27/09/2014 - Sábado
- XXV semana comum
-
São Vicente de Paulo - Eclesiastes 11,9—12,8 – “A alegria da juventude”
O tempo da
juventude é o momento dos sonhos se realizarem a partir do desígnio do Senhor.
Alegria, anseios, prudência e temor a Deus, esses são os conselhos que o
autor sagrado dá aos jovens de todas as gerações. A semente do bem plantada na juventude
germinará e dará bons frutos para serem colhidos na velhice, tempo em que o
ânimo já não é tão intenso. No
entanto, a Palavra também abre os olhos dos jovens para que eles regulem as
consequências dos seus anseios: “Segue as aspirações do teu coração e os
desejos dos teus olhos; fica sabendo,
porém, que de tudo isso Deus te pedirá contas.” E como isto poderá acontecer? Todas as nossas ações trazem decorrências,
boas ou más, de acordo com o impulso que as gerou. Muitas vezes, pelo fato de
que possamos hoje, ter força, coragem, determinação, vigor e energia, nós
esquecemos de que estamos plantando “sementes” que poderão germinar em nós,
amanhã, um veneno mortal. Por isso, é que o autor também retrata figurativamente
como na velhice, o corpo humano vai perdendo suas capacidades de ver, de ouvir,
de andar e até de alimentar-se. A alegria da juventude quando bem vivenciada
será um germe saudável para o tempo da
desolação pela incapacidade física. Portanto, que os jovens e as jovens
aproveitem o tempo da semeadura que é o período da alegria, da perseverança, da
vivência da caridade, do serviço, do lazer sadio, da fraternidade e do Amor. – Você tem aproveitado o tempo da sua
juventude para viver a alegria dos filhos de Deus? – Você tem perdido o seu
precioso tempo com discórdias, ressentimentos e inimizades? Como estão sendo os
seus divertimentos? – O que você terá que prestar contas com Deus quando chegar
o momento? – Você reflete sobre isso?
Salmo 89 – “Ó
Senhor vós fostes sempre um refúgio para nós”!
Os nossos anos
passam como o sono da manhã e são iguais a erva que de manhã floresce, mas à
tarde é cortada e logo seca. Esta é a comparação que o salmista faz da
brevidade da nossa vida. Com a ajuda de Deus, porém nós poderemos aproveitar
bem os nossos dias recebendo Dele graças e bênçãos de fidelidade e amor.
Evangelho Lucas 9,43-45 – “o momento presente é um presente de Deus”
Os discípulos não
queriam escutar Jesus, que procurava abrir-lhes os olhos antecipando o que iria
Lhe acontecer em breve. Eles fugiam do assunto e não Lhe faziam perguntas, pois
tinham medo de padecer. Não admitiam o sofrimento e desviavam-se de qualquer
conversa que lhes acenasse com dor e aflição. É que não queriam encarar a
veracidade dos fatos, mas mesmo assim, Jesus queria preparar os seus corações
para os acontecimentos vindouros, dando-lhes ciência da verdade, embora que não
compreendessem nada do que lhes dizia.
Nós também somos assim: nunca admitimos falar em sofrimento e, muito menos na
morte. Queremos desconhecer o fato de que um dia também nós teremos que
enfrentar o fim da nossa vida. Temos em nós um desejo de imortalidade e não
entendemos também o sentido das coisas espirituais que ultrapassam a nossa
razão. Ainda não nos conscientizamos de que a fé na vida eterna é quem nos dá a
segurança para que possamos confiar sem precisar tocar e provar as realidades
que o Evangelho nos propõe. Não obstante, Jesus também nos fala hoje: “Prestai bem atenção às palavras que vou
dizer: o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens.” Isso significa, que assim como Jesus sofreu e
padeceu nas mãos dos homens nós também poderemos suportar as tribulações
próprias da nossa existência, com fé e esperança de que tudo um dia
passará. Se, as pessoas no mundo
estivessem mais conscientes da brevidade da sua vida e que um dia tudo vai
passar, com certeza, usufruiriam mais do momento presente e não desperdiçariam
tempo, oportunidade, juventude, saúde, fortuna e felicidade. Isso diz alguma coisa para você na sua
vida? – Você admite conversar sobre a morte?
- Como você encara esta realidade da
vida humana? - Em que você tem evitado se aprofundar com medo de sofrer? - Há alguma coisa que você terá que
enfrentar que não quer nem pensar?
Nenhum comentário:
Postar um comentário