17/11/2014 - 2ª. Feira – XXXIII semana
comum -
Apocalipse 1, 1-4;2,1-5 –“voltar ao amor dos primeiros tempos”
As revelações do Apocalipse se constituem num
verdadeiro apelo à nossa conversão e mudança de vida. São exortações que nos
motivam a perseverar fielmente na vivência dos ensinamentos da Palavra de Deus.
Assim sendo, o anjo que aparece a São
João proclama, “Feliz aquele que lê e que
escuta as palavras desta profecia e também pratica o que nela está escrito”.
Para nós, seguidores de Jesus Cristo, é um alento saber que a nossa
perseverança e fidelidade são atributos preciosos na conquista do reino de
Deus. Todavia, precisamos estar convencidos de que isto somente não nos bastará:
necessitamos resgatar o amor dos primeiros tempos, que se prova no ardor pelo
zelo que praticarmos quando estivermos a serviço da causa de Cristo. Muitas
vezes, podemos estar fazendo as coisas apenas por fazer, como que cumprindo uma
obrigação, no entanto o Senhor nos pede muito mais do que isso. Ele quer que o nosso coração caminhe junto com
as nossas ações e que estejamos cheios de ardor e paresia. A afirmação, “o
momento está chegando”, significa que o tempo é de conversão, e que precisamos
assumir o projeto de Deus, para valer. “Converte-te
e volta à tua prática inicial” diz o Senhor. Precisamos repensar o nosso
modo de amar e servir a Deus. Ele nos ama com amor apaixonado e é com este Amor
que precisamos também servi-Lo, quando servirmos ao nosso próximo. Em qualquer
profissão ou estado de vida nós podemos servir ao Senhor na construção de um
mundo melhor, a partir dos nossos relacionamentos em família, no trabalho e na
comunidade da qual participamos. - Como
está a sua disposição em servir a Jesus Cristo? – A sua perseverança e
fidelidade retratam o que você sente no coração? – Você ainda tem o ardor dos
primeiros tempos, de quando você encontrou Jesus?
Salmo
1 – “Ao vencedor concederei comer da
árvore da vida”
Precisamos ser esta
árvore plantada à beira da torrente, para que a nossa folhagem seja sempre
verdejante. A torrente é o Espírito Santo, a Palavra, o culto ao Senhor, de
coração. Seremos vencedores na medida em que nos entregarmos sem
constrangimento a esse rio de água viva que é quem nos faz dar frutos de amor e
perseverança.
Evangelho – Lucas 18, 35-43 – “à beira do
caminho”.
Aquele homem sentado à beira do
caminho, pedindo esmolas, embora estivesse cego, parece que já havia enxergado
antes. Por isso, diante da pergunta de Jesus ele respondeu, “Senhor, eu quero enxergar de novo”.
Olhando numa perspectiva espiritual observamos que muitas vezes, muitos de nós,
outrora enxergávamos e sentíamos a presença de Deus, por isso tínhamos
confiança na Sua providência e ação na nossa vida. No entanto, por causa dos
acontecimentos e situações adversas nós nos distanciamos e ficamos cegos,
perdidos, tontos, tornando-nos verdadeiros mendigos de luz e orientação. Ficamos, então, tal qual o cego, sentados à
beira do caminho esperando por socorro, mendigando e desejando que algo novo
venha nos tirar daquela situação. Na
maioria das vezes nos acomodamos desanimados
esperando que alguém nos note e venha em nosso socorro. Não pedimos
ajuda e ficamos na nossa mendicância solitária e muda. A diferença, porém, é que o cego de Jericó,
mesmo não vendo, ele podia ouvir e podia falar, por isso, gritou apesar das
pessoas mandarem-no calar-se: “Jesus,
filho de Davi, tem piedade de mim!” Ele não se prendeu à sua limitação, mas apesar
dela, ficou atento ao que acontecia ao
seu redor e percebeu algo diferente quando a multidão passou por ele. E foi por
causa da sua persistência e determinação, que são atitudes de fé, que Jesus o
curou da cegueira. Nós também, podemos ocasionalmente, nos tornar cegos, às
vezes, pela falta de esperança, pela decepção, pelas perdas e fracassos, pelas
circunstâncias adversas, mas como o cego de Jericó, todos nós temos
oportunidade de sair do nosso estado de miséria aparente para, em Nome de
Jesus, pedir a ajuda a alguém. Se estivermos atentos (as) à passagem do Senhor
nas diversas oportunidades da nossa vida em que nos sentirmos como que um coxo, paralítico, acamado, sem
esperança, com certeza, teremos a nossa vida renovada. Não podemos nos acomodar na “beira do
caminho”, quando muitos servos do Senhor passam por nós e nos convidam a voltar
a participar do reino dos céus, em momentos de oração, de partilha e vivência
do amor de Deus em comunidade. Mesmo que haja pessoas na nossa frente que
queiram nos impedir de reencontrar O Salvador, Ele estará sempre atento ao
nosso clamor. Aquele que sentir-se necessitado, será lembrado. JESUS, FILHO DE
DAVI, TEM PIEDADE DE MIM! – Você ainda está esperando Jesus passar ou
você já percebe que Ele está perto de você e quer tirar todas as suas dúvidas?
– Existe alguém que está atrapalhando o
seu encontro com Jesus? – Qual é a sua cegueira: o que você ainda não está
entendendo? – O que precisa acontecer para que você saia do comodismo? – Você
tem medo de que as pessoas o (a) mandem calar-se ou você tem coragem de gritar
por Jesus mesmo que chame a atenção de todos?
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