João 10,1-10
QUARTO
DOMINGO DA PÁSCOA
Já estamos
no 4º Domingo da Páscoa, conhecido pela liturgia da Igreja como
domingo do “Bom Pastor”. Jesus ressuscitado manifesta-se nos
Pastores da Igreja. No evangelho de hoje (Jo. 10,1-10), Jesus está
usando uma imagem comum nos campos da Palestina; usa a metáfora do
pequeno proprietário de ovelhas – o Pastor. Esta passagem lembra
Ezequiel, 34, e Jeremias 23, que fala da triste situação do rebanho
por culpa dos pastores (responsáveis políticos e religiosos). Deus
mesmo em Jesus vai ser o Pastor de seu povo. Quando Jesus declara:
“Eu sou o bom Pastor” – recorda o nome com que Deus se deu a
conhecer a Moisés na época do Êxodo (Ex.3,14). Nesta leitura,
Jesus é apresentado como bom Pastor. Esta expressão nos faz
surpreender Jesus nos traços mais característicos e profundos de
sua personalidade e missão.
- Ele não veio para roubar e nem tomar e sim para dar a vida em abundância.
- Ele é a passagem obrigatória para chegar a salvação.
- È a porta, ou seja, o sacramento fontal donde provém toda a graça.
- Ele é a nossa páscoa (passagem); por Ele é que a nossa resposta sobe o Pai.
Jesus
serviu-se da metáfora da Porta para explicar que tipo de relação
desejava estabelecer com seus discípulos. Jesus estabelece um
relacionamento cordial e amigo com seus discípulos, imitando o
pastor que cuida das ovelhas com carinho e ternura, chamando-os pelo
nome, pois sua função é cuidar deles.
Com este
evangelho aprendemos que precisamos ter em nossa vida o Cristo –
Bom Pastor. Ninguém consegue ser feliz neste mundo sem conhecer a
fonte inexaurível de nossa Salvação. Nosso Senhor Jesus Cristo. Já
estamos no segundo ano do novo milênio e constatamos que a
humanidade ainda não aprendeu a mensagem de amor que o Cristo –
Bom Pastor nos trouxe.
Neste
domingo do Bom Pastor, a Igreja celebra o Dia Mundial de Orações
pelas Vocações. Neste dia, rezamos pelos pastores que se
consagraram a trabalhar pelo reino de Deus. Lembremo-nos de que o
Padre não é um anjo e nem um super homem. É um homem vulnerável
ao pecado e cheio de fraquezas, embora revestido pela graça de Deus
no sacramento da Ordem. Hoje e sempre ele é chamado a reviver sua
vida nos critérios do \evangelho. Ele não recebeu nenhuma vacina
contra o pecado. Mas, em função de sua missão de animar a fé do
povo de Deus, é chamado a testemunhar e a fazer a experiência do
Deus vivo e passá-la para a comunidade Igreja.
Pe. Raimundo
Neto
Pároco de
São Vicente

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