Este município é destaque entre os muitos que comemoram o santo como padroeiro ou co-padroeiro
Ipaumirim No próximo domingo, milhares de católicos de vários municípios do Ceará e de outros Estados do Nordeste, participam, nesta cidade, da tradicional romaria em louvor a São Sebastião. A festa é realizada há 94 anos. Pela manhã, será celebrada a tradicional missa no alto da Pedra de São Sebastião, no Sítio Serrote, local que virou ponto de peregrinação.
No encerramento da festa, sempre acontece a celebração da tradicional missa no alto da Pedra de São Sebastião, no Sítio Serrote, local que virou ponto de peregrinação. Padre Sebastião Pedro coordena as comemorações FOTO: HONÓRIO BARBOSA
No Ceará, São Sebastião é padroeiro das paróquias de Pedra Branca, Monsenhor Tabosa, Nova Olinda, Mangabeiras, Mulungu, Choró, Apuiarés e co-padroeiro de Aquiraz e também de Ipaumirim, além de centenas de capelas em distritos e vilas rurais dos municípios.
Nesta cidade, seguindo a tradição, os festejos religiosos começaram no último dia 11, quando houve a procissão que conduziu o andor com a imagem do santo da capela da Pedra de São Sebastião até a Igreja Matriz, em um percurso de dois quilômetros do centro urbano. A primeira novena foi celebrada no dia 12, na Igreja Matriz. Hoje, a celebração é dedicada ao Encontro dos Filhos e Amigos de Ipaumirim. No próximo domingo, dia 20, cerca de cinco mil romeiros devem caminhar do Centro da cidade até o alto da Pedra de São Sebastião. Às 9 horas, será celebrada missa solene. No fim da tarde, a partir das 17 horas, haverá liturgia de encerramento dos festejos, seguida de procissão com o andor do santo. No dia 21, ocorre o retorno da imagem para a capela da pedra.
Promessa
A cada 20 de janeiro, a movimentação de romeiros é intensa. Durante todo o dia, os devotos sobem uma escadaria de 204 degraus de acesso ao alto do morro, onde está a capelinha com a imagem do santo. Alguns pagadores de promessa fazem o percurso de joelho, enfrentando a dor e o sacrifício. Outros caminham de pés descalços. O destino é um só: chegar à Pedra de São Sebastião para rezar, renovar preces e agradecer pelas graças alcançadas.
É costume acender velas e comprar fogos de artifício que são queimados a todo instante também como forma de pagar promessas.
A festa em louvor a São Sebastião, em Ipaumirim, vem crescendo a cada ano. O padre Sebastião Pedro do Nascimento, pároco local, disse que a devoção popular aos santos deve ser alimentada como forma de manifestação de religiosidade, prática dos ensinamentos de Jesus Cristo e de aproximação com Deus.
O sacerdote lembrou que São Sebastião foi um mártir. "Nós só deveremos segui-lo na nossa missão de lutar pela paz, e pela construção de um mundo mais humano, justo e solidário", disse. "Essa festa representa a vivência da palavra de Deus, a renovação da fé cristã, católica".
Nos dias 18, 19 e 20, o sagrado mistura-se com as festas populares de forró em praça pública. Neste ano, a programação inclui shows com as bandas Cavalo de Pau, Zanzoeira, Forró da Curtição e Forró Bota pra Moer, Pagodoeiros, Bole Bole e Cheiro de Muleka. Indiferentes às celebrações religiosas, os jovens dançam e brincam até pela manhã cedo, quando o grupo de peregrinos já começa a caminhada matinal em devoção a São Sebastião.
O secretário de Cultura de Ipaumirim, Raonir Abreu de Oliveira Dantas, disse que a festa de São Sebastião é uma das maiores da região e que o município, a partir deste ano, está investindo para a melhoria da infraestrutura para atrair um maior número de devotos. O empresário, Bosco Macedo, também destacou a importância dos festejos para a comunidade local e para manter viva a tradição de religiosidade de um povo.
Origem
Os festejos em louvor à São Sebastião, em Ipaumirim, começaram por volta de 1919. A tradição oral reza que a moradora do Sítio Serrote, Maria Lúcia, devota do Santo, fazia caminhada diária para a pedra e, como resultado de uma graça alcançada, colocou uma imagem do Santo no morro. Caçadores encontraram a imagem e levaram-na para a capela na antiga Vila Lagoinha, que mais tarde passaria a ser Ipaumirim.
Sem que ninguém soubesse, Maria José reconduziu novamente a imagem para o morro. Isso repetiu-se várias vezes. Alguns acharam que era milagre o reaparecimento da imagem. Em 1920, o coronel João Augusto Lima instalou uma cruz de madeira no alto da pedra. A partir daí foram abertas trilhas e começou a romaria para o local.
Em 1957, foi inaugurada a Capela de São Sebastião, em cima da pedra. Em 2000, o município fez uma ampla reforma na área e instalou uma escadaria com corrimão e degraus em alvenaria. Os fiéis sobem e descem descalços os 204 degraus para pagar promessa. Outros fazem o percurso de joelhos.
Perseguição
Sebastião era um militar que prestava serviço em Milão quando começou a perseguição do Imperador Diocleciano, no Império Romano, aos cristãos.
Ao ser identificado como cristão, foi detido e forçado a negar sua fé. Ele recusou. Condenado à morte, teve seu corpo crivado de flechas, mas não morreu.
Foi condenado à morte uma segunda vez e veio a falecer somente no ano de 303.
Mais informações
Casa Paroquial da Igreja
Matriz em Ipaumirim
Telefone: (88) 3567.1094
Prefeitura de Ipaumirim
Telefone: (88) 3567. 1156
HONÓRIO BARBOSAREPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
Ipaumirim No próximo domingo, milhares de católicos de vários municípios do Ceará e de outros Estados do Nordeste, participam, nesta cidade, da tradicional romaria em louvor a São Sebastião. A festa é realizada há 94 anos. Pela manhã, será celebrada a tradicional missa no alto da Pedra de São Sebastião, no Sítio Serrote, local que virou ponto de peregrinação.
No encerramento da festa, sempre acontece a celebração da tradicional missa no alto da Pedra de São Sebastião, no Sítio Serrote, local que virou ponto de peregrinação. Padre Sebastião Pedro coordena as comemorações FOTO: HONÓRIO BARBOSANo Ceará, São Sebastião é padroeiro das paróquias de Pedra Branca, Monsenhor Tabosa, Nova Olinda, Mangabeiras, Mulungu, Choró, Apuiarés e co-padroeiro de Aquiraz e também de Ipaumirim, além de centenas de capelas em distritos e vilas rurais dos municípios.
Nesta cidade, seguindo a tradição, os festejos religiosos começaram no último dia 11, quando houve a procissão que conduziu o andor com a imagem do santo da capela da Pedra de São Sebastião até a Igreja Matriz, em um percurso de dois quilômetros do centro urbano. A primeira novena foi celebrada no dia 12, na Igreja Matriz. Hoje, a celebração é dedicada ao Encontro dos Filhos e Amigos de Ipaumirim. No próximo domingo, dia 20, cerca de cinco mil romeiros devem caminhar do Centro da cidade até o alto da Pedra de São Sebastião. Às 9 horas, será celebrada missa solene. No fim da tarde, a partir das 17 horas, haverá liturgia de encerramento dos festejos, seguida de procissão com o andor do santo. No dia 21, ocorre o retorno da imagem para a capela da pedra.
Promessa
A cada 20 de janeiro, a movimentação de romeiros é intensa. Durante todo o dia, os devotos sobem uma escadaria de 204 degraus de acesso ao alto do morro, onde está a capelinha com a imagem do santo. Alguns pagadores de promessa fazem o percurso de joelho, enfrentando a dor e o sacrifício. Outros caminham de pés descalços. O destino é um só: chegar à Pedra de São Sebastião para rezar, renovar preces e agradecer pelas graças alcançadas.
É costume acender velas e comprar fogos de artifício que são queimados a todo instante também como forma de pagar promessas.
A festa em louvor a São Sebastião, em Ipaumirim, vem crescendo a cada ano. O padre Sebastião Pedro do Nascimento, pároco local, disse que a devoção popular aos santos deve ser alimentada como forma de manifestação de religiosidade, prática dos ensinamentos de Jesus Cristo e de aproximação com Deus.
O sacerdote lembrou que São Sebastião foi um mártir. "Nós só deveremos segui-lo na nossa missão de lutar pela paz, e pela construção de um mundo mais humano, justo e solidário", disse. "Essa festa representa a vivência da palavra de Deus, a renovação da fé cristã, católica".
Nos dias 18, 19 e 20, o sagrado mistura-se com as festas populares de forró em praça pública. Neste ano, a programação inclui shows com as bandas Cavalo de Pau, Zanzoeira, Forró da Curtição e Forró Bota pra Moer, Pagodoeiros, Bole Bole e Cheiro de Muleka. Indiferentes às celebrações religiosas, os jovens dançam e brincam até pela manhã cedo, quando o grupo de peregrinos já começa a caminhada matinal em devoção a São Sebastião.
O secretário de Cultura de Ipaumirim, Raonir Abreu de Oliveira Dantas, disse que a festa de São Sebastião é uma das maiores da região e que o município, a partir deste ano, está investindo para a melhoria da infraestrutura para atrair um maior número de devotos. O empresário, Bosco Macedo, também destacou a importância dos festejos para a comunidade local e para manter viva a tradição de religiosidade de um povo.
Origem
Os festejos em louvor à São Sebastião, em Ipaumirim, começaram por volta de 1919. A tradição oral reza que a moradora do Sítio Serrote, Maria Lúcia, devota do Santo, fazia caminhada diária para a pedra e, como resultado de uma graça alcançada, colocou uma imagem do Santo no morro. Caçadores encontraram a imagem e levaram-na para a capela na antiga Vila Lagoinha, que mais tarde passaria a ser Ipaumirim.
Sem que ninguém soubesse, Maria José reconduziu novamente a imagem para o morro. Isso repetiu-se várias vezes. Alguns acharam que era milagre o reaparecimento da imagem. Em 1920, o coronel João Augusto Lima instalou uma cruz de madeira no alto da pedra. A partir daí foram abertas trilhas e começou a romaria para o local.
Em 1957, foi inaugurada a Capela de São Sebastião, em cima da pedra. Em 2000, o município fez uma ampla reforma na área e instalou uma escadaria com corrimão e degraus em alvenaria. Os fiéis sobem e descem descalços os 204 degraus para pagar promessa. Outros fazem o percurso de joelhos.
Perseguição
Sebastião era um militar que prestava serviço em Milão quando começou a perseguição do Imperador Diocleciano, no Império Romano, aos cristãos.
Ao ser identificado como cristão, foi detido e forçado a negar sua fé. Ele recusou. Condenado à morte, teve seu corpo crivado de flechas, mas não morreu.
Foi condenado à morte uma segunda vez e veio a falecer somente no ano de 303.
Mais informações
Casa Paroquial da Igreja
Matriz em Ipaumirim
Telefone: (88) 3567.1094
Prefeitura de Ipaumirim
Telefone: (88) 3567. 1156
HONÓRIO BARBOSAREPÓRTER
Fonte: Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário