18/04/2014 – 6ª.
Feira Santa – Paixão do Senhor
– Isaias
52,13-53,12 - “Ele tomou sobre Si o
pecado de todos nós”
O profeta
Isaías relata com antecedência tudo o que aconteceria com Jesus e como se
sentiriam os Seus seguidores, ovelhas desgarradas. Por isso, esta leitura prenuncia para nós o
sofrimento de Jesus como Servo padecente, desprezado como o último dos mortais,
homem coberto de dores e cheio de sofrimento.
Jesus é o Cordeiro que foi levado ao matadouro e que tomou sobre Si o
pecado de todos nós. Jesus é o Justo que
faz justos inúmeros homens carregando sobre si suas culpas, mas que por esta
vida de sofrimento, alcançará a luz e uma ciência perfeita. Esta foi a missão
de Jesus e continua atual para nós. O sofrimento e a entrega de Jesus são para
o hoje da nossa vida e têm efeito concreto na nossa existência servindo-nos de exemplo
quando temos que passar também por tantos males e injustiças. Olhando para mais
além e vendo a glória futura e a libertação de muitos através do nosso
sofrimento é que iremos vencer e ter sucesso aqui na terra. Jesus ofereceu todo o Seu sofrimento e dores
para que os tivéssemos vida nova. Sem Jesus todos nós vagamos como ovelhas
desgarradas. Todo este trecho se refere ao sofrimento de Jesus, mas também à
glória que lhe foi reservada. Por isso, quando nos aprofundarmos nesta leitura
nós percebemos a glória que está reservada a todos aqueles que se entregam por
amor à causa do Senhor. Aparentemente
destruído, fracassado, “na verdade Ele
tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo nossas dores”... “a
punição a ele imposta era o preço da nossa paz e suas feridas, o preço da nossa
cura”. Tudo tem uma razão de ser. Os frutos da entrega de Jesus nós já os
percebemos na nossa vida, quando sofremos e esperamos a recompensa da glória
vivida desde já aqui na terra. - Você vê algum sentido no sofrimento por
amor a Deus? Você tem alguma experiência disso? - Qual a mensagem que
você tira para a sua vida do sofrimento de Jesus Cristo?
Salmo 30 – “Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu
espírito!”
Foi essa a
oração que Jesus fez no último momento da sua vida. Abandonado, humilhado,
desprezado, mas confiante no auxílio do Pai. A Cruz foi o leito onde Jesus deu
o último suspiro e se entregou para que se cumprisse a vontade de Deus. Para
nós fica o conselho do salmista: “Fortalecei
os corações, tende coragem, todos vós que ao Senhor vos confiais!
2ª. Leitura Hebreus
4, 14-16;5,7-9 –“ Jesus está a postos para nos acolher e nos perdoar”
Por causa
da sua entrega a Deus, por tudo o que Ele sofreu, Jesus Cristo foi atendido nas
Suas preces e súplicas e entrou no céu como um Sumo Sacerdote a fim de
interceder por todos nós. Por essa razão a obediência de Cristo é para nós um
parâmetro de perfeição que precisamos atingir. Por ter sido provado em tudo,
como nós, menos no pecado, Jesus é capaz de se compadecer de nossas fraquezas. Dessa
maneira, nós não podemos perder tempo nem oportunidade, mas, urgentemente, precisamos
nos aproximar com toda a confiança do trono da graça, que é o próprio Jesus
para conseguirmos misericórdia e alcançarmos um auxílio no momento oportuno.
Jesus está a postos para nos acolher e nos perdoar. Ele é causa de salvação
eterna para todos que Lhe obedecem, assim sendo, a nossa submissão e
dependência dar-nos-ão motivação para que vivamos uma vida condizente com a
nossa Fé na Sua mediação junto do Pai. Mesmo que sejamos os maiores pecadores e
infiéis, Jesus tem o poder de nos libertar. Por isso, permaneçamos firmes na Fé
que professamos e tenhamos a segurança de que diante de Deus nós temos um
Advogado de defesa. – Você alguma vez se sentiu abandonado (a) sem ninguém
para defendê-lo (a)? – Você sabia que
Jesus advoga por você diante do Pai? -
Você é uma pessoa obediente às Leis de Deus? – Você vive conforme o Evangelho
de Jesus? – Você tem se aproximado do Trono da Graça?
Meditando sobre a narrativa de toda a Paixão e Morte e Sepultamento de
Nosso Senhor Jesus Cristo nós poderemos tirar proveito de muitas mensagens para
a nossa existência. Aprendendo com o Mestre nós também podemos assumir
compromissos e atitudes coerentes com o nosso desígnio e não nos abstrairmos do
nosso ideal de vida. Primeiramente percebemos que, assim como aconteceu na vida
de Jesus, há também um sentido para todas as ocorrências da nossa vida. Jesus
Cristo não foi preso nem foi capturado, pelo contrário, Ele próprio se entregou
aos homens para que se cumprisse tudo o que já estava escrito a fim de que a
vontade do Pai se realizasse. Assim, quando Jesus se entregou aos homens, na
verdade Ele estava se oferecendo ao Pai, pela humanidade. Na narrativa nós
percebemos que Jesus estava consciente de tudo o que ia acontecer e, por isso,
Ele próprio interpelou os guardas, dizendo: "A quem procurais"? E
depois de saber que eles buscavam a Jesus, o Nazareno, Ele respondeu:
"Sou eu"! Nós também precisamos estar atentos (as) para as coisas que
acontecem na nossa vida a fim de percebermos qual é a vontade do Pai para nós,
principalmente nas situações em que temos de enfrentar os desafios. Muitas
vezes nós também temos consciência de que algo precisa acontecer e que para isso, nós temos que assumir nova
postura e novo compromisso, no entanto, relutamos e não enfrentamos a
"fera". Se tivermos confiança nos planos de Deus para a nossa felicidade
e consciência de que Ele precisa de nós para colaborar na salvação dos nossos
irmãos e irmãs, nós também não fugiremos dos obstáculos e, como
Jesus Cristo, nós também nos apresentaremos diante dos nossos algozes para
"beber do cálice" que o Pai tem para nós. Com a
continuação da história nós verificamos que todas as coisas aconteceram
coerentemente com o que já havia sido profetizado conforme as
Escrituras. A Bíblia é um Livro de homens santos e pecadores e Nela nós
nos identificamos quando agimos bem ou agimos mal. O mesmo Pedro que cortou a
orelha do servo do sumo-sacerdote para defender Jesus foi o que depois, por
três vezes negou que O conhecesse. A atitude de Pilatos revela a nossa omissão
diante das "coisas erradas" que presenciamos e, "lavamos as
mãos" porque achamos que não compete a nós e não temos "nada a ver
com isto". Diante de Pilatos Jesus não se justificou nem tampouco se
acovardou, mas somente esclareceu: "O meu reino não é deste mundo". Realmente, o nosso reino não é deste mundo e
as dificuldades que enfrentamos nesta vida temporal são apenas pontes que nos
levam a atravessar o vale para chegarmos ao reino definitivo. Somos os Pedro,
Pilatos, Judas e Malco da nossa geração. Somos como Anás, Caifás e
até como os guardas e a encarregada que guardava a porta do lugar onde Jesus
estava. Todos nós temos o nosso posto, a diferença, porém, está no modo como enfrentamos os desafios da nossa
missão. Com os olhos voltados para o alto para beber o cálice que nos é
apresentado ou olhando somente para a terra tentando nos livrar dos
desafios e vivendo como qualquer um dos mortais, só para esta vida. Faça hoje a
sua leitura com bastante atenção e
perceba os pontos que para você devem ser mais importantes e que servem de
exemplo e mensagem para a sua vida
atualmente:- As atitudes e as palavras de Jesus; a atitude dos discípulos,
principalmente Judas e Pedro; as atitudes das autoridades; a omissão de
Pilatos; a manifestação do povo, da multidão que antes proclamava Jesus Rei; a
atitude dos soldados, enfim faça um paralelo dos acontecimentos da Paixão de
Jesus com a sua vida cotidiana.
AS SETE PALAVRAS DE
JESUS NA CRUZ
1 – PAI, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM
O QUE FAZEM.
2 – HOJE, ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.
3 – MULHER, EIS O TEU FILHO; FILHO
EIS A TUA MÃE.
4 – MEU DEUS POR QUE ME
ABANDONASTES?
5 – TENHO SEDE!
6 – TUDO ESTÁ CONSUMADO.
7 – PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO O MEU
ESPÍRITO!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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