quinta-feira, 11 de setembro de 2014

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

11/09/14 - 5ª. Feira – XXIII semana do tempo comum 

-  1 Coríntios  8, 1-7.11-13 – “a caridade constrói”

Nesta carta São Paulo nos ensina a colocar o nosso conhecimento,  e tudo o que já apreendemos e, por isso nos firmamos, à serviço da caridade.  Por isso, ele diz: “O conhecimento incha, a caridade é que constrói”. Isto significa que embora já tenhamos conhecimento por meio da palavra, que a prática de muitas coisas consideradas tabus não nos tira de Deus, mesmo assim é preciso renunciá-las para não escandalizar os nossos irmãos e irmãs que ainda são despreparados (as). São Paulo se referia às carnes de animais sacrificados aos ídolos, prática abominável àquele tempo, antes de Jesus vir à terra colocar as coisas nos devidos lugares.   Hoje nós podemos comparar isso a algumas ações que praticamos e, embora não nos façam nenhum mal podem tumultuar e confundir a cabeça das pessoas desavisadas levando-as a retroceder na fé por não possuírem ainda um amadurecimento espiritual. São coisas, às vezes, simples, como o comer e o beber.  Quando compreendemos isso, somos capazes de renunciar a alguma ação que nos é agradável, só por amor, para não confundir os que têm a consciência fraca. Assim sendo, quando renunciamos  ao “beber”, ao “comer”, ao contar histórias “engraçadas” (piadas), aos comentários jocosos, nós o fazemos por amor e para edificação do reino de Deus. Por isso, São Paulo nos ensina: “se um alimento é ocasião de queda para meu irmão, nunca mais o comerei para não escandalizá-lo”.  Será você também  capaz de agir assim? – Existe alguma coisa que você pratica a qual serve de pedra de tropeço para as pessoas que convivem com você? – Por que você não experimenta abdicar delas para ganhar essas pessoas?

Salmo 138 – “Conduzi-me no caminho para a vida, ó Senhor!”

Só o Senhor conhece os nossos caminhos e somente Ele poderá nos orientar para que possamos prosseguir a nossa marcha em busca da vitória. Porque sonda o nosso coração, Deus sabe tudo que se relaciona conosco. Ele sabe o que é melhor para cada um, pois, foi Ele quem nos formou no seio da nossa mãe. Dessa forma, só nos resta pedir a Ele que nos conduza e nos guie no caminho da nossa vida. Quando nós fazemos isso, nós nos sentimos o nosso coração em paz e temos a certeza de que estamos na rota certa.


Evangelho Lucas 6, 27-38 – “misericordiosos como o Pai”

Jesus veio desbaratar a teia do inimigo que tenta nos infligir uma doutrina de morte que nos instrui a nos posicionar uns contra os outros lançando fora a virtude da caridade que Deus nos conferiu. Por isso, o Evangelho nos confunde, quando fala justamente o contrário do que todos apregoam.  Se colocarmos de um lado, as instruções de Jesus neste Evangelho, e do outro lado, as concepções que o mundo prega, com certeza, perceberemos que existe um fosso enorme separando as duas vertentes. Quando ouvimos Jesus falar coisas como: amar os nossos inimigos, fazer o bem aos que nos odeiam ou bendizer aos que nos amaldiçoam; rezar pelos que nos caluniam e dar a outra face depois de tomar uma bofetada;  entregar a túnica quando alguém já nos tomou o manto, etc., nós nos apavoramos e achamos que Ele nos propõe andar na contra mão do mundo. Se não tivermos uma fé firme e a certeza de que o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo, veio em pessoa nos dar garantia do que Ele pregou, não conseguiremos alcançar o pensamento de Deus, pois o que o mundo ensina agrada muito mais à nossa humanidade.    A chave para que possamos compreender  o que Jesus veio nos ensinar está  justamente, nessa expressão: “O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles.”  Quando nos colocamos no lugar do outro, quando nos envolvemos com o outro indivíduo, nós podemos compreender as suas motivações e assim, também, perdoar, compreender, acolher.  Depois também Jesus nos faz outras indagações para a nossa reflexão: qual a recompensa que teremos se fizermos  o bem só a quem nos fizer o bem? Quais os méritos que teremos se amarmos somente a quem nos ama? Se emprestarmos dinheiro somente a quem nos pode pagar não estaremos fazendo por amor, mas sim, por conveniência; Por isso, Jesus também nos adverte:  “sereis filhos do Altíssimo, porque Deus é bondoso também para com os ingratos e os maus”. Jesus nos dá a dica para que sejamos misericordiosos como o Pai é misericordioso:  não julgar, porque assim também não seremos julgados; não condenar, para que também não sejamos condenados; perdoar para que sejamos perdoados; dar para poder então, receber. Em fim, com a mesma medida com que  medimos os outros -  isto é, da mesma forma, na mesma proporção, do mesmo jeito, -  nós seremos também medidos.  - Você tem dificuldade em acolher esta Palavra? - Qual das orientações de Jesus lhe é mais difícil de viver? - Como você costuma julgar as pessoas que erram? - Você costuma fazer o bem sem olhar a quem, ou  só ajuda a quem conhece?- Você acha que tem necessidade de amar as pessoas que estão fora do seu círculo de amizade?

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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