segunda-feira, 18 de agosto de 2014

ATUALIDADE INTERNACIONAL POLARIZA COLETIVA DO PAPA EM SUA VIAGEM DE VOLTA DA COREIA



Cidade do Vaticano (RV) - O Boeing 777-200 daKorean Airlines que trouxe o Papa de Seul de volta para Roma aterrissou às 17h54 no aeroporto Ciampino. Durante o voo o Santo Padre falou aos jornalistas sobre os momentos mais importantes desta sua terceira viagem apostólica internacional, sobre as emoções vividas em vários encontros, bem como sobre a atualidade internacional do Iraque ao Oriente Médio em geral.
O pensamento ao povo coreano abriu e fechou substancialmente o diálogo articulado em dezesseis perguntas que o Papa teve com os jornalistas, mas foi a atualidade internacional a destacar-se entre os temas tratados.
Em primeiro lugar, o Iraque: a aprovação ou não ao bombardeio estadunidense e uma hipotética viagem do papa ao País do Golfo. "estou disposto a ir", disse o Papa Francisco, "mas neste momento não é a coisa melhor a ser feita", e depois reiterou: "é lícito frear o injusto agressor", frear, "não digo bombardear", esclareceu, e, portanto, "avaliar os meios com os quais fazê-lo":
"É lícito frear o injusto agressor. Mas devemos ter memória recordar, também, quantas vezes sob esse pretexto de frear o injusto agressor as potências se apossaram dos povos e fizeram uma verdadeira guerra de conquista! Uma só nação não pode julgar como conter, como frear um injusto agressor."
Depois, tratou da guerra no Oriente Médio. Foi inútil a oração em junho, no Vaticano, com Abu Mazen e Shimon Peres? Foi-lhe perguntado. Aquela iniciativa "nascida de homens que creem em Deus" "absolutamente não foi um falimento", respondeu o Papa: sem oração, não há negociação nem diálogo, explicou, Portanto, foi m passo fundamental de atitude humana". "Creio que a porta tenha sido aberta":
"Agora a fumaça das bombas, das guerras não deixam ver a porta, mas a porta ficou aberta a partir daquele momento. E eu creio em Deus, creio que o Senhor olhe para aquela porta e para os que rezam e pedem que ele nos ajude."
As emoções sentidas encontrando tantas testemunhas na Coreia foram ocasião para o Papa para falar dos efeitos da guerra. No abraço com as anciãs sobreviventes da deportação no Japão na II Guerra Mundial, Francisco disse ter visto a dor de todo o povo coreano, dividido, humilhado, invadido e, no entanto, forte em sua dignidade. Daí, uma advertência ao mundo: "devemos parar um pouco e pensar no nível de crueldade a que chegamos", e depois as palavras fortes sobre a tortura, usada, disse Francisco, "nos processos judiciários e pelos serviços de inteligência":
"A tortura é um pecado contra a humanidade, é um delito contra a humanidade e aos católicos eu digo: Torturar uma pessoa é pecado mortal, é pecado grave!" é mais que isso: é um pecado contra a humanidade.
Perguntado pelos jornalistas, o pensamento do Pontífice voltou também à abertura ao diálogo com o povo chinês, definido "belo, nobre e sábio", com o qual, disse Francisco, "a Santa Sé tem os contatos abertos".
Falou também sobre o processo de beatificação do Arcebispo de San Salvador, Dom Oscar Arnulfo Romero, "parado", explicou o Papa, com os votos de que agora "se esclareça e se acelere". (RL). Fonte: Rádio Vaticano

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