domingo, 1 de dezembro de 2013

AUDIÊNCIA PAPAL AOS GRECO-MELQUITAS: APELO PELA SÍRIA E PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (30), na Sala Clementina, no Vaticano, uma peregrinação de cerca de 300 fiéis Greco-melquitas de Antioquia.

Em sua saudação, o Papa agradece aos fiéis presentes pela visita ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo como “testemunhas das origens apostólicas da nossa fé”. Desde então, recordou-lhes, a alegria do Evangelho, que continua a iluminar a humanidade e, com ela, caminha, apesar das numerosas provações pelas quais passa na história até os nossos dias.
A seguir, o Pontífice dirigiu seu pensamento “aos irmãos e irmãs da Síria, que, há tanto tempo, passam por uma grande tribulação”, e reza por aqueles que perderam a vida e pelos seus entes queridos. “Que o Senhor enxugue as lágrimas destes seus filhos”, diz o Papa, que confirma “a solidariedade de toda a Igreja, para confortá-los na angústia e livrá-los do desespero”. E, acreditando firmemente na força da oração e da reconciliação, exortou:
“Renovamos o nosso premente apelo aos Responsáveis, para que cessem todo tipo de violência e, mediante o diálogo, encontrem soluções justas e duradouras para um conflito que já causou tantos danos. Exorto, de modo particular, para que reine o devido respeito entre as várias confissões religiosas, para garantir a todos um futuro baseado nos direitos inalienáveis da pessoa, inclusive a liberdade religiosa. A Igreja Greco-melquita sempre soube conviver pacificamente com outras religiões e é chamada a desenvolver um papel fraterno no Oriente Médio”.
O Bispo de Roma disse ainda aos fiéis de Antioquia que “não se resigna a pensar em um Oriente Médio sem a presença de cristãos. Com efeito, acrescentou, muitos de seus irmãos e irmãs são emigrantes e fazem parte da comunidade da diáspora:
“Encorajo-os a manter firmes as raízes humanas e espirituais da tradição melquita, custodiando, em todos os lugares, a identidade Greco-católica, porque toda a Igreja precisa do patrimônio do Oriente cristão, do qual também são herdeiros. Vocês são sinais visíveis para todos os nossos irmãos da tão desejada comunhão com o Sucessor de Pedro”.
Neste sentido, o Papa Francisco dirige seu pensamento ao Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, e às Igrejas Ortodoxas, pela festa de Santo André Apóstolo, irmão de São Pedro, Patrono do Patriarcado Ecumênico:
Peçamos ao Senhor que nos ajude a prosseguir na caminhada ecumênica, fiéis aos princípios do Concílio Ecumênico Vaticano II. Que Ele nos ajude sempre a sermos cooperadores da evangelização, cultivando a sensibilidade ecumênica e inter-religiosa. Isso só é possível graças à unidade, à qual são chamados os discípulos de Cristo; a unidade exige sempre a conversão por parte de todos”.
O Papa concluiu seu discurso aos peregrinos Greco-melquitas dizendo que “acompanha o esforço do Patriarca Ecumênico e dos Bispos, como também dos sacerdotes, religiosos, religiosas, e os fiéis leigos, a fim de que possam contribuir para a edificação do Corpo de Cristo.
O Santo Padre se despediu dos fiéis de Antioquia, citando a invocação da tradição bizantina a Santo André: “Tu, que entre os Apóstolos, foste chamado por primeiro, como irmão do Corifeu, implora do Senhor onipotente a paz para o mundo e a grande misericórdia para as nossas almas”! (MT). 
Fonte: Rádio Vaticano

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