A evocação da Albânia como “terra de mártires” e o encorajamento a “um novo protagonismo missionário” foram aspetos salientes da homilia do Papa, na Missa celebrada perante uma imensa multidão de fiéis, na imensa esplanada atualmente intitulada de Madre Teresa, em homenagem à filha mais ilustre da nação albanesa.
As leituras da missa, proclamadas em albanês, foram escolhidos propositadamente, para sublinhar a missão da Igreja, nomeadamente o Evangelho, que refere a missão dos setenta e dois discípulos, em que – observou o Papa – se revê “a experiência missionária da comunidade cristã de todos os tempos”. Ao longo dos séculos, nem sempre o anúncio da paz… dos mensageiros de Jesus, era acolhido; às vezes, as portas fecharam-se. Como aconteceu, aliás, na Albânia:
Num passado recente, também a porta do vosso país se fechou, cerrada com o cadeado das proibições e prescrições dum sistema que negava Deus e impedia a liberdade religiosa. Aqueles que tinham medo da verdade e da liberdade tudo fizeram para banir Deus do coração do homem e excluir Cristo e a Igreja da história do vosso país…
Foram “décadas de sofrimentos atrozes e de duríssimas perseguições contra católicos, ortodoxos e muçulmanos”…
Podemos dizer que a Albânia foi uma terra de mártires: muitos bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis leigos pagaram com a vida a sua fidelidade. Não faltaram testemunhos de grande coragem e coerência na profissão da fé.
Neste contexto, o Papa dirigiu-se em espírito “àquele muro do cemitério de Escutári (norte do país), lugar-símbolo do martírio dos católicos onde se efetuavam as fuzilações, ali depondo, comovido (disse), a flor da oração e de grata e indelével lembrança. “O Senhor esteve junto de vós, irmãos e irmãs muito amados, para vos sustentar; guiou-vos e consolou-vos e, por fim, ergueu-vos sobre asas de águia como - segundo a primeira Leitura da Missa - fez com o antigo povo de Israel. O Papa pediu aos católicos para reanimarem, portanto, o sentido da esperança, a confiança em Deus, que está sempre ao nosso lado, especialmente nos momentos difíceis.
Hoje, abriram-se de novo as portas da Albânia e está amadurecendo uma estação de novo protagonismo missionário para todos os membros do Povo de Deus: cada baptizado tem um lugar e um dever a desempenhar na Igreja e na sociedade. Que cada um se sinta chamado a comprometer-se generosamente no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade, a reforçar os laços da solidariedade a fim de promover condições de vida mais justas e fraternas para todos.
O Papa concluiu encorajando bispos, padres, pessoas consagradas e leigos a darem impulso à acção pastoral, prosseguindo na busca de novas formas de presença da Igreja na sociedade. E exortou os jovens a responder com generosidade a Cristo, que os convida a segui-Lo. “Na vocação sacerdotal ou religiosa, encontrareis a riqueza e a alegria da doação de vós próprios para servir a Deus e aos vossos irmãos” - disse.
Igreja que vives nesta terra da Albânia, obrigado pelo teu exemplo de fidelidade ao Evangelho! Não vos esqueçais do ninho, da vossa história distante, também das provas; não vos esqueçais das chagas, mas não vos vingueis, ide para frente, a voar, na esperança de um futuro grande. Muitos dos teus filhos e filhas sofreram por Cristo até ao sacrifício da vida. O seu testemunho sustente os vossos passos de hoje e do futuro no caminho do amor, da liberdade, da justiça e da paz.
No final da celebração, saudando e agradecendo a todos os presentes, vindos não só da Albânia, mas também dos países vizinhos, o Papa reservou uma palavra especial aos jovens, convidando-os a viver a cultura do encontro e da solidariedade, construindo um mundo melhor:
Queridos jovens, vós sois a nova geração da Albânia. Com a força do Evangelho e o exemplo dos mártires, sabei dizer não à idolatria do dinheiro, não à falsa liberdade individualista, não às dependências e à violência… Dizei sim à cultura do encontro e da solidariedade, à beleza inseparável do bem e da verdade; à vida gasta com ânimo grande, mas fiel nas pequenas coisas. Deste modo, construireis uma Albânia melhor e um mundo melhor.
E concluiu dirigindo o olhar à Virgem Maria, ali veneranda sobretudo como «Nossa Senhora do Bom Conselho»...
Dirijo-me em espírito ao seu Santuário de Escutári, que vos é muito querido, e confio-Lhe toda a Igreja na Albânia e todo o povo albanês, especialmente as famílias, as crianças e os idosos. Nossa Senhora vos guie para caminhardes, «junto com Deus, rumo à esperança que nunca desilude»
As leituras da missa, proclamadas em albanês, foram escolhidos propositadamente, para sublinhar a missão da Igreja, nomeadamente o Evangelho, que refere a missão dos setenta e dois discípulos, em que – observou o Papa – se revê “a experiência missionária da comunidade cristã de todos os tempos”. Ao longo dos séculos, nem sempre o anúncio da paz… dos mensageiros de Jesus, era acolhido; às vezes, as portas fecharam-se. Como aconteceu, aliás, na Albânia:
Num passado recente, também a porta do vosso país se fechou, cerrada com o cadeado das proibições e prescrições dum sistema que negava Deus e impedia a liberdade religiosa. Aqueles que tinham medo da verdade e da liberdade tudo fizeram para banir Deus do coração do homem e excluir Cristo e a Igreja da história do vosso país…
Foram “décadas de sofrimentos atrozes e de duríssimas perseguições contra católicos, ortodoxos e muçulmanos”…
Podemos dizer que a Albânia foi uma terra de mártires: muitos bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis leigos pagaram com a vida a sua fidelidade. Não faltaram testemunhos de grande coragem e coerência na profissão da fé.
Neste contexto, o Papa dirigiu-se em espírito “àquele muro do cemitério de Escutári (norte do país), lugar-símbolo do martírio dos católicos onde se efetuavam as fuzilações, ali depondo, comovido (disse), a flor da oração e de grata e indelével lembrança. “O Senhor esteve junto de vós, irmãos e irmãs muito amados, para vos sustentar; guiou-vos e consolou-vos e, por fim, ergueu-vos sobre asas de águia como - segundo a primeira Leitura da Missa - fez com o antigo povo de Israel. O Papa pediu aos católicos para reanimarem, portanto, o sentido da esperança, a confiança em Deus, que está sempre ao nosso lado, especialmente nos momentos difíceis.
Hoje, abriram-se de novo as portas da Albânia e está amadurecendo uma estação de novo protagonismo missionário para todos os membros do Povo de Deus: cada baptizado tem um lugar e um dever a desempenhar na Igreja e na sociedade. Que cada um se sinta chamado a comprometer-se generosamente no anúncio do Evangelho e no testemunho da caridade, a reforçar os laços da solidariedade a fim de promover condições de vida mais justas e fraternas para todos.
O Papa concluiu encorajando bispos, padres, pessoas consagradas e leigos a darem impulso à acção pastoral, prosseguindo na busca de novas formas de presença da Igreja na sociedade. E exortou os jovens a responder com generosidade a Cristo, que os convida a segui-Lo. “Na vocação sacerdotal ou religiosa, encontrareis a riqueza e a alegria da doação de vós próprios para servir a Deus e aos vossos irmãos” - disse.
Igreja que vives nesta terra da Albânia, obrigado pelo teu exemplo de fidelidade ao Evangelho! Não vos esqueçais do ninho, da vossa história distante, também das provas; não vos esqueçais das chagas, mas não vos vingueis, ide para frente, a voar, na esperança de um futuro grande. Muitos dos teus filhos e filhas sofreram por Cristo até ao sacrifício da vida. O seu testemunho sustente os vossos passos de hoje e do futuro no caminho do amor, da liberdade, da justiça e da paz.
No final da celebração, saudando e agradecendo a todos os presentes, vindos não só da Albânia, mas também dos países vizinhos, o Papa reservou uma palavra especial aos jovens, convidando-os a viver a cultura do encontro e da solidariedade, construindo um mundo melhor:
Queridos jovens, vós sois a nova geração da Albânia. Com a força do Evangelho e o exemplo dos mártires, sabei dizer não à idolatria do dinheiro, não à falsa liberdade individualista, não às dependências e à violência… Dizei sim à cultura do encontro e da solidariedade, à beleza inseparável do bem e da verdade; à vida gasta com ânimo grande, mas fiel nas pequenas coisas. Deste modo, construireis uma Albânia melhor e um mundo melhor.
E concluiu dirigindo o olhar à Virgem Maria, ali veneranda sobretudo como «Nossa Senhora do Bom Conselho»...
Dirijo-me em espírito ao seu Santuário de Escutári, que vos é muito querido, e confio-Lhe toda a Igreja na Albânia e todo o povo albanês, especialmente as famílias, as crianças e os idosos. Nossa Senhora vos guie para caminhardes, «junto com Deus, rumo à esperança que nunca desilude»
.Fonte:Rádio Vaticano
Nenhum comentário:
Postar um comentário