domingo, 21 de dezembro de 2014

REFLETINDO OBRE O EVANGELHO


Lucas 1,26-38

QUARTO DOMINGO DO ADVENTO

             No coração do advento e à medida que nos aproximamos do Natal, a liturgia dá realce à pessoa de Maria que, junto com o profeta Isaias e João Batista, completa o trio de figuras que encarnam a espera da vinda do Messias. Ao considerar o inefável amor com que a virgem Maria esperou o Filho, sentir-nos-emos animados a tomá-la como modelo e nos preparar vigilantes na oração e jubilosos no louvor, para ir ao encontro do salvador que vem.
            A encenação e o diálogo da anunciação apresentados no evangelho de hoje        (Lucas1,26-38), do mesmo modo que o anúncio paralelo feito a Zacarias sobre o nascimento de João Batista, contêm o quadro vocacional comum a todos os casos da chamada por Deus no Antigo Testamento. Assim aparece nas referências latentes nesta página evangélica: vocação de Moisés, Gedeão, Samuel, Saul, Jeremias etc..
           A resposta de Maria ao chamado de Deus ‘faça-se”, é de um compromisso total com Deus, ao qual se manterá fiel por toda a vida. Aceitou assim o plano de Deus, sem reserva em meio da penumbra da fé, pois lhe era impossível, de princípio, conhecer em toda a sua complexidade as consequências de sua opção.
           Maria é a suprema revelação das possibilidades que a graça de Deus oferece á humanidade, a assunção total da criatura em Deus, a realização perfeita da imagem divina. O “faça-se“ de Maria é um “sim” para o homem novo, para a nova humanidade reconciliada com Deus por Cristo.
           Síntese: Maria é a representante da comunidade dos pobres que espera a libertação. Dela nasce Jesus Messias, o Filho de Deus. O fato de Maria conhecer sem ainda estar morando com José indica que o nascimento do Messias é obra da intervenção de Deus.   



Pe. Neto

Pároco de São Vicente

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