30/09/2014
- 3a. Feira – XXVI semana comum
– São Jerônimo - Jó
3,1-3.11-17.20-23 – “desabafo do homem justo”
No livro de Jó nós encontramos a
narração da amargura do homem justo que é provado pelas intempéries da vida,
que sofre na própria carne a provação e o infortúnio, a miséria e aflição. O desabafo de Jó é, portanto, o mesmo que muitas vezes fazemos quando, no auge do suplício ou do
sofrimento desejaríamos nem ter nascido ou então desaparecer da face da terra.
Isso tudo faz parte do nosso ser humano, fraco e limitado na sua capacidade de
suportar a agonia da dor. “Praticamente
tudo quanto é humano constitui material apropriado para a oração perfeita:
reflexões e observações, medo, ira, culpa e pecado, perguntas e dúvidas,
necessidades e desejos, louvor e gratidão, sofrimento e morte. Nada humano é
excluído da oração do homem justo.” (trecho retirado do Livro Maravilhosa
Bíblia) Jó, porém, mesmo em meio ao seu desabafo, nunca se revoltou contra
Deus. Pelo contrário, ele se julgava infeliz e merecedor de tudo que lhe estava
acontecendo. Conhecer a história de Jó nos faz compreender como Deus tem um
plano para nós ainda que possamos passar pelos sofrimentos e desgostos próprios
da nossa existência humana. Às vezes,
nós cultivamos um conceito de que o sofrimento é destinado somente às pessoas
que procedem mal e, por isso, são provadas a passar por grandes tribulações. O livro
de Jó vem, justamente, evidenciar e nos conscientizar de que mesmo o justo e
aquele que está ligado a Deus passa por provações e desgostos. O nosso sofrimento já é também uma
consequência do viver no meio dos homens pecadores e insensatos. No entanto,
diante de Deus o homem justo tem liberdade de abrir o seu coração e desabafar
as suas angústias, como uma oração e assim sentir-se amparado e consolado pelo
Senhor.
–
Como é a sua oração quando está passando por problemas? – Você se sente livre
para argumentar com Deus? – Você expõe a Ele sua angústia e sofrimento, as suas
indagações e dúvidas? Experimente fazê-lo, o Senhor o compreenderá.
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