06/09/13 - 6ª. feira XXII semana comum
– 1ª. Leitura Col 1, 15-20 - “ o essencial é invisível aos nossos olhos”.
Por causa de Cristo foram criadas todas as coisas, no céu e na terra.
Como a própria palavra revela, existem coisas que são visíveis aos
nossos olhos, coisas da terra, e outras que nos são invisíveis, pois são
realidades celestes. Jesus Cristo, no entanto tem a primazia de tudo,
pois existe desde sempre e todas as coisas têm Nele a sua consistência.
Por isso, ao mesmo tempo em que veio nos revelar o Céu Ele também se
tornou terra como qualquer um de nós, quando nasceu de uma mulher. Se
pararmos mais para refletir nessa mensagem de São Paulo, perceberemos a
amplitude da nossa existência aqui na terra, como criação de Deus Pai
Todo Poderoso. Jesus é a imagem do Deus invisível que O enviou com todo
poder, para nos religar ao Pai e nos ensinar a observar e experimentar
as coisas do espírito. Não podemos nos apoiar somente nas coisas que
vemos e tocamos fisicamente. Com o nosso espírito nós podemos abranger a
essência das coisas invisíveis. Essa é uma realidade que deve estar bem
nítida na nossa mente humana. Nós vemos, tocamos, provamos algumas
coisas, mas “o essencial é invisível aos nossos olhos”. Mais além das
aparências existe algo que supera a nossa inteligência, o nosso
raciocínio e a nossa percepção humana. É uma questão de Fé. Existe um
organismo espiritual do qual nós participamos sem precisarmos ver. Pela
fé nós comprovamos que Jesus Cristo é a cabeça do Corpo que é a sua
Igreja, portanto se na cabeça habita a perfeição, também nos membros do
corpo, que somos nós, reside a plenitude das graças para atingirmos a
perfeição. Por essa razão nós também possuímos a capacidade de entender
os mistérios divinos. Reflita:- Você já percebe um pouco esse clima
diferente que a gente só vê pela fé? - Se Cristo é a cabeça e nós somos
os membros, onde está Cristo e onde estamos nós? - Qual a figura central
do Antigo e do Novo Testamento?
Salmo 99 – “Com canto apresentai-vos diante do Senhor!
O salmista proclama a nossa pertença a Deus. Somos seu povo e seu
rebanho. Fomos criados à Sua imagem e semelhança, portanto, a nossa
pátria é o céu. Para o céu nós seguimos cantando e servindo ao Senhor
até quando se abrirão para nós as portas dos átrios do Senhor. A nossa
peregrinação aqui na terra tem como desígnio e finalidade a conquista do
paraíso perdido.
Evangelho – Lucas 5, 33-39 – “acolher as novidades do Evangelho”
Aprendemos com Jesus neste Evangelho que todas as coisas têm um momento
e o jeito certo para se realizarem. Assim, Ele nos propõe a aproveitar o
tempo em que vivemos com coerência de atitudes e em sintonia com o
coração, pois diante de Deus todos os nossos atos terão o valor
proporcional ao que o nosso íntimo lhes confere. O fazer apenas por
fazer, ou para aparecer não nos edifica nem nos ajuda na caminhada para
Deus. O odre e a roupa, figuras usadas por Jesus, significam a nossa
mentalidade e a nossa maneira de aceitar as observâncias que Deus nos
propõe por meio da sua Palavra e dos Seus mandamentos. A maneira como
encaramos os fatos da nossa vida e a mentalidade com a qual
compartilhamos das propostas de Deus nos dão a garantia para que as
nossas ações diante do Senhor tenham valor. Não podemos querer enxertar
na nossa mente ideias e conceitos que estejam fora da nossa maneira de
ver e julgar. O que é novo não cabe na mentalidade antiga. Precisamos de
um espírito aberto, para acolher as novidades do Evangelho e para viver
segundo os mandamentos de Deus. Do contrário, nunca iremos produzir
frutos bons. A oração e o jejum se constituem ótimos instrumentos de
purificação e auto domínio, no entanto, só terão eficácia se aplicados
no momento necessário. Na festa, o Senhor nos convida a estar com Ele
saboreando a Sua companhia e tudo quanto Ele nos proporcionar. - Você é
uma pessoa apegada ao seu modo de pensar? - Você é capaz de mudar de
opinião diante das novidades do Evangelho?- Com que espírito você jejua
ou faz sacrifício? - Você costuma murmurar e se lastimar das coisas boas
que você faz aos outros?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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