sábado, 18 de outubro de 2014

AMANHÃ, BEATIFICAÇÃO DE PAULO VI, O PAPA QUE INSTITUIU O SÍNODO DOS BISPOS



Na manhã deste domingo, dia 19, pelas 10.30 horas de Roma, será celebrada na Praça de S. Pedro a Beatificação do Papa Paulo VI. Pontifice de grande inteligência e cultura teve uma ação absolutamente fundamental na conclusão do Concílio Vaticano II iniciado por João XXIII. A sua Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi publicada em dezembro de 1975 é considerada pelo Papa Francisco o mais importante documento da Igreja sobre pastoral.
Em entrevista ao nosso colega da redação italiana da Rádio Vaticano Alessandro Gisotti, o Padre Angelo Maffeis, presidente do Instituto Paolo VI, considera que o Papa Montini interpretou o Concílio como um exame de consciência que devia afinar a consciência da Igreja, da sua identidade e missão e renovar o modo de propor a mensagem evangélica, as estruturas e o modo de agir da Igreja.
O Padre Maffeis sublinhou ainda nesta entrevista a feliz coincidência da Beatificação de Paulo VI acontecer no dia em que se encerra o Sínodo sobre a Família, pois foi o Papa Paulo VI quem instituiu este organismo da Igreja. Foram estas as suas palavras:
“ Creio que seja feliz esta coincidência que vê a cerimônia de Beatificação de Paolo VI coincidir com a conclusão da assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos. O Sínodo dos Bispos é uma instituição que Paulo VI quis como continuação daquela solidariedade, daquele intercâmbio, daquele confronto no interior do corpo episcopal que no Vaticano II tinha encontrado uma sua expressão muito alta, mas que tinha que encontrar caminhos para exprimir-se na vida ordinária da Igreja. Na linha da reflexão sobre a missão da Igreja que Paulo VI desenvolver, um elemento de continuidade que o Papa Francisco recorda com este pontificado é certamente representado pela exortação Evangelii Nuntiandi que me parece unir esta consciência do grande tesouro que a Igreja recebeu – e que deve proclamar com absoluta fidelidade – ao dom que lhe foi concedido, mas ao mesmo tempo esta sensibilidade pela situação contemporânea, pela cultura, pela realidade social em que a Igreja se encontra a cumprir a sua missão.” (RS). 
Fonte: Rádio Vaticano

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