sexta-feira, 26 de setembro de 2014

PAPA AO MOVIMENTO FOCOLARES: CONTEMPLAR, SAIR, FAZER ESCOLA

 

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre encontrou na manhã desta sexta-feira, na Sala Clementina, no Vaticano, os participantes da Assemblea Geral do Movimento dos Focolares, guiados por Maria Voce, confirmada na Presidência do Movimento por mais seis anos. A fundadora do Movimento, Chiara Lubich, e o carisma da unidade, nortearam o discurso do Pontífice, que refletiu sobre três palavras: contemplar, sair e fazer escola.
No início do pronunciamento, o Papa Francisco recordou a nova etapa que a Igreja é chamada a percorrer, há 50 anos do Concílio Vaticano II, “testemunhando o amor de Deus por cada pessoa humana, a começar pelos mais pobres e pelos excluídos, e para fazer crescer com a esperança, a fraternidade e a alegria, o caminho da humanidade em direção à unidade”.
Após, Francisco falou da história do Movimento dos Focolares, ou, Obra de Maria:
Nasceu no seio da Igreja católica como uma pequena semente, e que ao longo dos anos deu vida a uma árvore que agora estende seus ramos em todas as expressões da família cristã e também entre os membros das diversas religiões e entre muitos que cultivam a justiça e a solidariedade na busca da verdade. Esta obra nasceu de um dom do Espírito Santo, o carisma da unidade que o Pai quer doar à Igreja e ao mundo”.
Referindo-se a Chiara Lubich, fundadora do Movimento, o Santo Padre afirmou que “sua fecunda existência, levou o perfume de Jesus em tantas realidades humanas e em tantas partes do mundo”.
E diante da nova estação de evangelização - observou o Santo Padre - “o Movimento dos Focolares encontra-se diante da mesma missão que espera toda a Igreja: oferecer, com responsabilidade e criatividade, a sua peculiar contribuição”. Neste contexto, Francisco “entregou” três palavras aos membros do Movimento e àqueles que partilham o mesmo espírito e ideais: contemplar, sair e fazer escola.
Francisco apresentou a seguir, alguma prerrogativas para se conseguir “penetrar na mais alta contemplação e permanecer misturado a todos” – um dos atrativos dos tempos modernos, segundo Chiara Lubich:
É necessário alargar a própria interioridade na medida de Jesus e do dom do seu Espírito, fazendo da contemplação a condição indispensável para uma presença solidária e uma ação eficaz, verdadeiramente livre e pura”.
Ao meditar sobre a segunda palavra que exprime o movimento da evangelização, o Papa Francisco afirmou que devemos aprender de Jesus “esta dinâmica do êxodo e do dom, de sair de si, de caminhar e semear sempre de novo, sempre além”, e para fazer isto “é necessário tornar-se um expert na arte do diálogo”, algo que não se aprende facilmente, e exortou:
“Não podemos nos contentar com meias-medidas, não podemos contemporizar, mas sim, com a ajuda de Deus, mirar o alto e alargar o olhar”. "E para fazer isto devemos sair com coragem em direção a Ele, fora do acampamento, levando a sua desonra. Ele nos espera nas provações e nos gemidos de nossos irmãos, nas chagas da sociedade e nos questionamentos da cultura de nosso tempo”.
Por fim, citando a Carta Apostólica Novo millenio ineunte, de São João Paulo II, o Santo Padre afirmou que é necessário formar homens e mulheres novos e para tal fim é necessária uma escola de humanidade na medida da humanidade de Jesus, e advertiu:
Sem uma adequada obra de formação das novas gerações é ilusório pensar em poder realizar um projeto sério e duradouro a serviço de uma nova humanidade”.
“Vos abençôo e vos peço de rezarem por fim”, foram as palavras finais de Francisco no encontro. (JE)
Fonte: Rádio Vaticano

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