24/11/2014
- 2ª. Feira XXXIV semana comum
Apocalipse
14, 1- 5 – “a fronte marcada”
Numa linguagem simbólica o livro de Apocalipse descreve a grande vitória
do povo de Deus sobre os inimigos que o perseguiram. O número doze é usado para representar o povo de Deus (12 tribos no Velho
Testamento e 12 apóstolos no Novo). Dez é um número completo. Quando Deus quer
descrever simbolicamente a totalidade de seu povo, ele usa 12 x 12 x 10 x 10 x
10. O
Cordeiro é Jesus e nós fomos marcados com o sinal da graça que é o Seu
sangue. Assim os cento e quarenta e
quatro mil representam a totalidade do povo de Deus, batizado em Nome de Jesus
e que foram resgatados da terra porque O seguiram fielmente e não O
rejeitaram. Precisamos, porém,
permanecer fiéis a Jesus para podermos celebrar a liturgia celeste diante Dele.
Não nos bastará somente o fato de termos sido assinalados porque a graça que
recebemos no nosso Batismo só se torna eficaz com a nossa anuência, isto é, com
o nosso consentimento e adesão ao Plano de Deus. Na visão de João eles cantavam
um cântico novo, um cântico que ninguém podia aprender, mas somente os que
tinham sido resgatados. Que nós possamos nos inserir no meio do povo que crê em
Jesus e Nele põe a esperança de celebrar no céu as Bodas do Cordeiro, cantando
um cântico novo desde já. – Você já
aderiu à graça que você recebeu no Batismo? – Você já canta o canto novo?
– O que significa para você, cantar um
cântico novo?
Salmo
23 – “É assim a geração dos que buscam
vossa face, ó Senhor, Deus de Israel!”
Aqueles que buscam
o Senhor não serão confundidos e fazem parte da geração que subirá até o monte,
a santa habitação de Deus. Não precisaremos de muitos planos nem projetos para
subir até o céu e contemplarmos a face do Senhor Deus de Israel: apenas devemos
ter as mãos puras e um coração inocente.
Evangelho
– Lucas 21, 1-4 – “Somos escravos do pouco que possuímos”
Neste Evangelho nós
descobrimos o valor que tem diante de Deus aqueles (as) que têm pouco para dar,
mas oferecem a Ele tudo o que possuem. Na compreensão do mundo, geralmente,
vale mais aquele que tem mais para dar. No entanto, para
Deus, não importa o muito ou o pouco que nós ofertamos, mas a condição e o modo
como nós fizermos. Assim aconteceu com a viúva que não tinha nada
entregou a Deus, tudo. Se formos parar para avaliar a nossa conduta
iremos perceber que geralmente nós nos apegamos com o pouco que temos e damos
ao outro somente o pouco que nos sobra do muito que temos. A lei natural do
mundo nos instrui que devemos fazer oferta de acordo com o que possuímos. Se
tivermos muito, temos condições de também oferecer muito, se tivermos pouco,
escassa também será a nossa doação. Isso faz parte da vida! Porém, o que mais
impressionou a Jesus no caso da viúva do Evangelho, foi que ela depositou no
altar do Senhor as duas únicas moedas que possuía, portanto, ela deu tudo o que
tinha. Assim ela deu testemunho de desprendimento e ao mesmo tempo de
confiança na providência de Deus. Às vezes nós sovinamos não somente dinheiro,
mas também, trabalho, tempo, atenção, carinho, compreensão, zelo. Jesus nos ensina: aquele que dá a Deus tudo o
que tem, receberá de Deus muito mais para bem viver. Podemos,
agora, colocar essa ideia na nossa vida e refletir sobre o que estamos
depositando diante de Deus como oferta. Deus, Criador de todas as coisas do
universo é dono de tudo, mas, ainda não tem a posse do nosso coração, mesmo
sendo Ele o Autor da nossa alma e do nosso ser. A Ele, nós temos oferecido
apenas migalhas, negamos até o que de mais precioso nós possuímos que é o dom
da nossa liberdade. Somos escravos (as) de nós mesmos (as) e teimamos em querer
nos apossar das coisas que são inerentes ao nosso ser, mas que se constituem um
entrave para que Deus seja realmente o dono das nossas duas moedas ou do nosso
tesouro. Colocamos nas mãos do Senhor somente aquilo que nos sobra, ou melhor,
as áreas da nossa vida das quais nós já conseguimos nos desprender. Entretanto,
há outras que estão tão ligadas ao nosso comodismo e à nossa vontade próprias,
que nem pensamos, quanto mais, admitimos, colocá-las diante do Senhor para que
Ele as governe Será que nós, que tudo
possuímos, não estamos dando a Deus, quase nada, apenas o que nos sobra? Isso é
algo sobre o qual nós precisamos refletir. – Você tem sido generoso (a) ou
tem dado somente as sobras? – O que você tem relutado a entregar a Deus? - Você se acha no
dever de oferecer a Deus a sua vida? - Quais as áreas do seu ser que você tem
deixado o Senhor governar?- Você tem deixado Jesus arrumar todos os aposentos
do seu coração? - Existe alguma coisa que você tem negado a Deus
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