15/04/2014
- 3ª. Feira –Semana Santa
- Isaías
49,1-6 - “Nós somos a glória de Deus”
O profeta Isaias, nesta palavra, faz
uma prefiguração de Jesus, o Servo fiel e perfeito que cumpriu Sua missão
fazendo o que era justo, segundo a vontade de Deus. Dentro de cada um de nós há, também, um desígnio da
nossa vocação de servos e de servas do Senhor. Aos olhos de Deus a
glória do servo é cumprir com a missão que lhe foi destinada, pois servo é
aquele (a) que foi escolhido (a) por Deus, desde sempre para levar ao mundo a
Sua Palavra de Salvação, para
adorá-Lo e prestar-Lhe culto. No entanto, como diz o profeta Isaías,
nós não podemos nos contentar somente em servi-Lo por meio do louvor e da
adoração, mas somos chamados para levar ao mundo a Sua Luz e manifestar a sua
glória a todas as nações. Nós, que seguimos os passos de Jesus, somos também
escolhidos desde o seio materno para ser aliança entre as pessoas levando a Luz
de Cristo a todos os lugares. Ser luz é saber iluminar a vida das pessoas
tirando-as da ignorância e dando-lhes testemunho de uma vida diferente. Desde o ventre de nossa mãe o Senhor também tinha em
mente o nosso nome e nos preparou para que fôssemos Seus colaboradores na
restauração da humanidade da qual fazemos parte. Quando cumprimos com a missão
de servos e de servas seguindo os passos de Jesus nós podemos dizer que estamos
glorificando a Deus e podemos também afirmar com convicção: “eu sou a glória de Deus”. Nós somos a glória de Deus e através de nós o
Seu amor vai se espalhando e exalando no mundo o odor da Salvação de
Jesus. - Você já sabia que é a glória de Deus? Sabia que Deus manifesta a Sua
glória através de você, das suas ações, do seu testemunho, da sua vivência no
mundo? - Como você tem manifestado a
glória de Deus no mundo? As pessoas reconhecem isso em você? O que está
faltando para que isso aconteça?
Salmo 70 – “Minha boca anunciará vossa justiça!”
Precisamos ter consciência de que,
se o Pai nos escolheu para sermos seus servos e suas servas, Ele tem para
conosco todo o cuidado e estará sempre e para sempre nos guiando na nossa
marcha de volta para a Sua casa. O salmista exalta a proteção de Deus desde o
começo da nossa existência e diz que Ele é a nossa esperança e o nosso apoio
desde o seio maternal, por isso, a nossa boca deverá anunciar todos os dias a
Sua justiça.
Evangelho – João 13,21-33.36-38 – “como
Judas ou como Pedro ”
Na última Ceia Jesus deu aos seus discípulos
as derradeiras instruções e não escondeu deles o que realmente se passava
dentro do seu coração. Comovido, Jesus, tentava antecipar para os Seus
discípulos o mistério que logo mais iria ser desvendado.
Ele ousava testemunhar que a traição
de Judas e de Pedro parecia ser fato já esperado e que não lhe causaria nenhuma
surpresa. Diante da perplexidade dos
discípulos e embora Pedro fosse o líder cheio de iniciativa, foi, porém, a João que Jesus deu a dica de quem seria
o traidor. Os outros discípulos não
entendiam os seus sinais e, somente pelas aparências, tiravam conclusões sobre
quem iria trai-Lo. Pedro, João, Judas, três discípulos com
características diferentes. João,
porque tinha consciência de que era amado, teve liberdade para se recostar no
peito de Jesus e ouvir as confidencias do Mestre tomando conhecimento dos Seus
segredos. Pedro, insistente,
questionador, inconsequente, agitador, era aquele a quem vez por outra Jesus
mais admoestava, pois conhecia o seu coração
contraditório. Judas,
discípulo igual aos outros, tinha, porém, uma missão traiçoeira que somente Jesus já percebera. Não sei se,
por coincidência, era ele quem “guardava
a bolsa” do dinheiro. Mesmo sabendo que iria ser traído por Judas e que
Pedro o negaria Jesus prosseguia na sua missão e não desanimava diante da
perspectiva de que seria abandonado pelos Seus servos. Trazendo esta reflexão
para a nossa vida pessoal, nos parece, que dentro do contexto das ações humanas
sempre haverá alguém que terá a função de trair e, por isso, precisamos nos
manter atentos (as), até quando servimos a Deus, para que a nossa fraqueza não
nos imponha o papel de traidores (as).
Nós também temos dificuldades de entender os sinais de Deus e, por isso
mesmo, muitas vezes, nós olhamos para as “evidências” e julgamos os outros, sem
nos apercebermos de que também nós somos capazes de trair a Deus. Nunca achamos
que podemos ser nós, os responsáveis pelas coisas que não dão certo, todavia, o
Senhor que conhece os nossos corações, sabe, de antemão, quando o havemos de trair,
de negar, mas também tem ciência de quanto podemos glorifica-Lo quando
cumprimos com a nossa missão. Hora nós agimos como Pedro, hora nós somos como
Judas. Peçamos ao Senhor a graça de sermos sempre como João, conscientes de que
somos verdadeiramente amados a fim de que possamos nos recostar no peito de
Jesus, e na intimidade com Ele, escutando as Suas confidências pedir para que
nunca estejamos entre os infiéis e traidores.
– Você se sente um discípulo, uma
discípula amada? – Você tem se recostado no peito de Jesus para ouvir o que Ele
tem a lhe falar? - Você sabia que
trai a Deus quando não está vivendo segundo a Sua vontade? -
Você sabe que negar a Deus é não dar testemunho dos dons e das graças de
Deus na sua vida? – Você acha que o Senhor conhece o seu coração?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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