22/04/2014 - 3ª.Feira – OITAVA DA PÁSCOA
– Atos 2, 36-41
- “conversão é vida nova em Cristo”
O saber que, mesmo
não estando presente naquele momento da Cruz, fomos nós que crucificamos Jesus
Cristo por causa dos pecados que
cometemos hoje, também nos leva a ficar com o coração aflito e desejar assumir
alguma postura diante da nossa inconsequência. Assim como socorreu aquele povo
arrependido, Pedro hoje, também o faz conosco e nos aconselha: “Convertei-vos e cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados. E recebereis o dom
do Espírito Santo!” O dom do
Espírito Santo precisa estar presente na nossa vida, e mesmo que já tenhamos sido batizados e já o
tenhamos recebido, muitos de nós ainda continuamos adormecidos (as) nas nossas
convicções humanas e ainda não alcançamos a grande graça que recebemos no
Batismo. Nós sabemos que quando fomos batizados nós O fomos, na morte e na
ressurreição de Jesus Cristo, portanto, estamos mortos para o pecado e
ressuscitados com Ele para uma vida nova. Aquele
que é inserido no mistério de Cristo recebe o Espírito Santo, portanto, o
Batismo nos une a Jesus Cristo. No entanto, fomos batizados, mas, ainda não nos
convertemos, porque não assumimos que precisamos mudar de vida e de postura
diante de muitas situações do nosso dia a dia. Somente com o poder do Espírito
Santo nós podemos adotar uma nova atitude de vida nas coisas em que precisamos
mudar. Conversão significa mudança de mentalidade,
transformação interior e o assumir o outro lado da moeda.
Todavia isto não se dá como varinha de
condão, pois a graça de Deus supõe a nossa natureza e se não nos deixarmos
livres de nós mesmos, das nossas conjecturas e suposições nunca iremos apreender o verdadeiro sentido da
morte e ressurreição de Jesus para nossa própria libertação. As palavras que Pedro pronunciou para aquele
povo no dia de Pentecostes, calaram fundo no coração de muitos judeus e,
aqueles mesmos que haviam incitado às autoridades romanas para que Jesus fosse
crucificado, agora, reconheciam o engano e
desejavam se redimir Este é para
nós, um tempo propício a que nos apossemos da vida nova que Jesus veio nos
oferecer. Somos também convocados a como Pedro, anunciar a conversão e o
Batismo àqueles que ainda não conhecem Jesus. -
Qual a mudança que para você é importante neste tempo de Páscoa? - Qual a obra que o Espírito Santo realiza no
seu coração? Ele tem feito você se arrepender de alguma coisa? Você tem mudado?
– Você tem consciência de que Deus o (a) chama para si a todo o
momento da sua vida? – Você tem dado abertura para que o Espírito Santo aja na
sua vida? – Você reconhece o seu pecado?
Salmo 32 – “Transborda em toda a terra a bondade do Senhor!”
O amor de Deus se reflete em nós na medida em que s nos voltamos para Ele
e esperamos confiantes o Seu auxílio e proteção. Deus nunca nos deixará sem
resposta, se estivermos atentos (as) às Suas obras de bondade. É uma via de mão
dupla: nós esperamos confiantes e o Senhor nos atende fielmente. A Sua Palavra
é reta e através dela a Sua graça transborda em toda a terra.
Evangelho -
João 20, 11-18 – “o encontro com o Ressuscitado”
Quando se dirigiu ao sepulcro Maria Magdalena
buscava o corpo de Jesus e chorou porque não O encontrou. No
entanto, mesmo frustrada e soluçando ela inclinou-se e seguiu mais adiante a
fim de “olhar para dentro do túmulo”, encontrando aí o anjo que a
consolou. Jesus, então, se apresentou a ela e grande foi a sua alegria,
por isso, ela saiu anunciando. Às vezes nos perguntamos como podemos
evangelizar. Neste Evangelho Maria Magdalena nos dá o exemplo de como podemos
fazê-lo, quando, obedecendo à ordem de Jesus ela foi anunciar aos discípulos: “Eu
vi o Senhor”. O encontro com Jesus vivo e ressuscitado é o que nos motiva
para sair anunciando a nossa experiência com Ele e, assim, atrair aqueles que
estão necessitados e carentes para ter um encontro com a Salvação. O testemunho da nossa história, de como éramos
e como somos servirá de alento para as pessoas que andam à procura de
felicidade nos túmulos do mundo. O Evangelho de hoje também nos ensina a
encarar o túmulo que existe dentro do nosso coração, com seu aspecto fúnebre,
desconsolado, cheio de trevas de acordo com as circunstâncias em que vivemos
para encontrar Aquele que vive e está muito perto de nós e nos dá uma vida nova.
Precisamos ter coragem de enfrentar e olhar para dentro da nossa área escura e
tenebrosa e assumir a realidade que habita dentro de nós cruzando a nossa
humanidade para encontrar Jesus, em um lugar ensolarado, cheio de alegria e
esperança, dentro de nós mesmos. Ainda
assim, como Maria, nós também algumas vezes não O reconhecemos e O confundimos
com as pessoas que encontramos. Sofremos muitas vezes pela nossa incapacidade
de “enxergar” as coisas de Deus. O mundo espiritual está tão perto de nós e não
somos capazes de percebê-lo, absortos que estamos em prestar atenção às coisas
e as pessoas que nos rodeiam. Jesus está muito perto de nós e nos apoiamos nos “jardineiros”
do mundo esperando que nos ajudem a encontrá-Lo. Os jardineiros, muitas vezes,
são as pessoas em quem nós confiamos excessivamente e achamos que só elas podem
nos levar a Jesus. Entretanto, quando acreditamos que Jesus também já saiu do
sepulcro e se apresenta a nós nos chamando pelo nome, nós podemos também, como
Maria, ter uma experiência concreta de salvação e da vida nova que nos
desinstala e nos faz ir adiante para dizer a todos: “Eu encontrei o Senhor! Eu
vi o Senhor!”. Ele está aqui! ” – Você já fez a experiência de encarar o túmulo que existe no seu coração?
- Você já conseguiu sair de lá ou
continua chorando e lamentando as suas perdas? - Você
tem consciência de que Jesus está vivo, muito perto de si? - Você já pode
dizer: eu também vi o Senhor? - Você
contou a sua experiência a alguém? – Jesus diz hoje para você: “não me retenhas”, não me queira só para si, vai dizer aos meus
irmãos que estou vivo e com eles”.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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