Irmão Maria Cristina Bove é natural do Uruguai e há mais de 40 anos trabalha no Brasil com os menos favorecidos.
“Há a necessidade de propor e promover uma pedagogia de paz”, afirmou o Papa Bento XVI, na conclusão de sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2013. Dentro dessa pedagogia, o Santo Padre fala de pensamentos, palavras e gestos que criam uma mentalidade e uma cultura de paz. Mas, de que forma colocar essa cultura de paz em prática? Quais os caminhos para ser um “obreiro da paz”?
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.: NA ÍNTEGRA: Mensagem do Papa para o Dia Mundial da paz 2013
A coordenadora da Pastoral Nacional da População de Rua, Irmã Maria Cristina Bove afirma que, diante da ausência de paz nas cidades, regidas muitas vezes pela violência, pela discriminação, pela intolerância, é necessário humanizar as situações de vida, promover muitos gestos de paz e acreditar que ela é possível.
“Precisamos colocar no lugar dessa violência gestos que tragam a paz, não só resolvam a situação imediata da população, mas que as ajudem a terem alimentação adequada, habitação, saúde e direito a todos os espaços que tem qualquer cidadão.”
Na mensagem, o Papa Bento XVI sugere que se ensine aos homens a virtude do amor recíproco. Segundo Irmã Cristina, esse é um processo que exige mudanças sociais, que passa pelo perdão e por um olhar voltado para os que mais sofrem.
“Temos que mudar essas estruturas injustas e olhar a partir de uma ótica diferenciada que defenda os direitos de cada pessoa. A partir da população de rua, vemos que a sociedade precisa voltar seu olhar para esse povo. Temos que compreender esse mundo em que eles estão e a sociedade desenvolver gestos que possam ajudar as pessoas a viverem com seus direitos garantidos.”
Perdão: a didática para a pedagogia da paz
A conclusão da Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz é permeada por aspectos que envolvem a pedagogia do obreiro da paz. Entre eles estão a benevolência, a reconciliação, o serviço, a compaixão, a coragem e a perseverança. Bento XVI explica que é indispensável difundir a pedagogia do perdão para que tais aspectos se concretizem.
De acordo com Irmã Cristina, quem perdoa experimenta a paz em sua totalidade. “O perdão faz parte da nossa história, temos que construir e viver nessa construção do amor, do perdão, da solidariedade, superar situações que nos incomodam, nos ferem e saber criar um diálogo que possa superar as situações de discriminação.”
Para a religiosa, é fundamental viver um constante processo de reencontro com o outro, perdoando, reencontrando-se nas relações e nos gestos. “É isso que fará com que reconheçamos que o mais importante é o amor e o perdão.”
Exercício prático para a pedagogia da paz
Na tentativa de tornar a pedagogia da paz uma obra concreta, Irmã Cristina propõe alguns caminhos, como gestos de aproximação, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.
“É preciso ter coragem para se aproximar do outro, conhecê-lo, ver a sua dignidade como pessoa humana, enfrentar as diferenças e acolher as pessoas. É necessário dar atenção aos mais sofridos, aos pobres de rua, afinal, são pessoas que romperam seus vínculos, têm muitos sofrimentos e enfrentam muitos conflitos.”
Aos que desejam exercer o papel de instrumentos e obreiros da paz, Irmã Cristina, aconselha: “Comece a olhar aquele que está ao seu lado, os mais pobres, os mais fragilizados, que sentem mais a dor e o sofrimento e assim comecemos a olhar as pessoas de outra forma. Que se comece a cuidar mais dos outros, a fazer gestos que rompam com as lógicas das injustiças e violência. Devemos assumir esse processo de lutar sempre pela paz.”
Leia mais
.: Desejo de paz passa pelo compromisso com a vida humana, diz padre
André Luiz/Canção Nova Notícias
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.: NA ÍNTEGRA: Mensagem do Papa para o Dia Mundial da paz 2013
A coordenadora da Pastoral Nacional da População de Rua, Irmã Maria Cristina Bove afirma que, diante da ausência de paz nas cidades, regidas muitas vezes pela violência, pela discriminação, pela intolerância, é necessário humanizar as situações de vida, promover muitos gestos de paz e acreditar que ela é possível.
“Precisamos colocar no lugar dessa violência gestos que tragam a paz, não só resolvam a situação imediata da população, mas que as ajudem a terem alimentação adequada, habitação, saúde e direito a todos os espaços que tem qualquer cidadão.”
Na mensagem, o Papa Bento XVI sugere que se ensine aos homens a virtude do amor recíproco. Segundo Irmã Cristina, esse é um processo que exige mudanças sociais, que passa pelo perdão e por um olhar voltado para os que mais sofrem.
“Temos que mudar essas estruturas injustas e olhar a partir de uma ótica diferenciada que defenda os direitos de cada pessoa. A partir da população de rua, vemos que a sociedade precisa voltar seu olhar para esse povo. Temos que compreender esse mundo em que eles estão e a sociedade desenvolver gestos que possam ajudar as pessoas a viverem com seus direitos garantidos.”
Perdão: a didática para a pedagogia da paz
A conclusão da Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz é permeada por aspectos que envolvem a pedagogia do obreiro da paz. Entre eles estão a benevolência, a reconciliação, o serviço, a compaixão, a coragem e a perseverança. Bento XVI explica que é indispensável difundir a pedagogia do perdão para que tais aspectos se concretizem.
De acordo com Irmã Cristina, quem perdoa experimenta a paz em sua totalidade. “O perdão faz parte da nossa história, temos que construir e viver nessa construção do amor, do perdão, da solidariedade, superar situações que nos incomodam, nos ferem e saber criar um diálogo que possa superar as situações de discriminação.”
Para a religiosa, é fundamental viver um constante processo de reencontro com o outro, perdoando, reencontrando-se nas relações e nos gestos. “É isso que fará com que reconheçamos que o mais importante é o amor e o perdão.”
Exercício prático para a pedagogia da paz
Na tentativa de tornar a pedagogia da paz uma obra concreta, Irmã Cristina propõe alguns caminhos, como gestos de aproximação, compaixão, solidariedade, coragem e perseverança.
“É preciso ter coragem para se aproximar do outro, conhecê-lo, ver a sua dignidade como pessoa humana, enfrentar as diferenças e acolher as pessoas. É necessário dar atenção aos mais sofridos, aos pobres de rua, afinal, são pessoas que romperam seus vínculos, têm muitos sofrimentos e enfrentam muitos conflitos.”
Aos que desejam exercer o papel de instrumentos e obreiros da paz, Irmã Cristina, aconselha: “Comece a olhar aquele que está ao seu lado, os mais pobres, os mais fragilizados, que sentem mais a dor e o sofrimento e assim comecemos a olhar as pessoas de outra forma. Que se comece a cuidar mais dos outros, a fazer gestos que rompam com as lógicas das injustiças e violência. Devemos assumir esse processo de lutar sempre pela paz.”
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André Luiz/Canção Nova Notícias
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