DOMINGO DE RAMOS
Com o domingo de Ramos
entramos hoje na Semana Santa, durante a qual somos convidados a reviver com os
mesmos sentimentos de Cristo, os momentos dramáticos de sua paixão e morte, que
nos trouxeram a salvação.
No relato da paixão seu
Messianismo adquire pleno significado: Ele é o Filho ungido pelo Pai. O oficial
Romano, um pagão reconhece nele o filho de Deus. Jesus é o Messias-Rei porque
se despoja desse tipo de poder e se afasta do círculo das pessoas. De réu
diante do Sinédrio, ele se torna juiz. O filho do homem sentado à direita do
Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens. Jesus crucificado é o verdadeiro Rei. É
o Messias da cruz. A Paixão de Jesus prolonga-se em todos os setores da nossa
vida e da nossa sociedade, mormente nos esquecidos e sofredores.
O Domingo de Ramos nos
faz reviver a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para morrer e ressuscitar.
Semelhante ao povo da primeira aliança que durante a Festa das Tendas, levava
ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, assim também Jesus em
Jerusalém é aclamado como Messias. A Festa das Tendas durante sete dias, onde
as cabanas eram cobertas de ramos das árvores, lembrando o tempo do êxodo, em
que o povo de Deus peregrinava pelo deserto rumo à terra prometida. A Festa das
Tendas ainda recordava a provável chegada do Messias, a reunião de todas as
nações em Jerusalém, a salvação que nasce em Jerusalém.
Nesta semana que se
inicia, precisamos completar o caminho percorrido no tempo da Quaresma e, com a
graça divina, crescer na vivência de valores humanos – cristãos. Pela preciosidade que é a Semana santa para
todo católico, é que conclamamos o povo de Deus e as comunidades cristãs a
trocarem o lazer, amiúde, não muito sadio (nesse período alguns incautos
levados pela ótica materialista e secularizada da sociedade pós-moderna fazem
até carnaval) pela participação dos atos litúrgicos nas paróquias e
comunidades. Jamais podemos esquecer que a Semana santa é o centro vital do ano
litúrgico, qual coração que alimenta e dá a vida a todo o organismo. Este
centro vital é a celebração do mistério-pascal: a Paixão-morte-ressurreição de
Cristo.
Que a Semana santa,
grande tesouro espiritual, nos ajude a crescer e fortalecer a nossa
espiritualidade no Cristo que é caminho, verdade e vida.
Pe. Neto
Pároco de
São Vicente

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