Festa
da Assunção de Nossa Senhora
No
dia 15 de agosto, nos Templos Católicos do mundo inteiro, exceto no
Brasil, celebra-se a festa litúrgica de Nossa Senhora da Assunção.
No Brasil, a festa foi transferida para o domingo após a data. O
motivo dessa transferência é que, na década de 60, o governo
brasileiro tirou alguns feriados religiosos, incluindo o dia 15 de
agosto.
Celebrando
liturgicamente a festa da Assunção de Maria, elevada ao céu em
corpo e alma (cf Bula Munificentíssimus Deus, 01/11/1950, Papa Pio
XII), nós nos alegramos pela justa homenagem que a Trindade
Santíssima: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espirito Santo, deu aquela
que acreditou ser escolhida e se entregou inteiramente a vontade do
Pai para ser Mãe do Redentor. Para a realização de sua vocação,
Maria fez de si doação total ao plano de Deus. Ela, a primeira
seguidora de Jesus, é o principal modelo que nos abre o caminho para
a eternidade e para a plena glorificação da pessoa humana.
Indubitavelmente,
a Assunção de Maria é a festa do corpo humano glorificado. Neste
dia, cabe-nos admirar e imitar aquela que, com seu corpo frágil,
colaborou com a missão redentora de Cristo, desde a alegria da
Anunciação até as lágrimas ao pé da Cruz. Na festa de Hoje,
pensemos no destino do corpo humano, modelando para a glória e não
para a humilhação. Seu destino definitivo não é o ventre da terra
e, sim, o âmago eterno do amor da Trindade. O corpo de Maria,
enquanto caminhava por este mundo, foi somente veículo de graça, do
amor, da compreensão e da bondade. Não foi instrumento do pecado,
da vontade de autoafirmação humana e da desunião com os irmãos.
Por isso, seu corpo, em sua materialidade, à diferença do nosso,
foi reassumido e glorificado. A Igreja quer celebrar, em Maria, a
realização do Ministério Pascal.
Sendo
Maria a cheia de graça, sem sombra de pecado, quis o Pai associá-la
à ressurreição de Jesus. Em Maria contemplamos aquela realidade de
glória que se cumprirá em cada um de nós e em toda Igreja.
Participaremos desta festa com júbilo e gratidão a Deus, através
daquela que se tornou humilde serva do Senhor.
O
Evangelho em que nos apoiamos hoje é de Lucas (1: 39-56). Maria
conta, no “Magnificat”, as maravilhas de Deus em favor dos podres
e humilhados. Ela é a mulher feliz e cheia de fé porque escolhida
para coopera ativamente na salvação dos homens; ao ser saudade por
Isabel, proclama Deus Misericordioso que exalta os podres e
pequeninos em detrimento dos orgulhosos e autossuficientes. No
contexto de agosto- mês vocacional, celebramos a vocação dos
religiosos e religiosas. Peçamos, hoje, a Deus por todos aqueles que
se consagram a Deus e sentem a alegria de serem enviados em missão.
Pe.
Raimundo Neto
Pároco
de São Vicente de Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário