26/09/14
– 6ª. feira – XXV semana comum
- Eclesiastes
3, 1-11 – “tudo tem o seu tempo”
Nascer, morrer,
destruir, construir, alegrar-se, entristecer-se, chorar, rir, lamentar, dançar,
rir, guerra, paz, amar, odiar, abraçar, separar, buscar, perder! Pensando bem, a nossa vida é como uma colcha
confeccionada com os retalhos das diversas situações pelas quais atravessamos
durante a nossa caminhada aqui na terra. Hoje, assim, amanhã, de outro jeito! Há tempo
para tudo! Esta belíssima dissertação
sobre o “tempo” é, para nós, um ensinamento edificante a propósito das
situações que temos de enfrentar a cada momento da nossa vida. Tudo está
gravado em nós como um filme, porém, o que não podemos fazer é estacionar no
tempo, achando que tudo o que nos aconteceu é para sempre. Devemos viver na
perspectiva do que Deus há preparado para nós e, na medida em que tivermos que
enfrentar os desafios confiar na Sua proteção e na sua providência, mesmo que
dentro de nós haja marcas de sofrimento. Não podemos parar no passado e fazer
dele um pano de fundo para o nosso presente e futuro. Todas as coisas que se
nos acontecem nos servem de aprendizado e de construção para o nosso
amadurecimento, humano e espiritual. Se colocarmos essas situações diante do
juízo de Deus, depois de tudo passado, enxergaremos os benefícios que auferimos
em cada desafio ultrapassado. Enquanto aqui caminhamos vamos sendo preparados e
lapidados para assumir a nossa forma definitiva diante de Deus. “As
coisas que Deus fez são todas boas no tempo oportuno”, diz o autor, por
isso, que nós possamos aproveitar bem o tempo em que estamos vivendo, na dor ou
na euforia, mas sabendo enxergar e esperar o nascer de um novo dia. Um dia, não
precisaremos mais perguntar nada. Tudo será esclarecido! – Como você tem enfrentado essa diversidade de situações da sua vida? –
Você tem sabido esperar com paciência que a paisagem mude? – Na hora do sufoco
a quem você recorre? – E na hora da alegria, da bonança, você agradece a quem? –
Que proveito você tem tirado das experiências negativas?
Salmo
143 – “Bendito seja o Senhor, meu rochedo!”
Mesmo que a nossa
vida passe como o sopro do vento nós precisamos agradecer ao Senhor pela
consideração que Ele tem para conosco. Por isso, é nosso dever reconhecer que
Ele é o nosso refúgio, nosso libertador, abrigo e fortaleza. Com a consciência
de que temos o Senhor como escudo nós podemos atravessar os dias sombrios da
nossa vida com mais coragem e determinação.
Evangelho Lucas
9, 18-22 – “em oração com Jesus”
A Palavra de Deus se torna eficaz
na nossa vida quando nos colocamos no seu contexto como protagonista e
participante do mesmo cenário que nos é exposto. “Jesus estava
rezando num lugar retirado e que os discípulos estavam com Ele.” Podemos também nos inserir na mesma conjuntura
para perceber também que quando caminhamos mais perto de Jesus Ele nos atrai a
um lugar recolhido e nos dá oportunidade para conversar a sós com Ele da
mesma maneira como fazia com os Seus discípulos. Assim, Ele poderá nos revelar
os projetos do Pai para nós, e também nos desnudar para que, na partilha, na
camaradagem, na confiança, o nosso coração se abra para as coisas que
precisamos entender. Jesus não estava interessado na opinião do povo em geral. Na verdade, quando se dirigiu aos discípulos e
lhes perguntou o que “os outros” diziam Dele, Jesus usou apenas de um pretexto
para estimular esse assunto. O Seu desejo era que os Seus seguidores
tivessem consciência de quem Ele era e aprendessem a expor a sua opinião de uma
forma consciente e concreta. Hoje,
também, Ele não quer saber de nós o que as outras pessoas pensam sobre
Ele. O que Ele deseja é que cada um de nós,
pessoalmente, busquemos um conhecimento mais aprofundado da Sua pessoa e dos
Seus projetos para nós e por nosso intermédio. Jesus deseja que nós, como
Pedro, inspirados pelo Espírito Santo, tenhamos a convicção de quem Ele é para
também poder afirmar: “Tu és o Cristo de Deus!” Em outras
palavras, Jesus quer que nós O conheçamos e, ao mesmo tempo, guiados pelo Seu
Espírito nos autoconheçamos e nos avaliemos para alcançar a que ministério
somos chamados dentro do Plano de Deus. Por isso, o Senhor também nos exercita nesse sentido,
pois, saber quem é Jesus e conhecê-Lo intimamente, nos garante a possibilidade
para que também nos conheçamos e, aos pouquinhos, percebamos o plano de Deus
para nós e do que precisamos para que a vontade do Pai se realize na nossa
vida. Assim sendo, teremos a
esperança e a confiança plena de que, depois do sofrimento e, mesmo da
morte, nós também, como Ele, seremos ressuscitados. - Você tem buscado ficar sozinho (a) com
Jesus?-
Quem é Jesus para
você?- Quem é você para você mesmo (a)?- Você tem
dúvidas em relação à sua intimidade com Jesus?- Você, também, como Pedro, pode
afirmar que Jesus é o Cristo de Deus, isto é, que Jesus é o seu Salvador? Pense
um pouquinho sobre isso.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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