20/01/13 – II Domingo do tempo comum
– 1ª. leitura – Isaías 62, 1-5 – “somos a alegria do noivo”
O profeta usa a figura do esposo e da jovem desposada para explicar o nosso processo de conversão que se constitui no acolhimento do plano de justiça e de salvação de Deus para nós. A justiça é a santidade para a qual fomos criados, se revela em nós como um luzeiro iluminando as nossas ações; a salvação é a libertação do nosso ser total, corpo, alma e espírito, que, como uma tocha, acende em nós a esperança de uma vida melhor. Não podemos mais nos sentir abandonados, (as) e solitários (as), pois o Senhor agradou-se de nós e veio nos desposar. Esta é a promessa de Deus para a nossa alma: um casamento feliz! Somos nós, hoje, a noiva, eleita, escolhida para fazer a alegria de Deus e testemunharmos no mundo a Sua justiça e a Sua glória. O sentimento de abandono que o pecado imputa na nossa alma e nos deixa como se estivéssemos numa terra deserta é substituído pela certeza de que somos amados (as) e preferidos (as) pelo noivo, pois Ele se agradou de nós e nos escolheu. Todos nós que nos deixamos desposar por Jesus nos inserimos nessa profecia. Somos a alegria do noivo! Ganhamos um nome novo, significativo, um nome que exprime realmente os sentimentos que existem em nossa alma: alegria, paz, júbilo, entusiasmo, firmeza, bondade, mansidão, esperança e outros mais. Você já se sente desposado (a) por Jesus? – Qual o nome que você dá a si mesmo (a), depois de ter sido desposado (a) por Ele? – Em que você mudou? – Qual é hoje o seu estado de espírito? – Jesus já marcou presença na sua vida? – Você admite que vive um processo de conversão?
Salmo 95 “Cantai ao Senhor Deus um canto novo, manifestai os seus prodígios entre os povos!”
Quando assumimos a salvação e a justiça de Deus nós também cantamos um canto novo, pois sentimos no nosso coração a alegria de pertencer a Ele tê-Lo como Rei. O canto novo se constitui na nova mentalidade, nova consciência, nova maneira de ser que assumimos a fim de louvar o Senhor, com a vida. O Senhor é Rei e a sua justiça e santidade é ressaltada pelo salmista que convoca toda família das nações a dar ao Senhor poder e glória. A própria criação anuncia a salvação que vem do Senhor, tudo o que os nossos olhos veem dá testemunho da Sua bondade e fidelidade.
2ª. leitura – 1 Coríntios 12, 4-11 – “ diversidade de dons, ministérios e atividades!”
No nosso Batismo a Trindade Santa manifesta todo o Seu amor para conosco nos concedendo a grande graça de sermos filhos e filhas de Deus, adotados por Jesus Cristo. Ao mesmo tempo em que recebemos a graça santificante que apaga a nossa culpa original, nos são outorgados também as dádivas do Espírito Santo, para nossa santificação e proveito comum. A leitura nos esclarece que estes presentes são os dons, ministérios e atividades que o mesmo Espírito, o mesmo Senhor e Deus realiza para a edificação da Igreja e para a vida em comunidade, por meio de nós. Portanto, o Batismo nos confere o passaporte para ingressarmos no Exército de Deus e realizarmos as obras que nos são destinadas. São Paulo explica que há diversidade de dons, de ministérios, e de atividades que são concedidos a cada um de nós. Isto significa, no entanto, que somos diferentes uns dos outros, mas o Espírito Santo dá a unidade às nossas diferenças e manifesta a Sua ação por meio de cada um nós como Lhe aprouver. Todos nós somos presenteados (as) com os dons conforme a vontade e o Plano de Deus para nós. O Espírito se manifesta como quer e por intermédio de quem Ele quiser, assim como numa orquestra onde cada um executa a melodia, conforme a partitura. O Espírito Santo é o Autor e Maestro, precisamos apenas nos deixar conduzir por Ele porque é “um mesmo Deus quem realiza todas as coisas em todos.” Assim, cada um de nós, manifesta um ou mais dons, com especialidade: seja palavra de sabedoria ou de ciência; a fé, a cura, milagres, profecia, discernimento de espíritos, orar e interpretar línguas e muitos outros dons que vão sendo descobertos em nós e que o Espírito sopra. Nunca deveríamos afirmar que não temos dons e, por essa razão não temos serventia, pois o Senhor conhece o nosso potencial e quer nos usar. Ele mesmo é quem nos capacita quando nos deixamos nos exercitar. – Você tem descoberto os dons que o Espírito Santo já lhe presenteou? – Qual é o dom que é mais especial em você? – Você o tem usado? – Você tem feito isso para proveito comum? – Você já descobriu o seu ministério e qual a atividade que foi reservada para você?
Evangelho - João 2, 1-11 – “O Espírito Santo é o melhor vinho!”
Jesus manifestou pela primeira vez o Seu poder de fazer milagres numa festa de casamento, a pedido de Sua Mãe. Percebendo que o vinho tinha acabado e já prevendo a frustração dos noivos e dos convidados Maria intercedeu junto do Seu Filho com determinação dando provas da confiança que tinha Nele. A firmeza de Nossa Senhora quando insistiu pela realização do milagre mesmo diante da argumentação de Jesus em que não havia ainda chegado Sua hora é um detalhe muito importante para nosso crescimento como cristãos. “Fazei o que Ele vos disser”, foi a sua recomendação aos que estavam servindo. Os serviçais, então, fizeram exatamente como Jesus ordenou e o milagre aconteceu. Nunca deveríamos nos esquecer de que na festa da nossa vida, Maria está presente tanto nos momentos alegres como também naqueles de maiores dificuldades. A certeza disso é razão para que tenhamos esperança diante das nossas carências, porque a nossa vida também pode ser comparada com uma “festa” na qual celebramos a fraternidade e partilhamos experiências, necessidades, alegrias e sofrimentos. Há dias em que nos falta o vinho da alegria, da paz, da saúde da sobrevivência financeira, porém, precisamos ter confiança de que Nossa Senhora, Mãe de Jesus, atenta a tudo, percebe as nossas dificuldades, escuta o nosso silêncio e vê a nossa angústia. Ela se antecipa e pede ao Seu Filho por nós, no entanto, a nós também Ela recomenda: “fazei o que Ele vos disser”. Se seguirmos as suas instruções, com certeza, Jesus manifestará o Seu poder e transformará no vinho que está faltando, a água que Lhe apresentarmos. Como fez nas Bodas de Caná, Jesus também poderá fazer na nossa vida e transformar o pouco que temos em algo muito melhor. Jesus providencia o vinho melhor quando nos dá o Seu Espírito Santo, que nos plenifica, nos motiva e nos impele a prosseguir com confiança. Isto acontece também, quando pedimos a Sua intervenção e o Seu auxílio. “Sozinhos, não podemos mais”, é assim que cantamos. O Espírito Santo é o vinho que dá alegria e esperança aos nossos corações, é Aquele que nos ensina a amar, a perdoar, a ser forte, a lutar, a prosseguir. Nunca poderemos deixar que nos falte o vinho do Amor que é o Espírito de Jesus. Por isso não nos cansemos de pedir: “Vem, ó Espírito Santo!” O que está faltando na sua vida? – Qual é hoje o vinho que está faltando para a sua festa ser alegre? .- Você tem feito tudo o que Jesus lhe diz? – Faça hoje uma oração invocando a presença do Espírito Santo através do pedido de Maria!
Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho
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