domingo, 13 de outubro de 2013

PAPA PRESIDIU À MISSA NA PRAÇA DE SÃO PEDRO. "DEUS SURPREENDE-NOS; PEDE-NOS FIDELIDADE; É A NOSSA FORÇA". NO FINAL, "ENTREGA CONFIANTE" A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA



 

Após os intensos momentos de oração de ontem ao fim da tarde, na Praça de São Pedro (em baixo crônica de Rui Saraiva), neste domingo de manhã o Papa Francisco presidiu à Missa, que se concluiu com um “ato de entrega confiante” a Nossa Senhora de Fátima.

Acolhe com benevolência de Mãe o ato de entrega que hoje te fazemos confiadamente…
Temos a certeza de que cada um de nós é precioso aos teus olhos…
Acolhe nos teus braços a nossa vida, abençoa e reforça todos os desejos de bem;
aviva e alimenta a fé; apoia e ilumina a esperança; suscita e anima a caridade,
guia a todos nós no caminho da santidade.
Ensina-nos o teu próprio amor de predileção pelos pequenos e pelos pobres, pelos marginalizados e pelos que sofrem, pelos pecadores e pelos extraviados do coração;
Congrega todos sob a tua proteção e
entrega todos ao teu dileto Filho, o nosso Senhor Jesus.
Na homilia, o Santo Padre convidou a contemplar Maria à luz das Leituras da Missa deste domingo, propondo “três realidades: - Deus surpreende-nos, - Deus pede-nos fidelidade, - Deus é a nossa força”.
Antes de mais, a surpresa suscitada em Naamã pelo que lhe pedido para ser curado da lepra. Gestos simples, sem nada de extraordinária.
“Deus surpreende-nos; é precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura e dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele. / Esta é a experiência da Virgem Maria.”
A segunda Leitura, em que São Paulo exorta Timóteo, a perseverar na fidelidade a Cristo, sugeriu ao Papa o segundo pensamento: Deus pede-nos fidelidade no segui-Lo.
Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas depois não se consegue repetir este «sim» todos os dias. / Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos momentos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz.
Último ponto sublinhado pelo Papa: Deus é a nossa força. Aludindo aos dez leprosos purificados por Jesus, no Evangelho, dos quais um só voltou a agradecer a cura, o Papa Francisco advertiu: “É preciso saber agradecer, louvar o Senhor pelo que faz por nós.”Também aqui, Maria é um modelo perfeito. Visitando a sua prima Isabel, as primeiras palavras que profere são de ação de graças a Deus:
«A minha alma enaltece o Senhor», o Magnificat, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua ação em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele; Ele é a nossa força!
Evocando a dificuldade que tantas vezes se teme em dizer simplesmente “obrigado”, Papa Francisco, referindo em particular a vida em família, propôs “três palavras-chave para a convivência:
“com licença, desculpa, obrigado: se numa família se dizem estas três palavras, a família caminha em frente. Com licença, desculpa lá, obrigado. Quantas vezes dizemos obrigado, em família?”
A concluir o Papa convidou a invocar a “intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os dias, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força.”
A concluir a celebração, antes de recitar a tradicional oração de Angelus, o Papa recordou a beatificação, neste domingo, em Tarragona, Espanha, de uns 500 mártires mortos pela sua fé durante a Guerra Civil espanhola dos anos 30 do século passado.
Louvemos o Senhor por estes seus corajosos testemunhas e por sua intercessão supliquemos-Lhe que liberte o mundo de toda a violência.
Fonte: Rádio Vaticano

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