sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O SECRETÁRIO DE ESTADO NA MISSA NA MEMÓRIA LITÚRGICA DE SANTO AGOSTINHO



«Aprender a ler de modo mais profundo o próprio tempo para difundir uma nova ratio do viver social», tendo «a paz da inquietude» como via-mestra: neste ensinamento sintetiza a grande actualidade de santo Agostinho, reproposta pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, na tarde de 28 de Agosto, ao celebrar a missa na festa do «grande doutor e padre da Igreja», na basílica romana a ele dedicada. Estava presente, entre outros, o prior-geral da ordem agostiniana, padre Alejandro Moral Antón.
De Agostinho – disse na circunstância o cardeal entrevistado pela Rádio Vaticano – hoje é preciso «aprender» sobretudo a «capacidade de ler, por detrás dos eventos, o projecto de Deus que se está a realizar, e que é sempre um projecto de paz e de salvação para o homem e oferecer-nos desde modo, humilde e totalmente, para a realização da cidade de Deus, na qual prevalece o amor, o amor de Deus, até ao ponto de se desprezar a si mesmo». Portanto, declarou referindo-se em particular ao Médio Oriente, «devemos esquecer-nos de nós mesmos e preocupar-nos pelo destino dos nossos irmãos, também agora, os que sofrem, os cristãos e todas as outras minorias: encontrar a maneira concreta e mais eficaz de os ajudar». Portanto, acrescentou, é importante «esta leitura que vai além do que se vê e se sente, uma leitura mais profunda que nos ajuda a vislumbrar o plano de Deus, e a chamada a ftornar-nos colaboradores deste plano de Deus para que o homem tenha vida e a tenha em abundância».
Na homilia o secretário de Estado recordou antes de tudo que precisamente há um ano o Papa Francisco, «nesta igreja e na mesma circunstância litúrgica, celebrou a santa missa de abertura do capítulo geral da ordem agostiniana». Por isso, no final da Eucaristia, o cardeal inaugurou uma placa para recordar «aquele evento excepcional». Depois, repetiu o convite do Papa, dirigido especialmente aos consagrados e consagradas «a viver a “paz da inquietude”: a inquietude da busca, de um encontro nunca completo, a inquietude do amor. Trata-se de conceitos sugestivos, proporcionados pelo itinerário espiritual de Agostinho».   
Fonte: L'Osservatore Romano


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