domingo, 28 de julho de 2013
REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE
28/07/13 - XVII Domingo do tempo comum
–1ª. Leitura - Gênesis 18, 20-32 – “o clamor que sobe aos céus”
O Senhor continuava revelando a Abraão os Seus planos e, agora, voltava a Sua atenção para Sodoma e Gomorra, cidades onde o pecado imperava. O bramido que subia aos céus contra aquelas cidade crescera por causa do pecado que se agravara a ponto de que o próprio Deus, por meio dos Seus anjos, descesse para verificar se as obras daquele povo correspondiam ao clamor que chegava até Ele. A leitura nos fala, então, da intercessão de Abraão diante de Deus em favor dos justos que poderiam existir naquelas cidades. Abraão obteve a promessa de que, por causa de pelo menos dez justos, aquelas cidades não seriam destruídas. Nós sabemos, no entanto, que Sodoma e Gomorra foram destruídas com enxofre e fogo salvando-se apenas Ló e suas duas filhas, não escapando nem a sua mulher. Diante desse quadro nós podemos avaliar a situação do mundo em que vivemos. Podemos imaginar, com convicção, que hoje também, o clamor sobe aos céus, por meio de pessoas inocentes que são assassinadas a cada dia por causa da violência, pela miséria que existe na maior parte do planeta, do terrorismo, da corrupção, da prostituição, das uniões ilícitas, da libertinagem, das práticas que homens e mulheres vivenciam com sinais evidentes de que não estão nem aí para o que Deus deixou como ensinamentos para que sigamos. Pelos atos pecaminosos e arbitrários contra a própria natureza criada por Deus. Hoje também se escarnece da Palavra de Deus que é posta de lado dando lugar aos prognósticos e mensagens de divindades criadas pela mente humana que vaticina inverdades e faz com que mesmo os que se dizem cristãos acreditem. Hoje, mais do que nunca chegou o tempo em que os justos que ainda existem, não só orem e supliquem ao Senhor pela libertação do Seu povo, mas deem testemunho de fé e de firmeza diante das “portas escancaradas” para o pecado. Precisamos sair da passividade e da anestesia que nos deixa conformados com muitas situações que se passam diante dos nossos próprios olhos. Orar, pedir e suplicar são ações primordiais, porém, a vivência do amor em todas as circunstâncias, é o passo mais seguro que podemos dar para convencer ao mundo de que Deus tem poder para salvar toda a humanidade. Somos colaboradores no projeto de Deus para a salvação das “Sodoma e Gomorra” de hoje. – Você se angustia diante das desgraças do mundo de hoje? – O que você faz para reverter esse quadro? – Você tem orado pela conversão dos pecadores? – Você tem feito exame de consciência das suas ações? – Como você está diante de Deus?
Salmo 137 – “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!”
O Senhor escuta o clamor do Seu povo, por isso todo aquele que O busca de coração e a Ele presta culto tem a alma revigorada para enfrentar as perseguições próprias do existir. Mesmo que andemos no meio da desgraça, sujeitos às intempéries da existência, podemos ter confiança de que Ele nos fará tornar à vida novamente e nos mostrará o caminho a seguir. Somos, pois, uma obra inacabada, e a nossa caminhada aqui na terra é um tempo propício para que Deus aja em nós, conforme os Seus projetos.
2ª. Leitura – Colossenses 2, 12-14 – “Jesus pagou a nossa conta”
Às vezes, nós caminhamos na vida como se fôssemos eternos devedores e o sentimento de culpa nos persegue, deixando-nos tristes e acabrunhados. No entanto, isso é uma tentação do inimigo que além de mentiroso é acusador e sente prazer em fazer intriga entre nós e Deus. Quando nos acusa e nos sugestiona a não esquecermos as nossas faltas, mesmo quando estas já foram confessadas, ele o faz com a finalidade de que não tenhamos em nós a alegria de quem já foi perdoado. Por isso, São Paulo nos dá consciência de que já não somos mais devedores diante de Deus, quando escreveu: “existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz”. A escravidão ao pecado era a dívida que havia sido contraída com Deus por nossos pais, quando, no paraíso, eles desobedeceram ao Criador e preferiram seguir as sugestões da serpente. Com efeito, todos nós, fomos afastados da graça santificante e estávamos fadados a uma morte eterna. No entanto, o próprio Deus que é cheio de misericórdia e de amor, deu um jeito de nos livrar da condenação e veio até nós, na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, para nos tornar livres da culpa original, resgatando a nossa dívida. A partir daí, podemos entender que no Batismo nós nos apossamos da carta de alforria que nos foi entregue por Jesus como se fosse a liquidação de uma promissória de altíssimo valor, a qual nunca poderíamos ter pago. Entretanto, nós só teremos acesso a esse documento autenticado, mediante a Fé no poder de Deus que ressuscitou a Cristo dentre os mortos. Em Jesus Cristo nós fomos sepultados e com Ele também fomos ressuscitados. A certeza de que, com Jesus Cristo nós fomos sepultados e ressuscitados no nosso Batismo, nos dá a garantia de que estamos livres da escravidão do pecado. Agora, nenhuma culpa pesa sobre nós e o nosso corpo já foi circuncidado com a Cruz de Jesus que nos trouxe para a vida. Não há, portanto, mais motivo para que fiquemos atados e submissos ao pecado, em Jesus, nó somos mais que vencedores, por isso, podemos andar de cabeça erguida cantando hinos de louvor ao Senhor. – Você já tem consciência disso? – Você já se apossou da carta de alforria que Jesus assinou com o Seu Sangue? – Você é uma pessoa alegre, apesar de pecador ou é uma pessoa triste, apesar do perdão de Deus? – Você se sente devedor de alguém? – Entregue as suas dúvidas a Jesus.
Evangelho – Lucas 11, 1-13 – “a oração que Jesus nos ensinou”
Na oração do Pai Nosso nós pedimos ao Pai o reino do céu, o pão de cada dia e o perdão das nossas dívidas, prometendo na mesma proporção, perdoar aos nossos devedores. Pedimos também a graça de não cair na tentação e de sermos livrados do mal, que é o pecado. Dessa forma, a oração que Jesus nos ensinou contém os requisitos imprescindíveis para que sejamos atendidos nas nossas necessidades, quais sejam: a perseverança, a fé e a confiança na resposta do Pai. Por isso, Jesus conta a história de alguém que foi procurar um amigo fora de hora e pediu com insistência que lhe emprestasse o pão de que estava precisando para aquele momento, sendo atendido por causa da sua persistência. Depois, Jesus mais uma vez nos fala de perseverança, de fé e confiança, quando nos diz que, na medida em que pedimos, procuramos e batemos na Porta do Pai, nós receberemos o Espírito Santo que é Aquele que nos ensina a orar como convém. Pedir o Espírito Santo é, portanto, o que nós devemos fazer a cada momento em que nos dirigimos ao Pai, deixando que Ele seja o agente e administrador da nossa oração. Somente o Espírito Santo de Deus conhece a verdade do nosso coração e as suas reais intenções, por isso, tem a ciência exata das nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Somente Ele poderá nos ajudar a cumprir a parte que nos cabe quando rezamos o Pai Nosso que é perdoar àqueles que nos ofenderam e não cair nas tentações a que estamos sujeitos todos os dias. É Ele também que se dirige ao Pai e intercede para que sejamos fiéis à nossa oração pessoal quando temos a chance de escutar Suas confidencias e os Seus desígnios para cada momento da nossa vida. – Você tem pedido que o Espírito Santo dirija a sua oração? – Você tem perseverado na oração do Pai Nosso? – Qual é o pão que você tem pedido ao Pai? – Você tem cumprido com a promessa de perdoar a quem lhe tem ofendido? – Você percebe qual a vontade do Pai para a sua vida?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário