domingo, 30 de junho de 2013

REFLEXÕES SOBRE AS LEITURAS DE HOJE

30/06/2013 – Domingo - São Pedro e São Paulo, Apóstolos, 1ª Leitura

– Atos 12, 1-11 -“a Igreja rezava continuamente”

Homem fraco e cheio de defeitos, porém impulsivo e metido a corajoso, 
Pedro agora se submetia às ordens de Herodes, por isso estava preso em 
prisão reforçada. Porém, Deus mandou o Seu anjo que lhe abriu as portas, 
desamarrou as correntes e o fez passar diante das guardas. “O portão 
abriu-se sozinho”, porque “a Igreja rezava continuamente a Deus por 
ele”. Quando a Igreja ora unida, o poder de Deus prevalece e o Seu plano 
tem continuidade. Deus tinha um propósito para Pedro a quem Jesus 
entregara as chaves do reino do céu na terra. Ele tinha uma missão 
definida! Assim também acontece conosco. Somos libertos para realizar a 
obra que Deus nos entregou. O Senhor não nos liberta somente para que 
estejamos livres, soltos, folgados, mas para que cumpramos bem a nossa 
missão. Por isso o anjo recomendou a Pedro: “coloca o cinto e calça tuas 
sandálias; “põe tua capa e vem comigo”. Colocar o cinto, calçar as 
sandálias e pôr a capa significa estar pronto e preparado para enfrentar 
desafios e dificuldades, com o apoio, da Palavra, da Oração, da 
Eucaristia, da devoção à Maria. Pedro percebeu o poder de Deus, caiu em 
si, e continuou firme e confiante a sua caminhada. O Senhor deseja 
também nos libertar das prisões nas quais estamos encarcerados (as). 
Essas prisões são os estados em que vivemos: amedrontados (as) no 
pecado, depressivos (as), obcecados (as) pelos valores do mundo. Tudo o 
que nos prende e nos sufoca, não nos deixando tempo nem condições de 
amar e servir a Deus, se constitui para nós uma prisão. O trabalho 
muitas vezes nos aprisiona; o sucesso também é uma forma de nos tirar a 
liberdade; e assim também muitas situações da nossa vida. Por isso, o 
Senhor manda os seus anjos para abrir o portão que nos impede de ter 
comunhão com Ele. São eles, as pessoas que intercedem por nós e, às 
vezes, nem sabemos quem sejam. Por isso, há necessidade de que, mesmo 
sem que as pessoas nos peçam, nós façamos orações pelos pecadores, 
porque assim o mundo todo será beneficiado. - Faça uma analogia do 
cinto, da calça e da sandália com algo espiritual que você precisa 
assumir. - Você já entendeu para que Jesus o (a) liberta? – Você ainda 
se sente preso (a) ao pecado? – Você tem o costume de orar pelos 
pecadores? – Por quem você tem rezado ultimamente? – Faça uma avaliação 
da sua intercessão Você tem intercedido pela Igreja e Pelo Santo Papa? – 
Você acha que isto é necessário?
Salmo – 33 – “De todos os temores me livrou o Senhor Deus”

A certeza de que o Senhor nos livra de todos os temores é a nossa 
motivação para enfrentarmos as dificuldades. Por isso podemos rezar o 
salmo 33: “o anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem”. É 
feliz o homem que tem o senhor por seu refúgio porque irá sentir a 
suavidade do Seu amor e não temerá mal nenhum.

2ª Leitura 2 Tim 4, 6 8.17-18 – “coluna da Igreja.”

São Pedro e São Paulo são as duas colunas da Igreja. Paulo, homem forte, 
decidido e firme, porém, cheio de si, foi como Pedro escolhido por Deus 
para servir ao Evangelho. As duas colunas da Igreja tiveram chamados 
distintos, porém há algo em comum entre eles: ambos viveram a conversão 
antes de assumir cada um o seu papel na Igreja de Jesus Cristo. São 
Paulo não conviveu com Jesus Cristo, porém foi com o próprio Jesus que 
ele apreendeu toda a mensagem evangélica. Nesta carta a Timóteo, Paulo 
mesmo faz um relato da missão que ele viveu como coluna da Igreja. Com a 
consciência tranquila pelo dever cumprido ele espera do alto a 
recompensa pela sua luta. Apesar de exaltar a sua fé e sua fidelidade, 
ele proclama que tudo o que lhe aconteceu foi porque o Senhor esteve 
sempre ao seu lado. Assim também podemos pensar nós todos que vivemos e 
lutamos pelo Evangelho. A nossa recompensa virá do alto e não será aqui 
na terra que teremos a recompensa pelo nosso trabalho. A certeza do bom 
combate nos deixará serenos (as) quanto a nossa vida futura. Um dia, com 
a graça de Deus, todos nós poderemos também anunciar: “combati o bom 
combate, completei a corrida, guardei a fé”! O Senhor também está do 
nosso lado e nos liberta de todo o mal. É Ele quem nos ajuda no 
cumprimento da nossa missão de homens e mulheres a serviço do reino de 
Deus aqui na terra. – Você tem certeza da vitória final? – Você espera 
receber a coroa de Deus? – Por que você pode afirmar isto? – Quem lhe 
garante isso?

Evangelho - Mateus 16, 13-19 - “as chaves do reino dos céus”

Enquanto caminhava na Sua missão evangelizadora Jesus quis dar ciência 
aos Seus discípulos de quem era Ele com o propósito de fazê-los 
participantes do mistério da Salvação. Na verdade, Jesus não estava 
preocupado com o que os outros pensavam a Seu respeito, por isso, com a 
pergunta, “E vós quem dizeis que eu sou?” Ele provocou os Seus 
discípulos a fim de que eles próprios se situassem e tivessem 
conhecimento espiritual da Sua verdadeira identidade. Para nós também é 
muito importante tanto o ter conhecimento a cerca de nós mesmos, como 
também de quem somos para aqueles (as) com quem nos relacionamos e 
interagimos. Cada um de nós tem uma missão muito especial aos olhos de 
Deus. Somos Seus instrumentos na concretização do Seu Plano de Salvação. 
E, por isso, a nossa maneira de ser e de agir, as nossas aptidões 
naturais vão dando o tom para que as pessoas nos ajudem a descobrir a 
nossa vocação. Quanto mais temos consciência de quem somos aos olhos do 
nosso próximo, mais facilmente podemos descobrir o nosso carisma e, 
consequentemente a missão que a nós foi destinada por Deus. No entanto, 
para que possamos entender a nossa identidade e das pessoas que nos 
cercam precisamos entrar em comunhão com o Espírito Santo, que nos 
convence da verdade e ilumina a nossa inteligência. Inspirado pelo 
Espírito Santo Simão foi aquele que apontou a verdadeira identidade de 
Jesus. Por isso, o próprio Jesus o congratulou! Ele soube escutar a 
revelação do Pai e proclamar que “Jesus é o Messias, o Filho do Deus 
vivo”. E foi aí, então, que Jesus o conscientizou da sua missão aqui na 
terra, dando-lhe poder e autoridade para ser o chefe da Sua Igreja. “Tu 
és Pedro”, disse Jesus, mostrando que o seu nome identificava a sua 
missão de pedestal da Igreja nascente. Quando entregou a Pedro as chaves 
do reino dos céus, Jesus mostrou que o reino dos céus começa aqui na 
terra, na Igreja que Ele fundou e que tem autoridade para ligar ou 
desligar. Somos felizes na medida em que, como Pedro, também 
reconhecemos que “Jesus é o Cristo o Filho do Deus vivo”, por isso está 
no meio de nós. - Você também diante de Deus tem um nome que designa uma 
missão muito especial. O que pode significar? Pergunte ao Espírito 
Santo!- Você sabia que tudo o que você fizer na terra, terá também 
repercussão no céu? - Dê a você mesmo (a) um nome que designe uma 
virtude, uma qualidade, ou uma maneira de ser.

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

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