A edição deste ano teve a parceria da ONG Acalanto, que alerta a sociedade sobre a importância da adoção
A Marcha pela Vida Contra o Aborto aconteceu neste domingo (23), com concentração às 16h, no Aterro da Praia de Iracema. Centenas de pessoas em prol da defesa do direito à vida desde a concepção participaram do movimento, que também contou com a presença da cantora Elba Ramalho, no trio elétrico principal.
A edição deste ano teve a parceria da Organização Não Governamental (ONG) Acalanto, que, junto aos organizadores, alertou a sociedade sobre a importância da adoção como solução para famílias que, por quaisquer motivos, não ficam com a criança. Durante o movimento, Bete Angelim, representante da ONG parceira, ressaltou que adotar deve vir a ser algo natural no Brasil.
Foi por meio de encontros transformadores entre pais e filhos que a Acalanto Fortaleza se tornou o único grupo de apoio à adoção do Ceará. Desde o ano passado oferece apoio jurídico e psicológico a pais adotivos ou que pretendem adotar. Sua missão é esclarecer e estimular a adoção e evitar o abandono.
O cantor e compositor cearense Chico Pessoa esteve presente no evento e ressaltou a importância de alternativas que evitem o aborto. "Sou filho de uma mulher que não era mulher legítima, filho fora do casamento, minha mãe poderia ter abortado por morar em uma cidade pequena, cheia de preconceitos", contou o cantor.
Representantes de comunidades religiosas estiveram presentes na passeata para propagar os ensinamentos cristãos. Na opinião de missionários, as pessoas que têm religião pessoal definida defendem o direito inenarrável à vida, tendo como base os preceitos divinos. "Deus oferta um patrimônio genético único, que é o dom da vida, o dom e tudo de importante que mais tempos", afirmou Ítalo, estudante e católico praticante.
A Marcha estendeu-se pela noite, indo até a Praça dos Estressados, sob gritos eufóricos de "diga sim à vida" e músicas representativas cantadas pelo cearense Chico Pessoa, que se demonstrou fervoroso a favor da causa.
Segundo os organizadores, no Brasil, das famílias que estão na fila de espera para adoção, 28 mil já possuem cadastro legalizado e aprovado, porém, a morosidade dos processos faz com que muitas desistam, deixando crianças e adolescentes em abrigos. Por lei, o acolhimento não deveria ultrapassar o período máximo de dois anos.
Outro ponto em questão na passeata foi o Estatuto do Nascituro, que afirma que o direito à vida tem início no momento da concepção e tramita na Câmara dos Deputados há seis anos. Para falar sobre o assunto, os organizadores convidaram o autor do estatuto.
Luiz Bassuma, ex-deputado federal pelo Estado da Bahia, lamentou a interrupção na regulamentação do artigo quinto da Constituição e disse que adotar é o dom dos dons, a solução jamais será matar.
Fonte: Diário do Nordeste
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