Cidade do Vaticano (RV) – Concluiu-se nesta quarta-feira a primeira reunião da Comissão sobre a Mídia vaticana, presidida por Lord Chris Patten. O encontro – iniciado na última segunda-feira -, foi realizado na Casa Santa Marta. Ao final dos trabalhos, nossa colega Philippa Hitchen, do Programa de Língua inglesa, conversou com Patten sobre os trabalhos:
Patten: “Todos nós, como cristãos e católicos, somos conscientes da mensagem maravilhosa da Igreja – de reconciliação, de amor, de esperança, de generosidade do espírito – e da nossa responsabilidade em procurar comunicá-la o mais possível. Naturalmente aqueles que estão em primeira linha nesta tarefa são os jornalistas profissionais e aqueles que ajudam aqui no Vaticano. O que nos toca fortemente, a todos, como católicos, é que Sua Santidade mesmo, seja um extraordinário comunicador. Nos faz entender o quanto devemos fazer nós - usando uma frase esportiva -, para aumentar os trunfos. Além disto, existe uma questão que é relevante para todas as mídias, e que eu encontrei na minha experiência: as mídias devem buscar acompanhar os avanços tecnológicos que mudam. Se entende isto, por exemplo, com os jovens, que recebem informações de forma muito diferente da minha, que as recebo de uma maneira tradicional. Não significa que não sejam informados, significa que se informam de uma maneira diferente. Portanto, existe este aspecto a mais no nosso trabalho: considerar como a mídia vaticana deve acompanhar as mudanças da tecnologia. Não significa que todas as velhas tecnologias sejam irrelevantes. Por exemplo, todos nós sabemos o quanto ainda seja importante a rádio em Ondas Curtas, em comunicar com alguns grupos mais pobres do mundo, em particular na África e na Ásia. Todos nós sabemos o quanto as pessoas tendem a acreditar naquilo que ouvem, por exemplo, de algumas rádios locais, algo que vai bem além daquilo que são preparados a acreditar pelas autoridades públicas. Portanto, nenhum de nós do grupo de especialistas com quem estou trabalhando, pensa que simplesmente se pode esquecer aquilo que foi feito no passado. Mas é necessário assegurar-se de que as diferentes instituições trabalhem juntas e que se leve em consideração, para ser mais eficaz, toda a nova tecnologia. E nós devemos assegurarmo-nos de que a mensagem maravilhosa que a Igreja Católica tem a oferecer, seja oferecida de forma a atingir os jovens, os pobres e outros grupos, de maneira mais eficaz”.
RV: Fala-se da necessidade de cortar custos....
Patten: “Isto significa ser mais eficiente e não existe nada de errado na tentativa da Igreja em usar o dinheiro doado pelos fiéis de maneira mais eficicaz possível. Somos guiados por uma preocupação moral, para comunicar melhor. Se, comunicando melhor, não gastamos tanto dinheiro, se os recursos são melhor usados, isto é magnífico. Nós queremos nos assegurar de que os recursos vaticanos, que não são ilimitados, sejam usados da maneira mais eficiente possível, e que as pessoas tomem decisões racionais sobre como gastar dinheiro”.
RV: A propósito dos cortes, você tem alguma previsão do que pode acontecer?
Patten: “Realmente eu não posso, pois este foi o nosso primeiro encontro. Estou absolutamente determinado sobre o fato de que devemos concluir este processo, justamente, no modo mais rápido possível. E vamos procurar apresentar o nosso trabalho ao Cardeal Pell, ao Secretário de Estado e aos outros colaboradores, até a próxima primavera. Falaremos com a Rádio Vaticano, falaremos com o L’Osservatore Romano, falaremos com o Centro televisivo Vaticano, falaremos com outros que fazem parte das mídias vaticanas e continuaremos este processo de novembro até dezembro. Queremos também escutar outros de fora: as Conferências Episcopais, os jornalistas que se ocupam do Vaticano e das suas atividades e perguntaremos às pessoas se existe alguma coisa que querem nos dizer, para comunicar a Monsenhor Paul Tighe, que é o nosso secretário. Procuraremos ser o mais abertos possíveis. O que não quero fazer é comprometer a mim mesmo em uma espécie de ‘comentários’ daquilo que estamos fazendo, porque seria extremamente injusto. Existe sempre um perigo real. Portanto, não darei uma entrevista cada vez que teremos algum encontro. O que quero dizer para fora é que estaremos abertos àquilo que as outras pessoas tem a nos dizer; seremos muito decididos em buscar concluir este processo o mais breve possível; e esperamos antecipar algumas propostas que reconhecem a particular importância daquilo que a Igreja comunica e o modo em que pode comunicar melhor a sua mensagem no século XXI”. (JE).
Fonte: Rádio Vaticano
Patten: “Todos nós, como cristãos e católicos, somos conscientes da mensagem maravilhosa da Igreja – de reconciliação, de amor, de esperança, de generosidade do espírito – e da nossa responsabilidade em procurar comunicá-la o mais possível. Naturalmente aqueles que estão em primeira linha nesta tarefa são os jornalistas profissionais e aqueles que ajudam aqui no Vaticano. O que nos toca fortemente, a todos, como católicos, é que Sua Santidade mesmo, seja um extraordinário comunicador. Nos faz entender o quanto devemos fazer nós - usando uma frase esportiva -, para aumentar os trunfos. Além disto, existe uma questão que é relevante para todas as mídias, e que eu encontrei na minha experiência: as mídias devem buscar acompanhar os avanços tecnológicos que mudam. Se entende isto, por exemplo, com os jovens, que recebem informações de forma muito diferente da minha, que as recebo de uma maneira tradicional. Não significa que não sejam informados, significa que se informam de uma maneira diferente. Portanto, existe este aspecto a mais no nosso trabalho: considerar como a mídia vaticana deve acompanhar as mudanças da tecnologia. Não significa que todas as velhas tecnologias sejam irrelevantes. Por exemplo, todos nós sabemos o quanto ainda seja importante a rádio em Ondas Curtas, em comunicar com alguns grupos mais pobres do mundo, em particular na África e na Ásia. Todos nós sabemos o quanto as pessoas tendem a acreditar naquilo que ouvem, por exemplo, de algumas rádios locais, algo que vai bem além daquilo que são preparados a acreditar pelas autoridades públicas. Portanto, nenhum de nós do grupo de especialistas com quem estou trabalhando, pensa que simplesmente se pode esquecer aquilo que foi feito no passado. Mas é necessário assegurar-se de que as diferentes instituições trabalhem juntas e que se leve em consideração, para ser mais eficaz, toda a nova tecnologia. E nós devemos assegurarmo-nos de que a mensagem maravilhosa que a Igreja Católica tem a oferecer, seja oferecida de forma a atingir os jovens, os pobres e outros grupos, de maneira mais eficaz”.
RV: Fala-se da necessidade de cortar custos....
Patten: “Isto significa ser mais eficiente e não existe nada de errado na tentativa da Igreja em usar o dinheiro doado pelos fiéis de maneira mais eficicaz possível. Somos guiados por uma preocupação moral, para comunicar melhor. Se, comunicando melhor, não gastamos tanto dinheiro, se os recursos são melhor usados, isto é magnífico. Nós queremos nos assegurar de que os recursos vaticanos, que não são ilimitados, sejam usados da maneira mais eficiente possível, e que as pessoas tomem decisões racionais sobre como gastar dinheiro”.
RV: A propósito dos cortes, você tem alguma previsão do que pode acontecer?
Patten: “Realmente eu não posso, pois este foi o nosso primeiro encontro. Estou absolutamente determinado sobre o fato de que devemos concluir este processo, justamente, no modo mais rápido possível. E vamos procurar apresentar o nosso trabalho ao Cardeal Pell, ao Secretário de Estado e aos outros colaboradores, até a próxima primavera. Falaremos com a Rádio Vaticano, falaremos com o L’Osservatore Romano, falaremos com o Centro televisivo Vaticano, falaremos com outros que fazem parte das mídias vaticanas e continuaremos este processo de novembro até dezembro. Queremos também escutar outros de fora: as Conferências Episcopais, os jornalistas que se ocupam do Vaticano e das suas atividades e perguntaremos às pessoas se existe alguma coisa que querem nos dizer, para comunicar a Monsenhor Paul Tighe, que é o nosso secretário. Procuraremos ser o mais abertos possíveis. O que não quero fazer é comprometer a mim mesmo em uma espécie de ‘comentários’ daquilo que estamos fazendo, porque seria extremamente injusto. Existe sempre um perigo real. Portanto, não darei uma entrevista cada vez que teremos algum encontro. O que quero dizer para fora é que estaremos abertos àquilo que as outras pessoas tem a nos dizer; seremos muito decididos em buscar concluir este processo o mais breve possível; e esperamos antecipar algumas propostas que reconhecem a particular importância daquilo que a Igreja comunica e o modo em que pode comunicar melhor a sua mensagem no século XXI”. (JE).
Fonte: Rádio Vaticano
Nenhum comentário:
Postar um comentário