No dia que marcou os 97 anos da última aparição de Maria em Portugal, 80 mil fiéis foram ao Santuário de Fátima
Em 13 de outubro de 1917, uma multidão de mais de 50 mil pessoas se reuniu na Cova da Iria, em Portugal e assistiu ao Sol deslizar sobre o céu, num milagre que marcou a sexta e última aparição da Virgem Maria a três crianças, Lúcia, Jacinta e Francisco. Ontem, 97 anos depois, a fé em Nossa Senhora de Fátima reuniu novamente uma multidão na Igreja que leva seu nome para celebrar a manifestação da mãe de Jesus Cristo.
As celebrações tiveram início no último dia 4, quando começou o novenário. De acordo com o pároco do Santuário de Fátima, padre Ivan de Souza, a estimativa da paróquia foi que 80 mil pessoas passaram pela Igreja ao longo do dia. "Para nós, é sempre um momento de alegria muito grande, porque a cada ano aumenta o número de fiéis. E isso, para nós, devido ao trabalho e à missão, é muito importante. A gente nota também a participação de muitas comunidades de fora, de outras cidades", diz.
O pároco lembrou ainda a importância do ensinamento de Nossa Senhora de Fátima para a vida dos devotos. "A grande mensagem é a conversão. Maria nos pede três coisas: a oração, a penitência e a conversão. Ela pede para que as pessoas rezem o terço pelo fim da guerra, mas sobretudo para que se convertam, voltem ao caminho de Deus e busquem o Evangelho nessa direção", explica padre Ivan.
A programação ontem começou cedo. Às 7h, foi celebrada a primeira das 11 missas realizadas durante o dia. O ponto alto, entretanto, ocorreu a partir das 18h, quando uma procissão seguiu da Igreja do Carmo, no Centro, até o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, no Bairro de Fátima. A missa campal, realizada logo em seguida em frente à igreja, contou ainda com o momento de coroação de Nossa Senhora de Fátima.
Emoção
No olhar de cada devoto que acompanhou a caminhada ou que esperou na Igreja a chegada de Maria, era possível encontrar a gratidão e o carinho filial em relação à mãe de Jesus, na certeza de que sempre são validos pela santa em suas necessidades. "Ela é mãe de todos nós, nos ama muito, então não tem como não amá-la também. Nenhuma caminhada é sacrifício para mim, porque eu faço por amor a Nossa Senhora e por tudo o que ela fez na minha vida", afirma a aposentada Rita Guerreiro.
Após a chegada da procissão trazendo a imagem de Nossa Senhora de Fátima, sob o brilho de fogos de artifício, os fiéis foram presenteados com uma surpresa que não constava na programação da noite: o músico Waldonys tocou com sua sanfona um arranjo próprio para a tradicional Ave Maria, de Charles Gounod. "Sou muito devoto de Maria. Venho de uma família muito católica, então é uma emoção muito grande. Tocar numa festa como essa arrepia. Eu toco realmente vivendo a oração. Fecho os olhos, me concentro e a sanfona fala por mim", comentou o músico após a execução da peça.
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O que a santa representa para você?
"Sou devota demais da santa e venho todos os domingos à missa na Igreja de Fátima. Nossa Senhora já ajudou um neto meu a sair do mundo das drogas, por isso venho sempre pedir alguma graça e agradecer à Virgem"
Guiomar Freire Martins
Aposentada
Aposentada
"Eu acredito muito no poder de Nossa Senhora de Fátima, por isso marco todos os dias 13 para vir à Santa Missa. Sempre peço a ela principalmente muita saúde. É a fé que me motiva a participar dessa festa sempre"
Célio de Sousa
Comerciante
Comerciante
"Eu vejo Maria como uma mãe que intercede por nós junto a Jesus Cristo. Há três anos frequento o Santuário de Fátima, todo dia 13. Foi uma promessa que fiz depois que minha mãe conseguiu ser curada de uma depressão"
Nete Pereira
Diarista
Diarista
Ranniery Melo
Repórter
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste
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