Lucas 12, 32-48
Décimo Nono Domingo
O evangelho deste domingo é de Lucas (12, 32-48).
Ele nos apresenta duas parábolas sobre a
vigilância, no seu aspecto escatológico. A 1ª parábola fala do patrão que,
voltando das núpcias, altas horas da noite, encontra, atentos, seus vigilantes.
A 2ª fala do ladrão que, inesperadamente, entra na casa para roubar. Nas duas
parábolas, encontramos a insistência à prontidão. O evangelho vem nos mostrar
que a vigilância implica num compromisso de ação, para que não fiquemos
parados. A vigilância é uma atitude bíblica, desde a noite da libertação do
Egito, quando o anjo exterminador visita as casas dos egípcios, enquanto os
israelitas celebravam a Páscoa, prontos para serem fiéis ao Senhor que os libertou
na passagem do Mar Vermelho até o deserto. Vivemos na certeza de um encontro
definitivo com o Senhor, mas não sabemos quando será. Uma mentalidade
materialista em voga, diz que o fim de nossa vida está neste mundo; portanto,
não precisa de vigilância e nem de temor a Deus.
A mensagem que
tiramos para nossa vida, extraída da leitura do evangelho, é esta: o cristão
deve estar sempre vigilante. Principalmente nestes momentos: na oração; na
meditação da palavra de Deus e na vivência eucarística. Com certeza,
permanecendo nesses três momentos, enfrentaremos, com mais firmeza, as
borrascas que a vida nos apresenta.
Celebramos
hoje, com gratidão a Deus, o dia dos pais. Agradeçamos ao Pai do céu pelos
nossos pais e ofertemos suas vidas na ação de graças deste domingo e com todo o
fervor. O Pai é a revelação da paternidade de Deus. Ele é chamado a garantir o
desenvolvimento unitário de todos os membros da família.
Hoje é um dia
especial para pedir a Deus que dê forças aos nossos pais para que eles nunca
desagreguem a família. A experiência negativa de muitas famílias nos ensina:
a)
A ausência do pai numa família provoca desequilíbrios
psicológicos e morais e gera grandes dificuldades nas relações familiares.
b)
A presença opressiva do pai inibe o desenvolvimento das
relações familiares sadias.
Não vamos
permitir que as condições sociais e culturais decepcionem o pai em relação à
família. Vamos pedir a Deus, neste dia e sempre, para que o pai descubra que o
seu lugar é na família e pela família. Que ele tem uma importância única e
insubstituível. A missão do pai na família cristã do mundo de hoje é : zelar
pela família; transmitir sua fé aos filhos; educar os filhos para que sejam
cidadãos válidos, construtores de um mundo novo e não meros contempladores do
mundo em sua volta, e viver em sociedade como bons cristãos. Que Deus abençoe a
todos e feliz dias dos pais.
Pe. Raimundo
Neto.
Pároco de São
Vicente de Paulo
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