01/05/2013
– 4ª. Feira V Semana da Páscoa
– Atos
15, 1-6 – “acertando as arestas”
Na medida em que a
comunidade cristã cresce, aparecem também divergências, diferenças de opiniões
e, por isso, também discussões e confusão. Esse é um processo natural. A
comunidade dos primeiros cristãos também passou por isso, em virtude da
circuncisão. A circuncisão era uma regra judaica do Antigo Testamento, a qual,
depois da entrega de Jesus na Cruz para a salvação do homem, não haveria mais
sentido de ser obedecida. Porém, existiam naquele tempo, como existem hoje,
aqueles (as) que são “zelosos (as)” da lei e das regras, mas esquecem de que o
objetivo da Lei de Deus é que os homens possam viver no SEU AMOR. Para chegar a
um comum acordo, com grande sabedoria, os apóstolos resolveram reunir-se para
que o próprio Espírito Santo os conduzissem nas suas resoluções. Por isso, ao
mesmo tempo em que divergiam eles também se alegravam com os prodígios e a
conversão daqueles que nunca haviam ouvido falar de Jesus. Este exemplo também deverá ser seguido por
todos nós que nos propomos a viver em comunidade, em família e em grupos
sociais. Deus nos deu inteligência e nos concedeu o Seu Espírito para que possamos, iluminados por Ele, chegar à unidade
de pensamento, de ideal e de objetivo. Na
nossa comunidade e na nossa família precisamos também agir assim e não nos
inquietarmos com as divergências de opiniões e a diversidade de conceitos. Se
nos reunirmos e colocarmos os nossos pensamentos e sentimentos à mostra de
todos, sob a luz do Espírito Santo, com certeza, conseguiremos acertar as
arestas, perceber o que é essencial e, baseados (as) na regra do Amor e na
Palavra de Deus, nós também chegaremos à unidade, apesar das nossas
diferenças. - Você se aflige quando há
divergências na sua casa ou na comunidade? -
O que você tem feito quando elas acontecem? – Você foge das dificuldades
com medo de enfrentar as pessoas? – Você tem enxergado os pontos positivos da
sua família e da comunidade? – Você tem se alegrado com eles?
Salmo
121 – “ Que alegria quando ouvi que me
disseram: vamos á casa do Senhor!”
Jerusalém é a
cidade santa e significa para nós a Igreja que mesmo ainda caminhando tem um
desígnio de santidade. Por isso, nós que nos consideramos Igreja ficamos
alegres porque caminhamos para a casa do Senhor. Jerusalém também é cada um de
nós que somos moradas do Senhor.
Evangelho
– João 15, 1-8 – “ unidos num só amor ”
Valendo-se de figuras inerentes à vida
cotidiana daquele povo, na maioria, agricultores e pescadores, Jesus fazia com
que eles compreendessem a Sua mensagem. Hoje, também, nós podemos usar a
parábola da videira como mensagem para a nossa vida baseados nas figuras que
Jesus usou. Para isso, nós também precisamos nos amoldar à mensagem da Palavra
nos situando no contexto proposto por Jesus. Sabemos que a videira é uma trepadeira, planta que cresce
apoiando-se sobre outra ou sobre qualquer superfície. Sabemos também que a árvore é uma semente
que foi plantada na terra e precisa ser cuidada para permanecer bonita. Nós também
entendemos que toda árvore precisa ter raiz, tronco e galhos que dão suporte às
folhas e aos frutos. Jesus faz então uma comparação belíssima entre a figura da
videira, com o Pai, o Filho, o Espírito Santo e todos nós que estamos unidos
num só Amor. O Pai é o agricultor,
Jesus, a árvore verdadeira, o Espírito Santo é a seiva do amor do Pai que
alimenta a árvore e nós, os galhos que precisamos de um apoio para crescer e,
por isso, devemos estar unidos à arvore a fim de recebermos o nutriente que nos
faz produzir frutos bons. O Pai cuida de nós a fim de que permaneçamos na
árvore, no entanto, não podemos estar na árvore somente por estar. Necessitamos
crescer em beleza e proficuidade. Quando estamos com aparência feia, isto é,
quando exibimos as deficiências por causa do pecado, o Pai, então, como faz o
agricultor, nos poda, nos purifica e lança fora tudo o que estava nos tornando
feios e nos impedindo de dar frutos. O galho que não permanece preso à árvore é
jogado fora. Portanto, quando não estamos em Jesus, unidos a Ele em espírito e
em verdade, nós nos tornamos galhos secos, sem utilidade. Vivemos a
desesperança, a frustração, a tristeza, o desânimo e acabamos sós. Assim, nunca
seremos felizes porque nos falta a seiva do Espírito que nos alimenta e fecunda
o nosso coração. Dentro de nós foi plantada a semente do Amor do Pai, que é o
Espírito Santo, porém só permaneceremos nesse Amor, se conservarmo-nos ligados
ao Seu Filho, Jesus Cristo. - Você se
sente como um ramo ligado à árvore que é Jesus? – Você tem intimidade com
Deus? – Os frutos que você tem oferecido ao mundo são frutos doces ou amargos?
– O que precisa acontecer para que você dê frutos melhores? – Você acha que tem permanecido em
Jesus e Ele em você?
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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