Nos 12 capítulos do livro, o Cardeal Arinze concentra-se no que é distintivo no apostolado dos fiéis leigos, que “formam 99,9% da Igreja”. A obra inicia-se com algumas reflexões sobre o chamado ao apostolado de cada batizado, a natureza do apostolado dos leigos e as várias formas em que este pode ser expresso. Mas a mensagem central da obra reside na resposta à interrogação: “O que tem de tão particular no apostolado dos leigos que o distingue do apostolado do clero e dos religiosos?”.
O Cardeal Arinze repassa assim uma série de documentos sobre os leigos, a partir do Concílio Vaticano II, com a Constituição pastoral Gaudium et Spes, a Constituição dogmática Lumen gentium e o Decreto sobre o apostolato dos leigos Apostolicam actuositatem. Seguem a Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi de Paulo VI e o Christifideles laici de João Paulo II, além de diversos pronunciamentos de Bento XVI.
O autor trata posteriormente, das razões mais urgentes para a ação dos leigos, da exclusão de Deus da vida da sociedade à defesa do matrimônio e da família, da evangelização da política à imagem do Evangelho presente nas mídias de massa. “Como os leigos estão contribuindo para o tecido social de modo que a vida na sociedade seja o mais próximo possível ao ideal do Evangelho?”, pergunta o purpurado. “Os leigos fazem alguma coisa quando se dão conta que a mídia apresenta as posições católicas sobre o matrimônio, a defesa do nascituro e a importância da religião na formação como antiquada e conservadora?”
O Cardeal se concentra então, nos resultados obtidos por algumas iniciativas levadas a cabo em diversos países, fornecendo argumentos para superar as hesitações em relação ao empenho ativo dos leigos, que frequentemente tem origem no erro de “identificar a Igreja com o clero e considerar a missão da Igreja coincidente com o apostolado do clero”.
O autor observa, a este propósito, que na Igreja “existem diversos papeis e ministérios” e todos são “necessários e complementares”, e sobre cada coisa recai uma certeza: “A missão específica do fiel leigo é de levar o espírito de Cristo nas várias esferas da ordem secular”. (JE). Fonte: Rádio Vaticano
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