No artigo, Schulz diz pensar numa “Europa para os últimos” e evidencia que “o verdadeiro desafio” da União Européia é solucionar dois temas: imigração e o trabalho para os jovens.
O político alemão confessa ao jornal da Santa Sé que “relendo o Cântico dos cânticos, ficou admirado com a harmonia e a simplicidade do Santo de Assis, com sua sinceridade e amor pelos outros e as coisas que nos circundam: constantes referências do Papa Francisco”. “A paixão pela Criação expressa no “Cântico” contrasta nitidamente com a “globalização da indiferença” em relação aos males de nossos tempos, denunciados firmemente por Francisco".
Martin Schulz observa ainda que “a Europa deve ser uma força de diálogo, assegurar mútua compreensão e escuta, demonstrar curiosidade e não presunção diante daquilo que enfrenta. A ausência de diálogo gera introspecção, individualismo, fossiliza opiniões, desconfiança e enfim, cria conflitos. A Europa deve ser julgada com base nas perspectivas que oferece aos jovens: o desemprego juvenil alcançou níveis desconcertantes na Grécia (61,5%), na Espanha (56%) e na Itália (40,1%). A Europa está traindo seus jovens cidadãos”.
O Presidente do Parlamento europeu recorda a atualidade da mensagem deixada por João Paulo II: “Vinte e cinco anos atrás, neste mesmo dia, Papa Wojtyla fez um discurso inspirador ao Parlamento europeu, em Estrasburgo, lembrando aos deputados seus deveres para com “a outra Europa”. Nosso continente se uniu, mas o trabalho não terminou. Hoje, para o Parlamento europeu, seria uma imensa honra ouvir novamente a mensagem do Santo Padre, suas palavras de perspectiva, solidariedade e esperança”.
(CM)
Fonte: Rádio Vaticano
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