14/04/2013 - III Domingo da Páscoa
– 1ª. Leitura Atos 5, 27-32.40-41 – “por causa dos nossos pecados”
Na maioria das vezes em que somos perseguidos por causa do trabalho do reino nós resmungamos, ficamos contrariados (as) e, com frequência queremos desistir da nossa missão. Tudo nos desestimula e não aceitamos ser contestados (as), criticados (as) nem muito menos “injuriados (as)”. “Os apóstolos saíram do conselho muito contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus”. Isto é algo em que nós precisamos refletir! Se seguíssemos o exemplo dos apóstolos nós perceberíamos que o sofrimento por causa do nome de Jesus é sinal de que estamos cumprindo com a nossa missão e se estamos incomodando é porque a Palavra de Deus está sendo proclamada e dando frutos. Dar testemunho de Cristo implica em renúncia, incompreensão e humilhação. Se fizermos a experiência comprovaremos que vale a pena sofrer até ingratidão por causa do Nome de Jesus, pois quando damos testemunho Dele estamos sendo sustentados e motivados pelo Espírito Santo que é o doador dos dons. Portanto, a alegria, a paz, o entusiasmo, o zelo e a ousadia são dons que o Espírito nos concede quando obedecemos a Deus e somos fiéis ao Seu projeto de salvação. Precisamos ter consciência de que nós também contribuímos para morte de Jesus. O nosso pecado foi a causa pela qual Jesus se entregou. Na realidade, fomos nós quem O matamos e O pregamos numa cruz, por causa dos pecados que ainda hoje nós cometemos. Jesus pagou pelas transgressões que continuamos praticando, mas espera de nós reconhecimento do nosso ser pecador e conversão. Deus ressuscitou Jesus Cristo para nos dar uma vida nova pelo poder do Espírito Santo. – Qual a sua reação diante das dificuldades na missão do reino? – Você tem o Espírito Santo como um aliado? – Você tem consciência de que quando transgride a lei de Deus, está também crucificando Jesus? - Você também, como os apóstolos, se alegria quando recebe injúrias por causa do nome de Jesus? Salmo 29 – “Eu vos exalto, ó Senhor, porque vós me livrastes!”
Esse salmo retrata o sentimento do pecador arrependido que se apodera da salvação de Jesus e, por isso, canta salmos de louvor. Quem acolhe a salvação e a misericórdia de Deus vê o seu pranto transformado em festa e a alegria acontecer depois do sofrimento. “Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes, quando estava já morrendo!” Cante também você hinos de louvores pelas suas experiências. Apocalipse 5, 11-14 – “sozinhos, para ver e ouvir!”
Às vezes, não conseguimos compreender por que e para que precisamos estar sozinhos (as) em algum lugar. Sentimo-nos solitários e prisioneiros, no entanto, Deus nos concede momentos de isolamento para que possamos ver e ouvir os Seus sinais. O céu e a terra estão muito pertinho de nós e somente quando estamos quietos nós podemos perceber isso. Assim, nesta leitura o apóstolo São João continua dando testemunho do que viu e ouviu quando esteve prisioneiro na ilha de Patmos. O Senhor o escolhera para fazer revelações importantes para a humanidade por meio de símbolos e mensagens misteriosas. João, que já tinha intimidade com o Mestre foi fiel na sua missão, por isso testemunhou Jesus ressuscitado e proclamou a Sua gloria, vendo-O exaltado entre os anjos e os santos. A visão de João nos mostra uma realidade celeste e terrena, porque reúne o louvor e a adoração de todas as criaturas que estão no céu, na terra, debaixo da terra e no mar, isto é, toda a criação de Deus. Podemos, então, ter consciência de que existe uma unidade espiritual entre nós e todas as criaturas de Deus e desde já, podemos nos unir aos anjos e santos para adorar Aquele que vive para sempre. – Você também tem visto e ouvido o que o Senhor quer revelar- lhe? – Você se inquieta quando percebe que está na solidão? – Você tem aproveitado estes momentos? – Você alguma vez sentiu-se prisioneiro? – Você tem louvado juntamente com os anjos?
Evangelho – João 21, 1-14 – “por três vezes”
Naquele dia os discípulos de Jesus estavam juntos à beira mar como que à espera que algo lhes pudesse acontecer. Então, Pedro, resoluto, tomou a iniciativa de pescar como que tentando retornar ao seu antigo ofício de pescador e os outros entraram na barca com ele, “mas não pescaram nada naquela noite”. A narrativa revela que ao amanhecer Jesus já estava de pé na margem e os observava de longe. Jesus sabia o que eles deveriam fazer para que a pesca fosse abundante, e, por isso, interveio mandando que lançassem a rede á direita do barco, pois eles continuavam insistindo em fazer as coisas do mesmo modo como faziam antes de encontrarem Jesus. Quando os discípulos tentaram pescar sozinhos durante a noite, nada conseguiram, no entanto, depois que eles seguiram as instruções de Jesus a pesca foi copiosa. Depois que eles obedeceram e o milagre aconteceu. “Lançai a rede á direita do barco e achareis”. Na pesca da nossa vida também é importante saber que Jesus está vivo e está de pé perto da nossa barca. Precisamos ter a certeza de que Ele nos dá a garantia da Sua Palavra e que, por isso, nunca poderemos duvidar e agir conforme a nossa própria vontade. Quando agimos na escuridão da noite, isto é, seguindo a nossa própria inclinação não temos perspectivas, mas quando agimos sob a Luz de Jesus nós aprendemos a fazer coisas novas. Sozinhos (as) nós nunca teremos sucesso. Muitas vezes, Jesus nos pede de comer e nos manda lançar a rede de outro modo, de um jeito novo, porém nós continuamos envolvidos (as) com a nossa “falta de sorte” e não ouvimos o que Ele fala. Ficamos presos (as) nas nossas expectativas e buscamos apenas os milagres que desejamos que acontecessem na nossa vida. Perdemos as oportunidades e a hora da graça passa. Jesus, hoje também compartilha conosco da Sua Palavra e nos dá de comer do Seu próprio Corpo e Sangue do mesmo jeito que fez com os apóstolos. Depois que nos alimenta, assim como fez com Pedro, Jesus também nos convoca para uma missão, não se importando com o nosso pecado nem com a nossa incapacidade. Assim foi que por três vezes Jesus chamou Pedro para apascentar as Suas ovelhas. E ele, que também por três vezes, antes negara Jesus teve a oportunidade de declarar o seu amor e confirmar a sua fidelidade. Com isso, o Senhor nos ensina que, mesmo sendo traidores e infiéis por nossas negações, a Sua misericórdia é imensa e Ele precisa do nosso serviço na construção do Seu reino. “Apascenta os meus cordeiros!” “Apascenta as minhas ovelhas!” este o Seu pedido para cada um de nós que nos envergonhamos da nossa miséria. Não podemos esperar ser melhores para poder atender ao pedido de Jesus. Aproveitemos o momento presente! – Você também tem aprendido com Jesus a pescar de um jeito diferente? - O que mudou nas suas ideias e ações depois que encontrou Jesus? – Você se acha indigno de servir no reino de Deus? – Jesus também te pergunta: tu me amas mais que aos teus? Dê a sua resposta para Jesus.
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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