25 minutos de reunião entre o Papa e o primeiro-ministro israelense. Ao centro do diálogo a esperança de uma solução duradoura entre israelenses e palestinos e um aceno para a visita do Santo Padre a Terra Santa
Por Redacao
CIDADE DO VATICANO, 02 de Dezembro de 2013 (Zenit.org) - Uma breve e cordial colóquio entre o Papa Francisco e Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro do Estado de Israel, aconteceu nesta manhã. Recebido no Palácio Apostólico, o primeiro-ministro esteve por 25 minutos com o Papa, discutindo temas como "a complexa situação social e política do Oriente Médio, com especial referência para a retomada das negociações entre israelenses e palestinos". Ambos - informa um comunicado de imprensa do Vaticano - manifestaram o desejo de "que seja rapidamente alcançada uma solução justa e duradoura, respeitando os direitos de ambas as partes." Em seguida, abordou-se questões relativas "a relação entre as autoridades estaduais e as comunidades católicas locais, bem como entre o Estado de Israel e a Santa Sé, e a aplicação do Acordo Fundamental”.
Por parte da mídia, houve grande expectativa com relação a confirmação de uma data oficial para a peregrinação do Santo Padre à Terra Santa. Fez-se referência à viagem, mas o Vaticano não forneceu nenhuma informação detalhada sobre isso. No final da audiência, Netanyahu deu ao Papa um hanukkiah, um candelabro judaico com nove hastes em prata, e um livro sobre a Inquisição espanhola escrito por seu pai, um professor de história que morreu há um ano. Na dedicatória, o primeiro-ministro escreve: "Para um grande pastor de nossa comum hereditariedade". O Papa retribuiu com uma arte de bronze representando São Paulo. Após a reunião com o Papa, o primeiro-ministro israelense se reuniu com o Secretário de Estado do Vaticano, Mons. Pietro Parolin.
A audiência de hoje soma-se aos precedentes importantes encontros do Papa Francisco com o presidente de Israel, Shimon Peres, em 30 de abril, e com o presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, em 17 de outubro. Netanyahu, por sua vez, já havia sido recebido pelo Papa Bento XVI no convento dos franciscanos em Nazaré, em 14 de maio de 2009, por ocasião da Peregrinação à Terra Santa. O Primeiro-Ministro, em seguida, retornou a Roma em 2011, mas o Papa Bento XVI estava em viagem no Benin (18 de novembro a 20). Netanyahu, portanto, não encontrou o Papa, mas deixou -lhe de presente uma oliveira da Terra Santa, de 200 anos, como um sinal de "florescimento da amizade entre os dois países", conforme nota da Embaixada de Israel junto a Santa Sé.
Poucos dias depois de sua renúncia, 18 de fevereiro de 2013, Bento XVI recebeu uma carta na qual o político israelense escrevia: "Em nome do povo de Israel, gostaria de agradecê-lo por tudo que fez como Papa pelo fortalecimento dos laços entre cristãos e judeus e entre a Santa Sé e o Estado hebreu". Em particular, a carta enfatizou o apreço de Israel para com o livro de Ratzinger de 2011, no qual o Papa teólogo exclui a responsabilidade do povo judeu pela crucificação de Jesus, devido ao invés, à aristocracia do Templo. Por fim, Netanyahu augurava ao Papa emérito "vida longa, saúde e felicidade".
(S.C/Trad.:MEM)
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