07/11/2014 - 6ª. feira – XXXI semana comum
- Filipenses 3, 17-4,1 – “ somos cidadãos do céu “
Segundo São Paulo, todos aqueles (as) que só pensam nas coisas terrenas e têm como deus o estômago, isto é, os prazeres e, por isso, se gloriam das coisas vergonhosas são inimigos da cruz de Cristo. Assim sendo, ele condicionava a sua alegria à conversão de todos aqueles a quem Ele pregava o Evangelho de Jesus. E chorava pelos que não acolhiam os ensinamentos evangélicos prevendo para eles, a perdição. Nós que conhecemos o Evangelho, que meditamos a Palavra de Deus, precisamos estar atentos! Quando não vivenciamos o que aprendemos, e desejamos ter uma vida isenta de dificuldades, nos apegando ao que o mundo nos recomenda como prazeroso e cômodo, também estamos sendo “inimigos da Cruz de Cristo”. Aí então, com certeza, o nosso fim será a “perdição”. Se fizermos uma reflexão da nossa vida, das nossas ações, dos nossos apegos e desejos nós poderemos aquilatar se somos ou não cidadãos do céu ou se estamos vivendo para as coisas terrenas tendo como deus o estômago e colocando a nossa glória no que é vergonhoso. Não podemos jamais desistir, precisamos estar firmes no que de fato é bom para que vivamos bem. O céu é o nosso destino, é a nossa pátria. Voltar para a casa do Pai é o anseio da nossa alma. Portanto, cada um de nós, em particular, precisa examinar sua consciência para poder responder: Será que eu faço parte do povo cujo deus é o estômago, que só pensa nas coisas terrenas? Será que eu sou de fato cidadão, cidadã do céu? - Será que realmente eu vivo aguardando o meu Salvador e Senhor Jesus Cristo? – Será que realmente Jesus Cristo é o Senhor da minha vida?
Salmo 121 – Que alegria quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!”
A nossa alma espera pelo dia que retornará à casa do Pai e o salmista expressa isso quando fala da alegria que sentimos quando pensamos nas coisas de Deus, nas coisas do céu. Todos nós caminhamos para a Jerusalém Celeste, cidade edificada com harmonia. Enquanto aqui estamos não experimentamos esta beleza interior, por isso é que almejamos alcançar a sede da justiça de Deus que nos dará o que é justo para nós.
Evangelho – Lucas 16, 1-8 – “ações de sabedoria”
Neste Evangelho Jesus nos dá a lição de que devemos usar a sabedoria e a nossa inteligência também quando tratamos das coisas de Deus aqui neste mundo. Jesus não elogiou a atitude desonesta do administrador, mas a motivação que o levou a angariar a amizade das pessoas. Estas pessoas são aquelas a quem ajudamos e com os quais nos solidarizamos nas horas de necessidade, não importando o tamanho do bem que fazemos ou a quantia que ofertamos. Por isso, é a maneira como vivemos e o nosso modo de ser, de tratar o semelhante, de acolher, de compreender, de dispensar que fará com que sejamos recebidos um dia nos tabernáculos eternos. A compaixão que exercitarmos com os nossos semelhantes, o perdão e a misericórdia são ações de sabedoria que devemos colocar em prática enquanto estivermos aqui na terra, porque elas nos servirão de passaporte para o reino dos céus. Normalmente nós colocamos mais empenho nos negócios do mundo do que nos interesses de Deus e damos prioridade ao que rende mais aqui na terra do que o tesouro que juntamos no céu. Os que tratam com as riquezas deste mundo, sabem fazer isso, de modo desonesto. Os filhos da luz, porém, muitas vezes não sabem fazer assim para conquistar a amizade das pessoas e agradarem a Deus. - Você também tem usado a sua inteligência e sagacidade para fazer amizade com as pessoas como Deus quer? – Como você tem tratado as pessoas que precisam de você, que trabalham para você, que lhe servem? – Você é uma pessoa acolhedora ou está sempre prevenida com medo de se envolver Você sabe dispensar os erros do próximo? - Você tem vivido as coisas do mundo, do trabalho, do mesmo modo que você tem vivenciado as coisas ligadas a Deus?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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