeal arcebispo de Colombo

Fonte: L’Osservatore Romano

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