19/10/2014
- XXIX Domingo do tempo comum
– 1ª.
Leitura Isaias 45, 1.4-6 – “a missão de “salvar almas”
Do mesmo modo que Deus chamou a Ciro, o rei
da Pérsia, que nem O reconhecia como Deus, para que, por meio dele, fosse
comprovado o Seu poder Salvador diante de toda a humanidade retirando o povo de
Israel do exílio da Babilônia, em algum momento da nossa história, nós poderemos
também ser convocados por Deus para a missão de “salvar almas”. O profeta Isaías fala da intervenção do Senhor
na vida do rei Ciro e de como ele foi preparado para esta proeza. O Senhor também nos exercita e nos prepara
para esta missão, mesmo que não tenhamos ainda consciência da sua proposta. Hoje,
também, o povo de Deus continua no exílio, longe do Seu Amor e da Sua
Misericórdia e precisa de nós todos os que nos encontramos sob o Seu senhorio,
para abrir as portas àqueles irmãos e irmãs que ainda não tiveram um encontro
pessoal com a Salvação de Jesus. Moisés foi ungido para tirar o povo da
escravidão do Egito, Ciro, da mesma forma, foi investido com a capacidade de
arrancar da expatriação a nação de Judá. Jesus Cristo é o enviado do céu,
ungido para nos libertar do pecado e da morte e nós, hoje, somos os
continuadores do Seu ministério. No nosso Batismo nós recebemos o selo de
seguidores de Jesus Cristo, por isso não viemos aqui, à toa e temos uma missão
a cumprir. – Você tem consciência de que
tem a missão de abrir as portas àqueles que necessitam de salvação? – O que
você tem feito neste sentido? – Você já se apossou da sua unção de batizado em Jesus Cristo ? – O que
falta para que isto aconteça?
Salmo 95 – “Ó família das nações, daí ao Senhor poder e glória!”
Todas as nações da terra devem ao Senhor tributos de
louvor pela Sua glória e Seus prodígios. Quando nós reconhecemos o Senhorio de
Deus Pai nós ingressamos na Sua família, fazemos parte do Seu rebanho e
precisamos dar a glória que é devida ao Seu Nome. Assim fazendo, nós estamos
acolhendo a exortação do salmista que nos sugere a oferta de um sacrifício nos
átrios do Senhor. O nosso coração é o vestíbulo da casa de Deus e é a partir
dele que o Senhor Reina! E lá no mais profundo do nosso espírito nós rendemos a
Ele os louvores que nos trazem a paz e a justiça.
2ª. Leitura 1 Tessalonicenses 1, 1-5 – “testemunho
de fé, caridade e de esperança”
Paulo, Silvano e Timóteo escrevem à Igreja da
Tessalônica desejando a graça e a paz do
Senhor por causa da demonstração que eles ofereciam ao mundo, com o testemunho
de fé, caridade e de esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. Por esta razão os
tessalonicenses eram considerados do “número dos escolhidos” de Deus. A partir
desta realidade nós podemos também fazer uma avaliação se, realmente, nós somos
parte da família dos consagrados por Deus. A demonstração que damos ao mundo,
por meio da atuação da nossa fé, do amor e da esperança nos planos de Deus é,
pois, uma condição imprescindível para
que também recebamos a graça e a paz de
Nosso Senhor Jesus Cristo. E isto só pode acontecer quando nós, mediante a força do Espírito Santo,
vivenciamos o Evangelho, não somente com palavras, mas com ações. Aí sim, o
nosso desempenho na edificação do reino
será frutuoso e vivenciaremos a vontade de Deus tornando-nos, homens e mulheres
justos. Para tentarmos fazer esta estimativa nós devemos refletir: - Tenho dado demonstração de fé e confiança
nos planos de Deus para mim, nos momentos de nuvens negras? – Como tenho
exercido a caridade no meio da minha família, comunidade e amigos? – Sou uma
pessoa otimista em relação à vida ou tenho me apegado ao desânimo,
passivamente? – Tenho confiando na força e no poder do Espírito Santo agindo em
mim?
Evangelho – Mateus 22, 15-21 – “Deus e os homens”
Jesus não se
deixava reger por sugestões que advinham da cabeça dos fariseus e dos
herodianos que armavam arapucas para apanharem-no em contradição. Assim sendo,
sabiamente Ele percebia a maldade dos seus corações e a hipocrisia que
orientava os seus questionamentos. Eles costumavam agradar a Jesus com
palavras, e, ao mesmo tempo, preparavam-Lhe armadilhas. A figura e a inscrição
da moeda que pagava o imposto eram de César, imperador dos romanos e nada tinham
a ver com o que Jesus ensinava sobre a revelação de Deus. Jesus sabia distinguir
a realidade material da espiritual e o que pertencia a Deus e o que era próprio
dos homens. Muitas vezes nós nos confundimos quando tratamos de assuntos
financeiros e materiais atrelados às coisas de Deus. Muitos pregam a recompensa
da prosperidade e da fartura embaralhada com o serviço ao reino de Deus. A Cezar,
isto é, ao mundo material, pertencem as nossas necessidades físicas que são
temporais e passageiras. A Deus, no entanto, compete a parte que permanece nos
sustentando eternamente. Na vida nós temos as nossas carências e necessidade de
sobrevivência material próprias da nossa situação humana. Confiando na
providência de Deus nós também supriremos estas realidades, porém o nosso ser
espiritual não depende do quanto possuímos materialmente. Por isso, Jesus nos
propõe cumprir com as obrigações básicas que são inerentes ao nosso ser
material. Ao mesmo tempo, Ele nos
ensina, amparados pela força do Espírito Santo, a prosseguir na nossa busca da santidade que
nunca nos será tirada. – Você tem dado a
Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus? – Você tem cumprido com as
suas obrigações sociais e espirituais? – Como você administra as suas posses
materiais e espirituais? – Você acha que é merecedor de benesses por trabalhar
na vinha do Senhor? – Você tem algum interesso no trabalho do reino?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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